Mercados se ajustam ao Fed e Copom

… Em meio ao crescimento lento da economia e inflação ainda elevada, o Banco da Inglaterra decide às 8h os juros do Reino Unido, que deverão permanecer em 4%. Nesta quarta, Fed e Copom corresponderam às expectativas amplamente esperadas, iniciando o ciclo de quedas nos Estados Unidos, e mantendo a Selic aqui em 15% e o discurso conservador, sem dar espaço para apostas em cortes no curto prazo. Os mercados tendem a se ajustar hoje a essas decisões. No Congresso, em outra noite de serão, os deputados aprovaram a urgência da anistia, enquanto Alcolumbre tenta conter o ímpeto desenfreado da Câmara por pautas em causa própria, prometendo resistir à PEC da Blindagem no Senado.

HAWKISH – Citando as expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade e as pressões no mercado de trabalho, o Copom defendeu uma política monetária em patamar “significativamente contracionista por período bastante prolongado”.

… O comunicado foi além, afirmando que “os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que o BC não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”. Para quem esperava uma queda em dezembro, foi um banho de água fria.

… O texto destaca que, nas divulgações mais recentes, tanto a inflação cheia como as medidas subjacentes mantêm-se acima da meta. No cenário de referência, a projeção do IPCA para o 1Tri de 2027, atual horizonte relevante de política monetária, foi mantida em 3,4%.

… Para Sérgio Goldenstein (Eytse Estratégia), esse foi o destaque do comunicado, já que manteve uma inflação acima do que o mercado espera, entre 3,2%/3,3%. “A leitura implícita é que o BC revisou sua estimativa para o hiato do produto, ponto que será esclarecido pela ata.”

… O movimento inicial de ajuste em baixa das expectativas, confirmado a cada semana na pesquisa Focus, foi desprezado, assim como a forte apreciação do câmbio, embora o Banco Central tenha revisado sua taxa para este ano de R$ 5,55 para R$ 5,40.

… O cenário externo deixou de ser considerado “mais adverso”, mas ainda “se mantém incerto”, em função da conjuntura e da política econômica dos Estados Unidos, inclusive no que diz respeito à imposição de tarifas comerciais ao Brasil. E exige cautela.

… Sobre o ritmo da atividade, que já dá sinais de esfriamento, o Copom reconhece que “segue apresentando certa moderação no crescimento”, mas contrapõe a esse fato o “dinamismo” mostrado pelo mercado de trabalho, com o desemprego nas mínimas históricas.

… Goldenstein mantém a projeção de início do ciclo de quedas da Selic em janeiro de 2026, com corte de 50 bps, embora não descarte totalmente a hipótese de corte em dezembro. “Mas isso exigiria desaceleração mais intensa da atividade e apreciação mais persistente do câmbio.”

… O tom mais hawkish do Copom deve determinar um ajuste em alta nos contratos mais curtos na abertura, esvaziando as apostas em uma antecipação das quedas. Mas a sinalização de que o Fed promoverá três cortes este ano tende a manter o câmbio apreciado (leia abaixo).

DOVISH, MAS PREOCUPADO – Nos Estados Unidos, o Fomc reduziu os juros em 25pbs, para um intervalo de 4% a 4,25% ao ano.

… O recado mais importante veio do gráfico de pontos dos Fed boys: nove dos 19 integrantes do Comitê projetam que os juros terminarão o ano entre 3,50% e 3,75%, o que implica implicaria mais duas reduções da mesma magnitude em outubro e dezembro.

… A probabilidade de o Fed realizar mais um corte acumulado de 50pbs nos juros americanos neste ano saltou de 48,3% para 90,6%.

… A forte queda no ritmo de geração de empregos e a dificuldade de repasse das tarifas no varejo tornam esse cenário bastante provável, pelo menos, enquanto a inflação seguir controlada – o que permitiria ao Fed focar no mandato do pleno emprego.

… Na entrevista que se seguiu à decisão do juro americano, Powell admitiu que os riscos para a inflação permanecem em “situação difícil”, mas que “há uma avaliação bastante ampla de que a situação mudou em relação ao mercado de trabalho”.

