Diário Econômico PicPay, por Ariane Benedito

No Diário de hoje, a economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito, comenta que impactos globais, como alta dos Treasuries, fortaleceram o dólar e pressionaram bolsas em NY. No Brasil, Ibovespa caiu 0,67% a 140 mil pontos, dólar subiu a R$ 5,47 e juros futuros avançaram. PIB do 2º tri veio acima do consenso, mas mostrou desaceleração. Hoje, destaque para a produção industrial, IBC-Br e agenda internacional de serviços e indústria.

Vai rolar: Fed divulga Livro Bege e aqui tem produção industrial

[03/09/25] O relatório Jolts e o Livro Bege são os destaques da agenda nos Estados Unidos, mas a atenção maior está no esforço de Trump para validar suas tarifas, consideradas ilegais por um Tribunal de Apelações.

O presidente fará hoje reunião de emergência para recorrer à Suprema Corte, diante da grave ameaça para o déficit americano, que se somou aos riscos fiscais na Europa para forte aversão global, nesta terça-feira.

Aqui, após o PIB não autorizar apostas mais ousadas de corte da taxa Selic, sai a produção industrial, enquanto o julgamento de Bolsonaro mantém a apreensão com novas medidas contra o Brasil, que realizará às 11h a primeira audiência pública no USTR. (Rosa Riscala)

👉 Confira abaixo a agenda de hoje

Indicadores
▪️ 04h55 – Alemanha/S&P Global: Índice PMI composto final de agosto
▪️ 05h00 – Zona do Euro/S&P Global: Índice PMI composto final de agosto
▪️ 06h00 – Zona do Euro: Índice de preços ao produtor (PPI) de julho
▪️ 09h00 – IBGE: Pesquisa Industrial Mensal de julho
▪️ 10h00 – Brasil/S&P Global: Índice PMI composto de agosto
▪️ 11h00 – EUA/Deptº do Trabalho: Relatório de abertura de vagas (Jolts) de julho
▪️ 14h30 – BC: Fluxo cambial semanal e IC-Br de agosto
▪️ 15h00 – EUA: Fed divulga Livro Bege

Eventos
▪️ 09h00 – STF: 1ª Turma continua julgamento de Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado

Juros futuros avançam em linha com rendimento dos Treasuries, com risco fiscal em foco

Os juros futuros fecharam em alta nesta terça-feira, especialmente entre os vencimentos mais longos, acompanhando o avanço no rendimento dos Treasuries, em meio a um clima global de maior aversão ao risco, com investidores preocupados com a situação fiscal das principais economias, como Japão, Reino Unido e EUA.

Por aqui, a desaceleração do PIB do 2º trimestre, em linha com o esperado, ficou em segundo plano, com investidores atentos ao julgamento de Bolsonaro no STF e cautelosos com o leilão extra de NTN-Bs, marcado pelo Tesouro para amanhã.

No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,895% (de 14,890% no ajuste anterior); Jan/27 a 13,985% (13,933%); Jan/29 a 13,340% (13,224%); Jan/31 a 13,670% (13,555%); e Jan/33 a 13,845% (13,733%).