Juros futuros têm oscilações contidas na véspera da Ata do Copom
As taxas também refletiram a cautela do investidor doméstico na véspera da divulgação da Ata do Copom.
O BC deverá detalhar no documento as razões para a nova alta da Selic, se o ciclo de aperto monetário acabou e quando pretende iniciar os cortes nos juros.
No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,955% (de 14,958% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,255% (14,279%); Jan/29 a 13,375% (13,408%); Jan/31 a 13,510% (13,529%); e Jan/33 a 13,600% (13,607%).
Dólar recua com alívio de tensões no Oriente Médio e declarações dovish de membros do Fed
Os iranianos dispararam mísseis contra bases americanas no Catar e Iraque em uma ação avisada previamente aos EUA e ao Catar e sem estragos significativos ou mortes.
Declarações mais “dovish” de membros do Fed também colaboraram para enfraquecer o dólar globalmente.
Austan Goolsbee disse que, até agora, o impacto das tarifas de Donald Trump não foi tão ruim quanto se temia. Michelle Bowman afirmou que, caso as pressões inflacionárias permaneçam contidas, ela apoiaria um corte de juros já na próxima reunião do Fed.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,39%, a R$ 5,5032, após oscilar entre R$ 5,4970 e R$ 5,5440. Às 17h12, o dólar futuro para julho caía 0,35%, a R$ 5,5050.
Lá fora, o índice DXY perdia 0,34%, aos 98,369 pontos. O euro subia 0,50%, para U$ 1,1579. E a libra ganhava 0,56%, a US$ 1,3526.
Petróleo despenca e bolsas sobem em NY com ataque ‘simbólico’ do Irã
Muito pelo contrário, a sensação é de alívio nas mesas de operações, com bolsas em alta em NY (Dow Jones +0,64%; S&P500 +0,69%; Nasdaq +0,81%) e petróleo em queda livre (Brent/Ago -5,83%, a US$ 72,52; WTI/Ago -5,84%, a US$ 69,53).
A explicação é que o ataque do Irã foi simbólico, sem nenhum fator de surpresa ou com intenção de causar estragos ou mortes.
Também não houve o fechamento do Estreito de Ormuz até o momento, principal fator de preocupação para o mercado de petróleo.
O governo iraniano avisou previamente o Catar sobre os ataques e usou apenas 11 mísseis contra bases americanas no país e no Iraque, mesmo número de armas usado pelos EUA para atacar instalações nucleares iranianas no sábado.
Por aqui, o Ibovespa (-0,65%, aos 136.230 pontos) não consegue acompanhar a melhora externa devido ao peso de Petrobras ON (-2,06%) e PN (-1,71%), que sentem o tombo do petróleo.
O dólar recua frente aos pares lá fora (DXY -0,24%, aos 98,466 pontos) e diante do real (-0,24%, a R$ 5,5116), em um sinal de alívio na aversão ao risco.
Os juros futuros também devolvem prêmios de forma moderada (Jan/27 a 14,245%; Jan/29 a 13,365%).