… O presidente do Fed acredita que as tarifas resultarão em uma alta de preços pontual e não em um processo inflacionário. “Nós esperamos que a inflação continue a subir, mas talvez não tanto quanto há alguns meses.”

… Também afirmou que o repasse das tarifas aos preços tem se mostrado menor e mais vagaroso do que o esperado, acrescentando que “o trabalho do Fed é garantir que a inflação tarifária não se consolide”. A insistência com o tema da inflação deixou dúvidas no ar.

… O mercado, que havia tido uma reação inicial muito positiva com a projeção de mais dois cortes do juro em 2025, reduziu o entusiasmo ao ouvir Powell reconhecer que “estamos em situação incomum, com riscos em ambos os lados do mandato”.

… Assumindo uma cautela que não combinava com a festa, disse que “vamos olhar os dados e decidir reunião a reunião”.

ANISTIA – Por 311 votos a 163, o plenário da Câmara aprovou ontem à noite o requerimento de urgência para a votação do projeto que concede anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado, de autoria do deputado Marcelo Crivella (Republicanos).

… O texto, que “concede anistia aos participantes das manifestações reivindicatórias de motivação política ocorridas entre o dia 30 de outubro de 2022 e o dia de entrada em vigor da lei”, é a versão defendida por aliados do ex-presidente Bolsonaro.

… Com a aprovação da urgência, segundo Motta, um relator deve ser nomeado nesta quinta-feira “para que possamos chegar, o mais rápido possível, a uma proposta substitutiva que encontre o apoio da maioria ampla da casa”.

… A ideia é que o novo texto reduza significativamente o alcance da anistia, limitando-se à redução de pena dos condenados.

… A aprovação da urgência contou com apoio maciço dos partidos do Centrão, que orientaram suas bancadas a votarem favoravelmente ao texto, mas, segundo apurou o Valor, é improvável que eles aceitem uma anistia ampla na análise do mérito.

… Uma garantia de prisão domiciliar para Bolsonaro deve ser um caminho para convencer o PL a topar uma versão mais light.

ALCOLUMBRE – A tratorada da Câmara para aprovar a PEC da Blindagem não se repetirá no Senado, onde o presidente Davi Alcolumbre já disse que o texto, que blinda deputados e senadores de processos judiciais, terá que seguir o rito normal na Casa e passar pela CCJ.

… Alcolumbre estaria insatisfeito com a conduta do presidente da Casa, Hugo Motta, dizendo que foi “surpreendido” pela aprovação açodada.

… Ao presidir a sessão plenária desta quarta, fez um desabafo, dizendo que “debates do Judiciário”, como anistia aos condenados pelo 8/1 e impeachment de ministros do STF, estariam tornando “impossível” a deliberação de outras pautas pelo Senado.

… Alcolumbre ainda falou de Eduardo Bolsonaro: “Não dá para eu ver todos os dias um deputado federal, do Brasil, eleito pelo povo de São Paulo, lá nos Estados Unidos, instigando um país contra o meu país. Nunca falei sobre isso, mas não dá para aceitar essas agressões calado”.

… Após reunião de líderes, senadores do PSD, PT, MDB, PSB, Republicanos e até do PL endossaram o posicionamento de Alcolumbre de que a proposta deve ser discutida com “serenidade” por conter “excessos”. Eles temem desgaste junto à opinião pública.

CONTA DE LUZ – No último dia de prazo, Câmara e Senado aprovaram, nesta quarta-feira, a MP que cria o novo programa de Tarifa Social de Energia, garantindo gratuidade na conta de luz até 80 kWh para as famílias de baixa renda.

LULA – Em entrevista nesta quarta-feira à BBC de Londres, o presidente disse não ter contato com Trump, que a “relação dele é com o Bolsonaro, não com o Brasil”, mas voltou a defender o diálogo com os americanos. “O que não podemos negociar é a soberania do Brasil.”

… Lula também ressaltou que as tarifas sobre produtos brasileiros terão efeitos deletérios para a economia americana. “A inflação lá vai subir, porque o café vai ficar mais caro, a carne vai ficar cara, e o povo vai pagar pelos erros que o presidente Trump está cometendo.”

