Bolsas europeias recuam em meio a dados de inflação, com acordos comerciais em foco

As bolsas europeias cedem por cautela antes de 9/7 para tarifas, de olho na inflação. Se nenhum acordo for alcançado, os EUA planejam impor +50% em quase todos os produtos da UE, enquanto o bloco europeu está preparado para implementar contramedidas. A UE estaria aberta a um acordo, desde que setores-chave (farmacêuticos, álcool, semicondutores e aeronaves) sejam isentos. O fórum do BCE em Sintra atrai atenção dos investidores. A inflação na zona do euro subiu a 2,0% em junho, acima da mínima de oito meses de 1,9% em maio , em linha com as expectativas e com a meta. A de serviços acelerou para 3,3%, acima da mínima de três anos de 3,2% em maio. A inflação subjacente permaneceu inalterada em 2,3%, menor nível desde janeiro de 2022. Frankfurt cai 0,42%; Londres -0,18% e Paris, -0,38%; Stoxx 600 -0,28% (539,82).

Ásia fica mista com proximidade de data final para acordos comerciais

A sessão asiática do mercado financeiro ficou dividida nesta terça-feira, com altas e baixas, à medida em que a proximidade da data final para estabelecimento das tarifárias tributárias chama a atenção dos investidores. Outro tema importante é o encontro de presidentes de bancos centrais, incluindo Powell, Lagarde e Ueda, em evento na cidade portuguesa de Sintra. Na China, Xangai ficou em alta de +0,39%, Shenzhen também em alta de +0,11, mas em Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu -0,87%. No Japão, o índice Nikkei 225 caiu forte (-1,43%) enquanto que, na Coreia do Sul e em Taiwan, os índices Kospi (+0,59%) e Taiex (+1,34%) ficaram no terreno positivo.

Diário Econômico PicPay

No Diário de hoje, a economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito, destaca o dólar em forte queda, que recuou 0,89% e fechou a R$ 5,43, menor nível desde setembro. O Ibovespa subiu 1,45%, encerrando o melhor semestre desde 2016, com alta acumulada de 15,44%. Juros futuros despencaram, com o mercado já precificando o fim do ciclo de aperto, enquanto o real liderou os ganhos entre emergentes. Lá fora, o dólar global segue pressionado e investidores aguardam Powell e dados de inflação na Europa.