Giro das 15h: Ibovespa corrige ganhos recentes, enquanto dólar ensaia recuperação
O Ibovespa (-0,69%, aos 136.968 pontos) devolve parte da forte alta de ontem, com investidores embolsando ganhos em uma sessão mais volátil, por conta do exercício de opções sobre o índice e vencimento do Ibovespa futuro.
O mercado também reage à safra de balanços, com CVC ON (-10,34%) entre as maiores baixas e MRV ON (+6,16%) entre as maiores altas.
O anúncio do plano de contingência aos exportadores afetados pelo tarifaço não trouxe maiores surpresas e praticamente não afetou os ativos domésticos.
O dólar à vista (+0,18%, a R$ 5,3968) se recupera do tombo de ontem, mas ainda opera abaixo da linha de R$ 5,40. Já os juros futuros operam mistos, com oscilações modestas (Jan/27 a 13,935%; Jan/29 a 13,145%; Jan/33 a 13,530%).
Lá fora, as bolsas mantêm o viés de alta (Dow Jones +0,68%; S&P500 +0,11%; Nasdaq +0,10%), ainda embaladas pela expectativa de corte de juros em setembro, mesmo motivo que leva o dólar a recuar frente aos pares no exterior (DXY -0,28%, aos 97,821 pontos).
Ouro sobe com horizonte de corte de juros pelo Fed e recuo do dólar
O ouro recuperou parte das perdas de ontem e avançou nesta quarta-feira, com os investidores cada vez mais confiantes em um corte de juros nos EUA pelo Fed já em setembro – com as apostas agora oscilando ao redor da intensidade, se de 25 pbs ou 50 pbs.
O comportamento da commodity também é influenciado pela queda do dólar ante pares (DXY -0,29% há pouco).
De pano de fundo, o mercado monitora a reunião de sexta (15/8) entre Trump e Putin sobre um possível cessar-fogo na Ucrânia.
O contrato do metal precioso para dezembro fechou em alta de 0,27% na Comex, cotado a US$ 3.408,30 por onça-troy.
MRV lidera altas, mesmo após prejuízo no 2TRI
As ações da MRV estão no topo da lista das maiores altas do Ibovespa neste início de tarde, com ganho de 7,24% (R$ 6,96).
A construtora teve prejuízo líquido atribuível aos controladores consolidado de R$ 811,9 milhões no 2TRI, valor bem superior ao prejuízo de R$ 71,3 milhões de um ano antes.
Já a receita líquida consolidada somou R$ 2,7 bilhões, o que representa alta de 18,4% na comparação anual.
Casas de análise destacam, porém, que o prejuízo tem relação com a baixa contábil de US$ 144 milhões (R$ 776 milhões) da Resia, a subsidiária da empresa nos EUA.
XP destacou que no Brasil a construtora teve crescimento da receita, com melhora dos indicadores operacionais.
O bom desempenho operacional das operações brasileiras também foi salientado pelo JPMorgan.