Bolsas avançam com expectativa de acordo comercial entre EUA e UE

As bolsas americanas operam em alta firme nesta tarde (Dow Jones +0,94%; S&P500 +0,49%; Nasdaq +0,27%), embaladas por informações de fontes do Financial Times e da Bloomberg, de que os Estados Unidos e a União Europeia estão próximos de firmar um acordo comercial, com tarifa de 15%, bem abaixo dos 30% que Donald Trump chegou a cogitar e com alguns itens isentos ou com taxas menores.

O Ibovespa (+1,02%, aos 135.409 pontos) pega carona no maior apetite por risco no exterior, mas a alta é limitada pela queda de Vale ON (-0,52%), que reage à prévia operacional do 2TRI25, divulgada ontem à noite pela mineradora.

O dólar à vista recua diante do real (-0,71%, a R$ 5,5272) mais do que a queda da moeda americana lá fora (DXY -0,07%) tirando o atraso dos últimos dias, quando o câmbio se manteve pressionado por aqui por conta do tarifaço de Trump.

Os juros futuros, porém, mostram alta moderada, especialmente na ponta longa (DI Jan/27 a 14,235%; Jan/29 a 13,495%; Jan/33 a 13,840%).

Juros futuros seguem queda dos Treasuries em dia de redução na contenção de gastos do governo

Os juros futuros continuaram devolvendo prêmios nesta terça-feira, especialmente na ponta longa da curva, acompanhando o alívio no rendimento dos Treasuries, em uma sessão sem novidades no cenário político, nem em relação à guerra tarifária de Trump.

No fim da tarde, o governo divulgou o relatório bimestral de receitas e despesas, que trouxe uma redução na contenção total de despesas do Orçamento, de R$ 31,3 bilhões para R$ 10,7 bilhões, surpreendendo os economistas, que projetavam manutenção do corte de gastos anunciado no relatório anterior.

No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,945% (de 14,954% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,250% (14,310%); Jan/29 a 13,470% (13,573%); Jan/31 a 13,680% (13,790%); e Jan/33 a 13,770% (13,879%).

Dólar fecha estável, à espera de definição sobre tarifas

O dólar à vista oscilou em margem estreita e terminou perto da estabilidade nesta terça-feira, com investidores à espera de novidades no cenário político e nas negociações entre Brasil e EUA sobre as tarifas comerciais.

Diante de uma agenda de indicadores esvaziada, o mercado monitorou apenas a divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas, que trouxe a reversão total do contingenciamento de R$ 20,7 bilhões e um leve aumento do bloqueio de recursos, de R$ 10,6 bilhões para R$ 10,7 bilhões, resultando na liberação de R$ 20,6 bilhões do Orçamento deste ano.

A previsão de déficit primário em 2025 melhorou de R$ 31 bilhões para R$ 26,3 bilhões. O dólar à vista fechou em leve alta de 0,04%, a R$ 5,5670, após oscilar entre R$ 5,5525 e R$ 5,5903. Às 17h07, o dólar futuro para agosto caía 0,13%, a R$ 5,5765.

Lá fora, o índice DXY recuava 0,47%, para 97,391 pontos. O euro subiu 0,46%, a US$ 1,1747. E a libra avançava 0,27%, a US$ 1,3527.