Guerra tarifária e IOF em foco

Bom dia,

◾ A inflação ao consumidor nos EUA (CPI) é o dado mais aguardado desta terça, com expectativa de alta mensal de 0,3% e núcleo também acelerando. A cautela é reforçada pelo impacto da guerra tarifária nas expectativas de juros. Em paralelo, os grandes bancos abrem a temporada de balanços do segundo trimestre em NY.

◾ No Brasil, o mercado acompanha os desdobramentos do decreto do IOF com a audiência de conciliação no STF. O governo insiste na medida, mas líderes da Câmara articulam um meio-termo: isenção para VGBL e risco sacado.

◾ O comitê interministerial montado por Lula se reúne hoje com representantes da indústria e do agronegócio para discutir a tarifa de 50% dos EUA. Empresários pedem 90 dias de prazo e apontam risco de 110 mil demissões.

◾ Alckmin nega a possibilidade pedir prorrogação do prazo e redução da alíquota e diz que a prioridade é ouvir o setor produtivo. Já Tarcísio convocou sua própria reunião com industriais, no mesmo dia e mesmo horário.

◾ Trump disse estar “aberto a conversas” e prometeu novas “tarifas amigáveis”. União Europeia avalia retaliações, mas mantém o diálogo e busca ampliar a cooperação com Canadá, Índia e Arábia Saudita.

◾ Em coletiva, também ameaçou aplicar uma tarifa de 100% contra a Rússia se não houver cessar-fogo na guerra com a Ucrânia em 50 dias. Segundo analistas, a medida teria impacto especialmente no mercado de gás natural.

◾ Na China, o PIB do 2T cresceu 5,2%, levemente acima do esperado. Produção industrial surpreendeu com alta de 6,8% em junho, enquanto o BC anunciou injeção de US$ 195 bilhões em liquidez no sistema financeiro.

◾ A agenda ainda traz o índice ZEW de confiança na Alemanha, produção industrial da zona do euro, e discursos de quatro membros do Fed, que devem comentar os dados de inflação.

◾ No mercado ontem, o dólar subiu pela quarta vez seguida, a R$ 5,58, e o Ibov caiu -0,65%, com tensão sobre IOF e tarifas. Em NY, Dow, S&P e Nasdaq subiram levemente. Hoje saem os balanços de JPMorgan, Wells Fargo e Citi.

◾ Entre os destaques corporativos, a Telefônica aprovou JCP de R$ 330 milhões e a MRV reportou VGV de R$ 3,45 bilhões no 2º tri. A TIM levantou R$ 455 milhões com leilão de ações agrupadas.

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Juros futuros terminam mistos com IBC-Br fraco, tarifas de Trump e IOF

Os juros futuros terminaram mistos nesta segunda-feira, com os vencimentos curtos oscilando entre baixa e estabilidade, após o IBC-Br surpreender para baixo.

A prévia do PIB medida pelo BC caiu 0,7% em maio sobre abril, contrariando a expectativa dos economistas, de estabilidade.

Já os vencimentos mais longos subiram em linha com o avanço do câmbio, em meio às incertezas sobre a guerra tarifária de Donald Trump e a expectativa para audiência de conciliação entre governo e Congresso no STF sobre o aumento do IOF.

O fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,940% (de 14,945% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,285% (14,327%); Jan/29 a 13,470% (13,465%); Jan/31 a 13,650% (13,592%); e Jan/33 a 13,740% (13,645%).

Commodities arrastam Ibovespa para a 6ª queda consecutiva; NY termina sessão em leve alta

As perdas de Petrobras e Vale contribuíram para a sexta baixa consecutiva do Ibovespa – que fechou em -0,65%, aos 135.298,99 pontos, com giro de R$ 18,7 bilhões.

Os papéis PN da estatal de petróleo recuaram 1,32% (R$ 32,20), enquanto os ON perderam 1,07% (R$ 35,09), acompanhando o tombo do petróleo, após Donald Trump ameaçar a Rússia com tarifas de até 100% se a guerra com a Ucrânia não acabar em 50 dias.

No caso da Vale, a queda foi de 1,14% (R$ 55,36), na contramão do minério.

Enquanto monitora a guerra comercial dos EUA com o Brasil e o mundo, o sentimento local é de cautela também em razão do IOF, cuja audiência de conciliação acontecerá amanhã no STF.

Por sua vez, o dólar à vista registrou alta pela 4ª sessão seguida, fechando com ganho de 0,66%, a R$ 5,5842.

Em NY, depois de uma abertura mista, majoritariamente negativa, repercutindo as novas tarifas contra México e União Europeia anunciadas por Trump no fim de semana, as bolsas ganharam força em meados da tarde e terminaram o pregão em leve alta.

Dow Jones subiu 0,20% (44.459,65). S&P500 ganhou 0,14% (6.268,56). Nasdaq avançou 0,27% (20.640,33).

Quanto ao retorno dos Treasuries, os juros da ponta mais curta ficaram estáveis, enquanto médios e longos subiram.