… Em pesquisa da Genial/Quaest, nesta quarta-feira, 73% consideram que o presidente Trump está errado no tarifaço ao Brasil, enquanto 49% dizem que Lula está agindo corretamente. A aprovação do presidente segue em 46% nesse levantamento.

… Já em outra pesquisa, Latam Pulse Atlas & Bloomberg, Lula é aprovado por 50,8%, maior patamar desde janeiro/2024. Nas intenções de voto para 2026, Lula tem 48,2% contra 30,4% de Tarcísio. Em um mês, Lula cresceu 4,1 pontos e Tarcísio perdeu 1,4 ponto.

AGENDA FRACA – No day after do Copom, Galípolo participa do 2º Seminário Nacional sobre Crédito Consignado, da Revista Justiça e Cidadania, às 9h. O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, estará hoje no AGF Day, às 8h45.

… Em dia esvaziado de indicadores, a CNI divulga às 10h a sondagem industrial de agosto.

LÁ FORA – Um dia depois de Powell ter observado que o cenário de riscos para o mercado de trabalho piorou, saem hoje os dados do auxílio-desemprego, às 9h30, com previsão de queda de 21 mil pedidos, para 242 mil.

… O Tesouro americano divulga às 15h o fluxo de capital aos Estados Unidos em julho. O BC da África do Sul decide juro às 10h e o mercado recupera logo cedo a fala de Lagarde (BCE) na madrugada (4h10) em evento na França.

CAIU PARA SUBIR – Na reação imediata à decisão do Fed de abrir o ciclo de relaxamento monetário, o dólar cumpriu o script de queda em escala global, mas não demorou que o recado cauteloso de Powell freasse o movimento.

… Em entrevista coletiva de imprensa, como se viu, ele deixou em aberto uma nova flexibilização dos juros em outubro, afirmou que as decisões serão tomadas a cada reunião e estarão condicionadas à evolução dos indicadores.

… Também descartou a necessidade de uma dose mais agressiva do juro, de 50 pontos, confrontando o voto isolado de Miran em sua estreia no Fed. Ainda o alerta de Powell sobre o risco de inflação persistente causou desconforto.

… Se na mínima, logo após a decisão do Fed, o dólar caiu até a faixa de R$ 5,27, para R$ 5,2762, o alívio foi esgotado rapidamente quando Powell começou a falar e incorporou o discurso mais conservador do que o comunicado.

… Sob a pressão, a moeda americana chegou a R$ 5,3132 na máxima, embora tenha conseguido se acomodar para um fechamento estável (+0,06%), cotada a R$ 5,3012, porque não dá para competir com o carry trade tão atraente.

… O câmbio fechou antes do Copom, que só reforçou o contexto do diferencial maior dos juros, sem perspectiva de corte antecipado da taxa Selic, enquanto o Fed começou seu processo dovish, embora sob a moderação de Powell.

… Os comentários do presidente do Fed de que o gráfico de pontos (que aponta mais dois cortes no ano) “não é uma certeza e deve ser visto sob o ângulo das probabilidades” abriram terreno para o dólar testar uma reação lá fora.

… Muito próximo da linha dos 97,000 pontos, o índice DXY subiu 0,34%, para 96,873 pontos, frustrando o ânimo do euro, que caiu 0,35%, a US$ 1,1826; da libra, que recuou 0,10% antes do BoE, a US$ 1,3633; e do iene (146,80/US$).

… Em um primeiro momento, no reflexo natural, os juros dos Treasuries caíram com o Fed. Mas logo inverteram a direção, diante da opção de Powell pelo discurso de equilíbrio, que sugere ao investidor não queimar etapas.   

… Corrigindo a rota, a taxa da Note de 2 anos subiu a 3,545%, de 3,512% na véspera do Fed, o retorno do título de 10 anos avançou para 4,069%, contra 4,033% no pregão anterior, e o do T-bond de 30 anos foi a 4,669%, de 4,652%.

GAP DE ALTA – A tendência é de a ponta curta do DI contratar prêmio na abertura dos negócios com o comunicado do Copom tendo mostrado fidelidade à mensagem anterior de manter o juro onde está por um período prolongado.

