Dólar sobe com exterior e puxa juros longos
O dólar sobe em linha com alta da moeda ante pares e emergentes, a R$ 5,4283 (+0,41%), em sessão volátil de disputa da Ptax do mês, puxando os juros longos.
O DXY ganha 0,25% (98,061) e deve fechar o mês em queda, em meio a preocupações com a independência do Fed.
Está marcada para esta manhã, às 11h (Brasília) audiência de emergência sobre o pedido de Lisa Cook para impedir que Trump a demita.
A demissão daria ao presidente americano um conselho mais propenso aos cortes de juros.
A precificação atual é de chance de 87% (CME) de recuo de 25 pontos-base em setembro.
Os rendimentos dos Treasuries sobem, após o PCE ter vindo dentro do esperado, com o de 10 anos a 4,23% (+3pb).
O núcleo do PCE subiu 2,9%, apontando leve alta ante junho.
Aqui, o investidor monitora o envio do Orçamento de 2026 para o Congresso, sem medidas adicionais de receita.
Há pouco Lula disse não ter pressa para retaliar os EUA, depois da notícia de que teria decidido usar a Lei de Reciprocidade.
O enquadramento das fintechs como instituições financeiras apoia bancos e o Ibovespa avança a 141.630,88 pontos (+0,41%).
Futuros de NY caem antes de dados importantes de inflação do PCE
Os futuros de NY recuam (Dow Jones -0,35%; S&P 500 -0,35%; Nasdaq -0,55%) de níveis recordes antes do PCE calibrar as apostas para a trajetória dos juros no ano. As expectativas são de que o índice permaneça estável em 0,3% na base mensal, elevando a taxa anual para 2,9%, atingindo seu nível mais alto em cinco meses.
O risco é que os dados revelem mais evidências de que as tarifas de Trump tenham se infiltrado nos preços, após a recente surpresa no PPI. Sinais de inflação estável podem prejudicar as expectativas de mais cortes, já que o BC citou a inflação em queda como sua principal consideração para cortar juros.
O próprio presidente do Fed, Jerome Powell, reconheceu a possibilidade de corte, citando algum esfriamento no mercado de trabalho, mas se manteve em parte indeciso em relação ao futuro por incerteza sobre o impacto das tarifas
Petróleo cai com expectativa de menor demanda
O petróleo cai pressionado pela expectativa de menor demanda, com o WTI para outubro caindo a US$ 64,29 (-0,48%) e o brent para o mesmo mês, a US$ 68,14 (-0,70%). Na semana, o Brent deve ter ganho de 0,8% e o WTI, de 1%.
Os estoques dos EUA apresentaram quedas maiores do que o esperado, o que indica que a demanda no fim do verão ainda estava firme, especialmente nos setores industrial e de frete.
No entanto, o fim do verão nos EUA, impulsionando a demanda com o feriado do Dia do Trabalho na 2ªF, somado ao aumento da oferta da OPEP+, pressionou os preços. Os investidores também estão observando a resposta da Índia à pressão dos EUA para parar de comprar petróleo russo.