Giro das 15h: Ibovespa caminha para recorde e alta de mais de 6% no mês

O Ibovespa (+0,48%, aos 141.724,95 pontos) caminha para fechar a sessão com novos recordes de máxima intradia (142.378,69) e de fechamento, acumulando alta expressiva de mais de 6% em agosto, apesar do volume relativamente fraco (projetando R$ 17 bilhões no fechamento).

Os ganhos são puxados pelos papéis de varejo (Magazine Luiza ON +6,25%), distribuição de combustíveis (Raízen ON +5,50%) e frigoríficos (Marfrig ON +5,54%).

O dólar à vista (+0,43%, R$ 5,4299) passa por correção após as perdas recentes, mostrando mais uma vez que os R$ 5,40 ainda são um piso para o câmbio, dada a incerteza fiscal.

O déficit primário do setor público consolidado ficou em R$ 66,6 bilhões em julho, acima da previsão do mercado, de déficit de R$ 63,25 bilhões.

Os juros futuros têm um dia de movimentos contidos e operam quase estáveis nesse momento (DI Jan/26 a 14,885%; Jan/27 a 13,955%; Jan/33 a 13,655%).

Em NY, a queda de Nvidia (-3,5%) e de outras techs pressionam o Nasdaq (-1,14%).

Mas os outros índices também recuam (Dow Jones -0,20%; S&P500 -0,63%), mesmo após o PCE cheio ter subido 0,2% em julho e o núcleo ter mostrado alta de 0,3%, em linha com o esperado pelo mercado, o que reforça expectativa de corte de juros pelo Fed em setembro.

Europa mantém queda no fechamento

As perdas das bolsas europeias se mantiveram durante toda a manhã até o fechamento, alinhadas a NY.

Isso acontece em meio a avaliações sobre as perspectivas para as taxas globais e a saúde da economia europeia.

Dado mais importante do dia, o PCE dos EUA, que veio dentro do esperado, não mudou as chances de corte de juros pelo Fed em setembro.

Já as taxas de inflação harmonizadas na França e na Itália ficaram ligeiramente abaixo das expectativas.

Na Espanha, elas ficaram em linha com a mediana das estimativas e as previsões da Alemanha superaram as previsões.

Isso sustenta a incerteza do mercado sobre se o BCE vê espaço, ou a necessidade, de realizar um corte final nas taxas este ano. 

Disputas orçamentárias na França também ficaram no radar.

Fechamento: Frankfurt -0,55%; Londres -0,32%; Paris -0,76%; Madri -0,94%; Stoxx 600 -0,55% (550,62).

Giro das 12h: Ibovespa sobe com corte de juros no radar

O Ibovespa sobe à máxima de 142.018,08 (+0,69%), na contramão de NY, apoiado por ações de peso.

Petrobras avança em torno de 1%, na direção oposta do petróleo; Vale ganha +0,61% com minério e bancos sobem após enquadramento das fintechs.

Em sessão de formação da Ptax do mês, o dólar tem alta de R$ 5,4300 (+0,44%), enquanto os juros futuros passaram a recuar.

A expectativa de corte de juros nos EUA em 25 pontos-base em setembro foi mantida (87% no CME) após o PCE vir dentro do esperado, ainda que as incertezas persistam.

Os preços seguem acima da meta e os gastos do consumidor registraram o maior aumento em quatro meses, o que transfere as atenções para o payroll, na próxima semana. 

O mercado doméstico acompanhou fala de Lula nesta manhã.

Ele disse não ter pressa em retaliar os EUA, depois de receber com otimismo pesquisa eleitoral apontando vantagem de Tarcísio à presidência em 2026.

Mais cedo, dívida pública bruta do Brasil mostrou aumento para 77,6% do PIB em julho, de 76,6% em junho.

Em NY, as bolsas caem (Dow Jones -0,40%; S&P 500 -0,73% e Nasdaq -1,22%) e os rendimentos mais curtos dos Treasuries passaram a recuar.

Já o índice do dólar DXY reduziu ganhos, a 97,710 pontos (-0,11%). (Ana Katia)