… Horas antes da decisão de política monetária, a precificação entre os traders era de 24% de chance de a taxa Selic cair já em dezembro, pelas contas do estrategista Luciano Rostagno (da EPS Investimentos) para o Broadcast.

… Mas a aposta, já não tão expressiva, tem tudo para ser ainda mais esvaziada pelos sinais de que, tão cedo, o BC não vai relaxar a guarda. Cada vez mais, o mercado migra para a estimativa já quase unânime de corte só em janeiro.

… Os juros futuros fecharam antes do desfecho do Copom, mas tiveram tempo de reagir na sessão regular ao Fed, que já antecipou um primeiro ajuste nos contratos, desacelerando o fôlego de queda na segunda metade do pregão.

… Perto da estabilidade, o DI para Jan/26 fechou em 14,890% (de 14,885% no dia anterior); Jan/27, a 13,940% (contra 13,952%); Jan/29, a 13,050% (de 13,067%); Jan/31, a 13,230% (de 13,267%); e Jan/33, a 13,355% (13,398%).

… Na bolsa, não tem ressaca, só tem festa e recordes duplos todos os dias. No auge do entusiasmo com o Fed, que promete revigorar o fluxo de capital estrangeiro para o Brasil, o Ibovespa cruzou a barreira dos 146 mil pontos.

… Bateu em 146.331 pontos na mais nova máxima histórica intraday, para depois desacelerar o rali. Mesmo assim, o índice à vista ainda estabeleceu recorde inédito, fechando acima dos 145 mil pontos pela primeira vez na história.

… Terminou em alta de 1,06%, aos 145.593,63 pontos, com giro forte de R$ 25,3 bilhões, impulsionado pelo vencimento de opções sobre o índice. Amanhã, é dia de exercício de opções sobre ações, com as blue chips no foco.

… O freio de arrumação de Powell roubou ontem parte das forças das ações dos bancos. Ainda assim, o setor se saiu muito bem: Bradesco PN saltou 3,47%, a R$ 17,58; Itaú +1,42%, a R$ 38,44; Santander +2,29%, a R$ 29,53.

… Exceção do dia no segmento financeiro, os papéis ON do BB fecharam em leve queda de 0,32%, a R$ 21,87.

… Vale não se empolgou com a decisão da S&P de elevar o rating de crédito da empresa de BBB- para BBB e subiu só 0,17%, a R$ 57,80. Já Petrobras contrariou a queda do petróleo. ON, +0,76% (R$ 34,44); e PN +0,60% (R$ 31,72).

… Devolvendo parcialmente os ganhos depois de três pregões consecutivos em alta, o Brent para novembro caiu 0,76%, a US$ 67,95, apesar da forte queda de 9,285 milhões de barris na semana passada nos estoques americanos.

… Em Wall Street, apesar da decepção com o discurso mais moderado de Powell, o Dow Jones subiu 0,57%, aos 46.018,32 pontos. Já o S&P 500 recuou 0,10%, aos 6.600,35 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,33%, aos 22.261,33 pontos.

… Entre as big techs, o investidor saiu vendendo as ações da Nvidia (-2,67%), após o Financial Times revelar que a China teria proibido a compra dos chips de inteligência artificial da companhia pelas empresas de tecnologia locais.

CIAS ABERTAS – CAIXA registrou lucro recorrente de R$ 3,7 bilhões no 2TRI, alta anual de 12%; margem financeira somou R$ 16,4 bilhões, aumento de 5,7% em relação ao mesmo período de 2024…

… Carteira de crédito atingiu R$ 1,294 trilhão, crescimento de 10,1% ante mesmo trimestre do ano passado.

BB. Citi elevou recomendação para a ação de neutra para compra e do preço-alvo, de R$ 22 para R$ 29…

… Atualização ocorreu devido a potencial alívio que medidas recentes anunciadas pelo governo federal para o agronegócio poderiam causar ao BB, diminuindo custo de risco.

EMBRAER. Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos informou que metalúrgicos do primeiro e segundo turnos da companhia rejeitaram nova proposta de reajuste salarial apresentada pela empresa…

… Assim, greve iniciada nesta quarta-feira continua por tempo indeterminado e ganhou a adesão dos trabalhadores do segundo turno da matriz.

