O relatório Jolts e o Livro Bege são os destaques da agenda nos Estados Unidos, mas a atenção maior está no esforço de Trump para validar suas tarifas, consideradas ilegais por um Tribunal de Apelações. O presidente fará hoje reunião de emergência para recorrer à Suprema Corte, diante da grave ameaça para o déficit americano, que se somou aos riscos fiscais na Europa para forte aversão global, nesta terça-feira. Aqui, após o PIB não autorizar apostas mais ousadas de corte da taxa Selic, sai a produção industrial, enquanto o julgamento de Bolsonaro mantém a apreensão com novas medidas contra o Brasil, que realizará às 11h a primeira audiência pública no USTR.
Em meio a preocupações fiscais e com a independência do BC, os futuros de NY sobem, especialmente o S&P 500 e o Nasdaq, após decisão antitruste contra a Alphabet (Google). As penalidades foram menos severas do que as propostas pelo Deptº de Justiça dos EUA, que havia solicitado anteriormente que o Google se desfizesse do Chrome e de seu sistema Android.
O Google ainda será obrigado a compartilhar alguns de seus dados de pesquisa com concorrentes e não poderá mais assinar contratos exclusivos para promover e licenciar seus produtos. Há pouco os futuros de Dow Jones subiam +0,04%; os do S&P 500 +0,51% e os de Nasdaq +0,74%.
Também no radar do dia, o Fed deve publicar o “Livro Bege”, oferecendo um dos últimos instantâneos da economia antes da reunião de setembro. Mais esclarecimentos sobre a situação do mercado de trabalho americano saem na semana.
O petróleo se afasta das máximas de um mês, enquanto os investidores se preparam para uma próxima reunião da Opep+. Há pouco o WTI/out caía 2,36%, a US$ 64,04; o brent/nov, -2,04%, a US$ 67,73. Fontes apontaram a possibilidade de aumento de produção já no domingo, com o objetivo de recuperar a participação de mercado.
A OPEP+ anunciou que aumentaria as metas em aproximadamente 2,2 milhões de barris por dia de abril a setembro, juntamente com um aumento de 300 mil bpd nas cotações dos Emirados Árabes Unidos.
Ainda assim, o mercado permaneceu relativamente aquecido, com alguns países enfrentando dificuldades para bombear mais petróleo e outros sendo instruídos pela OPEP+ a conter a produção após terem produzido acima de suas cotas. Os investidores também analisarão os dados de estoque dos EUA.