Dólar segue alívio nos juros dos Treasuries e testa piso dos R$ 5
O dólar caiu frente ao real nesta 2ªF, acompanhando o movimento da moeda no exterior que, por sua vez, seguiu a correção do mercado de Treasuries, após o juro da T-Note de 10 anos testar a faixa dos 5% e logo depois recuar. Além disso, a melhora na percepção de risco sobre o conflito em Israel trouxe algum alívio à moeda lá fora. Aqui, operadores relataram que o avanço do dólar nas primeiras horas de negociação favoreceu a entrada de fluxo tanto pela conta comercial como pela financeira. Porém, depois de ir abaixo dos R$ 5 por alguns momentos, a moeda se manteve um pouco acima desse piso até o fechamento.
O viés para o câmbio nos próximos dias ainda é de baixa, com o mercado local otimista com o avanço da pauta econômica do governo no Congresso nesta semana, o que inclui a leitura do relatório da reforma tributária no Senado e a votação do projeto de tributação de fundos exclusivos e offshore na Câmara. O dólar à vista fechou em baixa de 0,29%, a R$ 5,0169, após oscilar entre R$ 4,9963 e R$ 5,0543. Às 17h03, o dólar futuro para novembro caía 0,54%, a R$ 5,0225. Lá fora, o índice DXY perdia 0,49%, aos 105,643 pontos. O euro subia 0,65%, para US$ 1,0664. E a libra ganhava 0,68%, a US$ 1,2245. (Téo Takar)
Vale e Bradespar figuram entre as maiores perdas; Casas Bahia lidera entre as altas
O desempenho das blue chips foi bastante afetado na sessão desta 6ªF, em meio às preocupações com o conflito no Oriente Médio e a queda das cotações de suas respectivas commodities. #VALE3 recuou 2,70%, a R$ 62,68, figurando entre as maiores baixas do Ibovespa. Acionista da mineradora, #BRAP4 também ocupou lugar no ranking negativo, cedendo 2,91%, a R$ 20,65. Já #PETR3 registrou -1,09% (R$ 40,81) e #PETR4, -1,28% (R$ 37,85), com analistas também avaliando como ponto negativo a redução do preço da gasolina anunciada ontem pela estatal.
Os principais bancos fecharam no vermelho: #BBDC4 (-1,87%; R$ 14,16), #BBDC3 (-1,27%; R$ 12,45), #SANB11 (-0,91%; R$ 26,21), #ITUB4 (-0,37%; R$ 26,96) e #BBAS3 (-0,32%; R$ 49,34). As maiores perdas do dia no índice foram de #MGLU3, com -4,35%, a R$ 1,54%, #AZUL4, com -3,51%, a R$ 12,36, e #CSNA3, com -3,29%, a R$ 10,88. Por sua vez, #BHIA3 teve a maior valorização do pregão, avançando 4,00%, a R$ 0,52%. Em seguida, #BRFS3 subiu 3,85% (R$ 10,79) e #NTCO3 ganhou 2,96% (R$ 12,87). (Igor Giannasi)
Dólar acompanha Treasuries e se ajusta a cenário de manutenção do juros pelo Fed em novembro
O dólar acompanhou o movimento de correção visto no mercado de Treasuries e recuou frente aos pares no exterior nesta 6ªF. O ajuste para baixo nos rendimentos dos títulos e no câmbio ocorre após as declarações de Jerome Powell, ontem, sinalizando que o Fed deverá manter os juros no atual nível em novembro, embora o presidente do BC americano tenha deixado em aberto a possibilidade de um novo aumento mais à frente. A resiliência da economia americana e o risco de retomada da trajetória de alta da inflação, pressionada principalmente pela alta do petróleo, ainda são fatores de risco no radar do Fed, assim como eventuais desdobramentos do conflito em Israel.
No mercado doméstico, operadores relataram que a queda do dólar contou com a colaboração de fluxo de entrada de recursos pela conta comercial. O dólar à vista fechou em baixa de 0,43%, a R$ 5,0313, após oscilar entre R$ 5,0259 e R$ 5,0986. Na semana, a moeda recuou 1,12%. Às 17h02, o dólar futuro para novembro caía 0,76%, a R$ 5,0380. Lá fora, o índice DXY perdia 0,06%, aos 106,185 pontos. O euro subia 0,10%, a US$ 1,0592. E a libra ganhava 0,15%, a US$ 1,2161. (Téo Takar)