Juros
Juros futuros caem com dólar e petróleo
Aliviada pela volta do dólar à faixa próxima de R$ 5,40 e pela queda firme do petróleo, de olho em um cessar-fogo em Gaza, a curva de juros futuros (DI) fechou em queda em praticamente todos os trechos.
Só a ponta curta exibiu leve alta isolada, sob o “efeito Galípolo”, que manteve o tom duro. Ele repetiu que a chance de alta da taxa Selic continua na mesa e que enxerga mais riscos de alta para a inflação, embora tenha esclarecido que isso não pode ser tomado como guidance para um aperto do juro. Afirmou ainda que o Banco Central mira o centra da meta do IPCA e não “algo em torno”.
Na onda de revisões em alta para a Selic, mais duas casas que projetavam estabilidade em setembro, passaram a prever elevação. O BTG e a XP esperam agora a retomada do ciclo com um aperto inicial de 0,25pp e Selic de 11,75% no fim do ano e de 12% no início de 2025.
A percepção de que, se preciso, o Copom será mais conservador no curto prazo para aliviar as expectativas lá na frente provocou queda no juros futuros de médio e longo prazo. No Focus, a mediana para o IPCA de 2025 caiu de 3,97% para 3,91%, em linha com a comunicação mais dura assumida por Galípolo nos discursos recentes.
No fechamento, o DI para Jan/25 subiu para 10,845% (contra 10,839% no pregão anterior). Já o Jan/26 caiu a 11,580% (de 11,650%); Jan/27, a 11,410% (de 11,560%); Jan/29, a 11,380% (de 11,500%); e Jan/31, a 11,370% (de 11,490%).
(Mariana Ciscato)