Giro dos Mercados

Risco fiscal doméstico e incerteza sobre Biden turbinam dólar e derrubam bolsas

Atualizado 18/07/2024 às 14:40:27

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[18/07/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

O dólar disparou diante do real na última hora (+1,54%, a R$ 5,5683), mas a forte desvalorização não é uma exclusividade da moeda brasileira.

Os pesos mexicano (+1,19%, a 17,90); chileno (+1,98%, a 942,30) e colombiano (+1,10%, a 4040,30) também apanham nesta 5ªF.

Entre as moedas fortes, o euro cai 0,21% (US$ 1,0915) e a libra recua 0,31% (US$ 1,2969).

Isso acontece em meio à queda nos preços de commodities metálicas e ao aumento da incerteza sobre o futuro de Joe Biden.

Segundo o Washington Post, o ex-presidente Barack Obama, um dos membros mais influentes do partido Democrata, teria dito a aliados que as chances de vitória de Biden diminuíram muito e que ele precisa avaliar seriamente sua viabilidade como candidato.

No ambiente doméstico, o risco fiscal também pressiona o câmbio e arrasta junto os juros futuros, que avançam mais de 17 pb a partir do DI Jan26.

Segundo operadores, circulam rumores de que o contingenciamento que o governo anunciará no próximo dia 22 ficará na casa dos R$ 10 bilhões.

Esse valor é considerado pelo mercado aquém do necessário para fazer frente à meta de zerar o déficit primário deste ano.

Contudo, o martelo pode ser batido ainda hoje, na reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO), que começa às 15h30.

O mau humor doméstico e externo também atinge o Ibovespa (-1,20%, aos 127.895 pontos), com apenas 5 ações do índice em alta.

Em NY, a incerteza sobre as eleições também empurra as bolsas para baixo (Dow -0,67%; S&P500 -0,47%; Nasdaq -0,56%). (Téo Takar)

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