PNAD em julho
Igor Cadilhac
Abaixo das nossas expectativas (5,7%), os dados da PNAD Contínua revelaram queda na taxa de desemprego, de 5,8% para 5,6% no trimestre móvel encerrado em julho. Nos números dessazonalizados, de acordo com nossos cálculos, observamos nova redução, de 5,7% para 5,6%. O resultado confirma nossa avaliação de um mercado de trabalho aquecido em 2025, atualmente no menor nível dessazonalizado de toda a série histórica — inclusive em comparação à antiga Pesquisa Mensal de Emprego (PME).
Do ponto de vista qualitativo, a dinâmica foi positiva. O número de desocupados caiu, enquanto o total de trabalhadores com carteira assinada atingiu novo recorde, chegando a 39,1 milhões. Esse avanço contribuiu para a taxa de ocupação se manter em 58,8%, também em nível recorde, e para a taxa de estabilidade ficar em 37,8%.
Em relação à renda, o rendimento médio real habitual avançou para R$ 3.484. Combinado à baixa taxa de desemprego, esse movimento impulsionou a massa de rendimento médio real a um novo recorde, de R$ 352,3 bilhões. Considerando as implicações desse cenário para a inflação, o hiato do produto positivo segue sendo um desafio, ainda que em um contexto de NAIRU mais baixa.
Olhando à frente, com base nos dados correntes e na natureza cíclica do mercado de trabalho, esperamos que o aquecimento persista ao menos até o final do terceiro trimestre, quando deve se iniciar um processo gradual de desaceleração. Para 2025, projetamos taxa média de desemprego de 6%, encerrando o ano em 5,6%.
JHSF sobe mais de 14% após anunciar criação de veículo de investimento
As ações da JHSF, negociadas fora do Ibovespa, sobem 14,57%, negociadas a R$ 6,37 (R$ 6,55, na máxima) e estão na quinta posição entre as mais negociadas da B3 até o momento.
A companhia anunciou a criação de um veículo de investimento no valor de R$ 4,7 bilhões para agrupar seus ativos imobiliários.
Segundo a empresa, o veículo será formado por cinco ativos imobiliários, prontos e em desenvolvimento.
Ao acessar recursos de terceiros para acelerar os projetos, o grupo protege sua estrutura de capital sem desacelerar o ritmo de investimentos, afirma a JHSF.
BNB rompe topo histórico; HYPE e MYX disparam em dia de decisão do Fed
Bitcoin (BTC) – variação 24h: +0,86%
Ethereum (ETH) – variação 24h: -0,35%
XRP (XRP) – variação 24h: -0,46%
Tether (USDT) – variação 24h: -0,01%
SOLANA (Sol) – variação 24h: -0,32%
BNB (BNB) – variação 24h: +2,38%
USDC (USDC) – variação 24h: -0,01%
Dogecoin (DOGE) – variação 24h: -0,12%
TRON (TRX) – variação 24h: -1,31%
Cardano (ADA) – variação 24h: -0,15%
Atualização de 17/09/25 às 09h46 | Fonte: [investing.com]
Principais notícias e indicadores
- Tokens em alta antes do Fed: O Hyperliquid (HYPE) lidera os ganhos com +3,1% em 24h, seguido por BNB (+2,8%) e Filecoin (+2,6%). O Bitcoin avança 0,8%, negociado a US$ 116.505 (R$ 618.443). XRP também sobe, impulsionado pelo entusiasmo com um ETF à vista aprovado nos EUA. Apesar disso, analistas apontam que o mercado segue limitado por topos mais baixos, enquanto instituições continuam acumulando via ETFs e retiradas de corretoras
- BNB faz história: O BNB subiu 2,9% e atingiu US$ 960, seu maior valor de todos os tempos, com volume de US$ 2,2 bi nas últimas 24h. Nos últimos 12 meses, acumula alta de 76%. Já a MYX Finance voltou a disparar no Top 100, com +53% em 24h e ganhos de 1.334% em apenas 14 dias. O Bitcoin também chegou a US$ 117.200, seu maior valor em 4 semanas, acumulando 96% de alta em 12 meses. O mercado aguarda a decisão do Fed sobre corte de 0,25% nos juros. Internacionalmente, França, Áustria e Itália defendem supervisão mais rígida de cripto sob a MiCA, o que pode frear polos de inovação no bloco europeu
- Escassez programada: A Fidelity estima que 42% dos bitcoins estarão ilíquidos até 2032, somando mais de 8,3 milhões de BTC fora de circulação. Hoje, cerca de 28% já se enquadram nessa categoria, entre moedas paradas há mais de 7 anos e BTC em tesourarias corporativas. A gestora destaca que essa escassez crescente pode pressionar o preço para cima, reforçando o papel do Bitcoin como ativo limitado. Atualmente, a Fidelity administra 207.150 BTC via seu ETF FBTC, o segundo maior do mundo.
- Tokenização no Brasil: A AmFi alcançou R$ 1,5 bi em operações tokenizadas em menos de dois anos de atividade, com crescimento de 300% em julho de 2025 na comparação anual. Só no mês passado, foram movimentados R$ 180 milhões em crédito estruturado via blockchain. O resultado coloca a empresa em patamar comparável ao total captado em ofertas reguladas pela CVM em 2024. Segundo o CEO Paulo David, o avanço mostra demanda por soluções que unem tecnologia, regulação e governança para ampliar o acesso ao crédito
Resumo do mercado
A visão de longo prazo segue ancorada pela escassez projetada pela Fidelity, enquanto a tokenização no Brasil reforça o protagonismo local em inovação financeira.
O mercado cripto vive um dia de forte expectativa com a decisão do Fed: enquanto o Bitcoin testa resistências próximas de US$ 117 mil, altcoins como BNB, HYPE e MYX roubam a cena com ganhos expressivos.
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