FLEURY. Guepardo Investimentos reduziu participação de 5,64% para 4,96% do total das ações ordinárias da empresa, o equivalente a 27.143.500 de papéis do tipo.

TOTVS aprovou a distribuição de R$ 88 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,15 por ação, com pagamento em 6 de outubro; ex em 24 de setembro.

WILSON SONS. Conselho de Administração deu parecer favorável à oferta pública para aquisição de até todas as ações de emissão da empresa protocolada pela SAS Shipping Agencies Services Sàrl…

… Conforme edital da OPA, leilão está previsto para ocorrer em 23 de outubro.

COPASA. Goldman Sachs atingiu posição de derivativos com liquidação física equivalentes a 17.639.520 de ações ON de emissão da empresa, ou 4,64% do total de papéis…

… Segundo formulário de referência de 9 de setembro, banco não detinha participação relevante na companhia.

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Fed corta, Copom resiste

Bom dia,

◼️ Os mercados reagem hoje às decisões do Fed, que iniciou o ciclo de cortes nos EUA, e do Copom, que manteve a Selic em 15% com discurso duro. A expectativa é de ajustes, após a volatilidade da véspera.

◼️ O comunicado do Copom reforçou a necessidade de política “significativamente contracionista” por longo período. O BC disse que não hesitará em retomar as altas se precisar, esfriando apostas em cortes em 2025.

◼️ Projeção do IPCA mantida em 3,4% no 1º tri de 2027, acima do consenso do mercado, sugere revisão no cálculo do hiato do produto pelo Copom, para analistas como Sérgio Goldenstein (Eytse Estratégia).

◼️ O Fomc reduziu os juros em 25pbs, para 4%–4,25%. O gráfico de pontos apontou mais dois cortes este ano, em outubro e dezembro. A probabilidade de redução acumulada de 50pbs em 2025 saltou para mais de 90% na CME.

◼️ Mas Powell manteve cautela ao alertar para riscos à inflação. Disse que as tarifas de Trump geram pressão pontual, mas que o Fed precisa evitar persistência inflacionária. Reforçou que decisões serão reunião a reunião.

◼️ No Congresso, a Câmara aprovou a urgência da anistia aos condenados do 8/1, em vitória do Centrão e aliados de Bolsonaro. O Senado, porém, deve resistir à PEC da Blindagem, com Alcolumbre prometendo um rito demorado.

◼️ Lula afirmou à BBC que não negocia a soberania brasileira, mas defendeu diálogo com os EUA. Criticou tarifas de Trump, dizendo que elas vão elevar preços ao consumidor americano. Pesquisas mostraram melhora na aprovação.

◼️ O comunicado do Fed foi lido como dovish, mas a fala de Powell esfriou o ânimo em NY. Dólar e Treasuries inverteram queda, com DXY em +0,24%. Em NY, Dow Jones +0,57%, S&P -0,10% e Nasdaq -0,33%.

◼️ O Ibovespa bateu 146.330 pontos na máxima, mas fechou em 145.593 (+1,06%), novo recorde, puxado por varejo e bancos. O dólar à vista oscilou entre R$ 5,27 e R$ 5,31, fechando a R$ 5,3012 (+0,06%). Juros oscilaram forte.

◼️ Entre empresas, a Caixa lucrou R$ 3,7 bi no 2TRI (+12% em 12 meses), com carteira de crédito em R$ 1,29 trilhão (+10%). Na B3, Embraer segue em greve, Totvs aprovou JCP de R$ 88 mi e Wilson Sons marcou OPA para 23/10.

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++ BALANÇOS: Caixa registra lucro recorrente de R$…

++ BALANÇOS: Caixa registra lucro recorrente de R$ 3,7 bilhões no 2TRI, alta anual de 12%

++ Margem financeira soma R$ 16,4 bilhões, aumento de 5,7% em relação ao mesmo período de 2024

++ Carteira de crédito atinge R$ 1,294 trilhão, crescimento de 10,1% ante mesmo trimestre do ano passado