Dólar passa por correção e recupera piso dos R$ 5,40

O dólar à vista teve uma sessão de recuperação nesta quarta-feira, após o forte tombo de ontem com os números de inflação nos EUA e aqui, quando rompeu o piso psicológico dos R$ 5,40.

Investidores monitoraram os detalhes do plano de contingência aos exportadores afetados pelo tarifaço americano, que prevê despesas de R$ 9,5 bilhões fora do teto de gastos.

O dólar à vista fechou em alta de 0,27%, a R$ 5,4018, após oscilar entre R$ 5,3807 e R$ 5,4113. Às 17h07, o dólar futuro para setembro recuava 0,07%, a R$ 5,4250.

Lá fora, o índice DXY recuava 0,28%, aos 97,827 pontos. O euro subia 0,23%, para US$ 1,1700. E a libra ganhava 0,54%, a US$ 1,3573.

Petróleo cai após AIE elevar projeções de oferta e expectativa com reunião entre Trump e Putin

Os contratos futuros do petróleo fecharam em baixa, pelo segundo dia consecutivo, após a divulgação de estimativas da AIE que apontaram crescimento da oferta do produto, de 2,5 milhões de barris neste ano e 1,9 milhão em 2026. Os patamares são bem superiores aos do último relatório.

O dia teve ainda o anúncio de estoques de petróleo bruto nos EUA (Doe), que aumentaram em 3,04 milhões de barris na semana passada, ante consenso de queda de 800 mil barris.

Hoje, Bessent afirmou que Trump deixará claro no encontro com Putin que há várias opções na mesa, podendo inclusive haver sanções ou tarifas secundárias maiores se as negociações para um cessar-fogo na Ucrânia não correrem bem.

O Brent para outubro recuou 0,74%, a US$ 65,63 por barril na ICE, enquanto o WTI para setembro caiu 0,82%, a US$ 62,65 por barril na Nymex.

Giro das 15h: Ibovespa corrige ganhos recentes, enquanto dólar ensaia recuperação

O Ibovespa (-0,69%, aos 136.968 pontos) devolve parte da forte alta de ontem, com investidores embolsando ganhos em uma sessão mais volátil, por conta do exercício de opções sobre o índice e vencimento do Ibovespa futuro.

O mercado também reage à safra de balanços, com CVC ON (-10,34%) entre as maiores baixas e MRV ON (+6,16%) entre as maiores altas.

O anúncio do plano de contingência aos exportadores afetados pelo tarifaço não trouxe maiores surpresas e praticamente não afetou os ativos domésticos.

O dólar à vista (+0,18%, a R$ 5,3968) se recupera do tombo de ontem, mas ainda opera abaixo da linha de R$ 5,40. Já os juros futuros operam mistos, com oscilações modestas (Jan/27 a 13,935%; Jan/29 a 13,145%; Jan/33 a 13,530%).

Lá fora, as bolsas mantêm o viés de alta (Dow Jones +0,68%; S&P500 +0,11%; Nasdaq +0,10%), ainda embaladas pela expectativa de corte de juros em setembro, mesmo motivo que leva o dólar a recuar frente aos pares no exterior (DXY -0,28%, aos 97,821 pontos).