Juros futuros derretem em linha com exterior após payroll reforçar aposta de 3 cortes pelo Fed

Os juros futuros registraram queda expressiva nesta sexta-feira, especialmente entre os vencimentos longos, acompanhando o recuo dos Treasuries, na esteira do payroll.

O dado mais fraco que o esperado do mercado de trabalho americano reforçou a expectativa de queda dos juros por lá e aumentou o apetite por risco dos investidores em mercados fora dos EUA.

Além disso, há a avaliação de que o afrouxamento monetário nos EUA pode abrir caminho para que o Copom corte a Selic no início do ano que vem.

No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,890% (de 14,889% no ajuste anterior); Jan/27 a 13,920% (13,970%); Jan/29 a 13,160% (13,289%); Jan/31 a 13,475% (13,628%); e Jan/33 a 13,665% (13,817%).

Fechamento: Ibovespa sobe com horizonte de juro menor nos EUA e fecha em 142 mil pontos pela 1ª vez

Assim como na sexta passada, o Ibovespa renovou recordes positivos no pregão de hoje. Após alcançar nova máxima histórica intradia (143.408,64 pontos), o índice fechou em 142.640,14 pontos pela primeira vez, com alta de 1,17% e giro de R$ 21,8 bilhões. Na semana, o desempenho é positivo em 0,86%.

O otimismo veio na esteira de dados mais fracos que o esperado em empregos nos EUA (payroll), que alimentaram apostas de que o Fed cortará os juros três vezes até o fim do ano.

Vale subiu 0,92% (R$ 56,22), em linha com o minério, enquanto Petrobras (ON -2,26%, a R$ 32,90; e PN -1,51%, a R$ 30,59) afundou novamente acompanhando a derrocada do petróleo.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,63%, a R$ 5,4124, acompanhando o recuo da moeda americana no exterior.

Em NY, depois de reagirem positivamente ao payroll abaixo do esperando, as bolsas viraram e terminaram a sessão no campo negativo, com os investidores reinterpretando os dados sobre empregos em agosto e demostrando preocupação com a desaceleração da atividade econômica americana.

Dow Jones caiu 0,48% (45.400,86). S&P500 recuou 0,32% (6.481,50). Nasdaq perdeu 0,03% (21.700,39). Na semana, os índices ficaram mistos. Dow Jones baixou 0,32%. Já S&P500 subiu 0,33% e Nasdaq ganhou 1,14%.

Por sua vez, os retornos dos Treasuries cederam.

Fechamento dos Mercados

▫️ IBOVESPA: +1,17% | 142.640,14 pts

▫️ DOW JONES: -0,48% | 45.400,86 pts

▫️ S&P500: +0,83% | 6.502,08 pts

▫️ NASDAQ: +0,98% | 21.707,69 pts

▫️ DÓLAR: -0,63% | R$ 5,4124

▫️ EURO: -0,02% | R$ 6,3419

▫️ BITCOIN: +0,98% | US$ 111.800,00

Dólar recua após payroll fraco, mas respeita piso de R$ 5,40, de olho no cenário fiscal

O dólar à vista fechou em baixa diante do real nesta sexta-feira, acompanhando o recuo da moeda americana no exterior, após o payroll de agosto mostrar criação de empregos nos EUA (22 mil) bem abaixo do esperado (75 mil), reforçando os sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho, o que deve levar o Fed a fazer três cortes de juros ainda neste ano.

Apesar da queda, a moeda mais uma vez respeitou o piso psicológico dos R$ 5,40, que reflete as preocupações do mercado com o quadro fiscal doméstico, com a meta fiscal de 2026 em xeque.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,63%, a R$ 5,4124, após oscilar entre R$ 5,3828 e R$ 5,4405. Na semana, a moeda recuou 0,18%. Às 17h12, o dólar futuro para outubro recuava 0,67%, a R$ 5,4445.

Lá fora, o índice DXY caía 0,60%, para 97,760 pontos. O euro subia 0,60%, para US$ 1,1718. E a libra ganhava 0,54%, a US$ 1,3506.