Futuros de NY caem antes da ata do Fed; Jackson Hole em foco

Os futuros de NY seguem no modo cautela (Dow Jones -0,10%; S&P 500 -0,10% e Nasdaq -0,16%), antes da ata do Fed e do Simpósio Jackson Hole. As ações de tecnologia foram as mais afetadas pela incerteza quanto à política monetária, com os investidores garantindo lucros recentes no setor.

Notícias de que o governo dos EUA estaria considerando adquirir participações acionárias em grandes fabricantes de chips também pesaram. Powell deve discursar na 6ªF, em meio à crescente expectativa de que o Fed corte juros em setembro, após dados apontando arrefecimento no mercado de trabalho e na inflação ao consumidor.

As atas hoje podem mostrar quão profundas são as divisões no comitê depois que Christopher Waller e Michelle Bowman discordaram, marcando a primeira vez desde 1993.]

Petróleo se recupera, mas perspectiva de longo prazo permanece pessimista

O petróleo recupera hoje parte das fortes perdas da sessão anterior: o brent/out sobe a US$ 66,53 (+1,12%) e o WTI para o mesmo mês, a US$ 62,55 (+1,26%). Os ganhos mais recentes ocorreram após dados mostrarem uma queda nos estoques dos EUA. O API estimou -2,4 milhões de barris, o que oferece suporte de curto prazo antes dos números oficiais.

A perspectiva mais ampla permanece inclinada para o lado negativo. Analistas esperam um excesso de oferta com a OPEP+ restaurando a produção e o potencial acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia poderia desbloquear novos fluxos.

Ao mesmo tempo, a demanda global continua a enfrentar obstáculos devido às tensões comerciais e à desaceleração da atividade.

Bolsas europeias seguem Ásia e caem majoritariamente; inflação no Reino Unido surpreende

As bolsas europeias acompanham Ásia após liquidação das techs em Wall Street, enquanto a inflação no Reino Unido ficou mais alta do que o esperado, levantando dúvidas sobre flexibilização monetária pelo BoE.

A perspectiva para a saúde corporativa europeia piorou: crescimento de 4,6% nos lucros do 2TRI, em média, de acordo com dados da LSEG I/B/E/S. Esse número é ligeiramente inferior ao aumento de 4,8% previsto há uma semana.

O CPI do Reino Unido subiu de 3,6% em junho para 3,8% em julho (consenso 3,7%), maior número desde jan/24. O BoE havia antecipado esse aumento.

A inflação para a zona do euro permaneceu em 2,0% em julho, correspondendo à meta de médio prazo do BCE. Londres sobe +0,26%. Frankfurt cai -0,33% e Paris +0,01%. Stoxx 600 sobe 0,15% (558,66).