Juros futuros se acomodam após disparada provocada por tarifas de Trump
Os juros futuros acumularam alta em relação aos ajustes de ontem, mas se acomodaram em relação às taxas de fechamento, que já embutiram a reação do mercado ao anúncio do tarifaço de Donald Trump, anunciado pouco antes do fechamento dos negócios ontem.
Na agenda do dia, o IPCA de junho mostrou alta de 0,24%, pouco acima do esperado (+0,20%) e ligeiramente inferior aos 0,26% de maio.
Mas o dado não foi suficiente para alterar as expectativas em relação à Selic, que neste momento está mais sensível ao possível impacto do salto de 50% nas tarifas americanas.
No fechamento, o DI para Janeiro de 2026 marcava 14,935% (de 14,918% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,305% (14,159%); Jan/29 a 13,450% (13,301%); Jan/31 a 13,610% (13,446%); e Jan/33 a 13,640% (13,519%).
Ibovespa registra queda moderada após susto com tarifaço de Trump; NY sobe
Depois do susto inicial com o tarifaço de Donald Trump, os ativos domésticos se acomodaram e fecharam longe das mínimas do dia, conforme o mercado aposta em um recuo de Trump ou em uma saída diplomática para minimizar as tarifas.
O Ibovespa fechou em baixa de 0,54%, aos 136.743,26 pontos, após oscilar entre 136.014,47 e 137.471,88. O volume financeiro somou R$ 26,2 bilhões.
Entre as blue chips, Vale ON (+2,29%, a R$ 55,28) foi ajudada pela alta do minério de ferro na China, enquanto Petrobras ON (+0,17%, a R$ 35,33) e PN (-0,25%, a R$ 32,24) terminaram mistas, apesar do recuo do petróleo.
O dólar à vista fechou em alta de 0,78%, a R$ 5,5452, mas bem distante da máxima do dia, atingida logo após a abertura, com investidores absorvendo a decisão do presidente americano de aplicar tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros.
Em NY, depois de uma abertura mista, em dia de agenda esvaziada, as bolsas terminaram a sessão em alta. Em Wall Street, prevalece entre os investidores a descrença de que as novas tarifas de Donald Trump sejam efetivamente implementadas.
Dow Jones subiu 0,43% (44.650,64). S&P500 ganhou 0,27% (6.280,46). Nasdaq avançou 0,09% (20.630,66). O movimento altista teve apoio do alívio nos juros longos dos Treasuries.
Dólar sobe com tarifaço de Trump, mas fecha longe da máxima, com decisão do governo de esperar poeira baixar
O dólar à vista fechou em alta, mas bem distante da máxima do dia, atingida logo após a abertura, com investidores absorvendo a decisão de Donald Trump de aplicar tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros.
Ao longo do dia, ficou claro que o governo brasileiro não pretende retaliar imediatamente, mas esperar até o início da vigência da medida, em 1º de agosto, para ver se Trump volta atrás em sua decisão ou aceita uma negociação pelo caminho diplomático.
Em último caso, o país adotará a lei da reciprocidade, com retaliação, utilizando de medidas não tarifárias, como a quebra de patentes.
O dólar à vista fechou em alta de 0,78%, a R$ 5,5452, após oscilar entre R$ 5,5250 e R$ 5,6220. Já o dólar futuro para agosto, que havia disparado no fim da tarde de ontem com o anúncio do tarifaço de Trump, recuava 0,70%, para R$ 5,5720 por volta das 17h15.
Lá fora, o índice DXY subia 0,05%, para 97,604 pontos. O euro caía 0,21%, a US$ 1,1696. E a libra perdia 0,07%, a US$ 1,3578.