Ameaças tarifárias de Trump derrubam bolsas e impulsionam dólar

As bolsas americanas ampliaram as perdas (Dow Jones -1,17%; S&P500 -0,93%; Nasdaq -0,99%) no início da tarde, após Donald Trump anunciar que vai aplicar tarifas de 25% sobre produtos importados do Japão e da Coreia do Sul.

Ele também fez um alerta aos dois países, que qualquer retaliação tarifária será respondida por um acréscimo de 25% nas tarifas.

O dólar disparou diante do iene (+1,10%, a 146,088 ienes/US$), impulsionando também o índice DXY (+0,40%, aos 97,565 pontos).

Por aqui, a incerteza sobre os próximos passos de Trump na novela das tarifas e a ameaça direta de taxação extra de 10% aos países do Brics pesam sobre o Ibovespa (-1,24%, aos 139.513 pontos) e sobre o dólar (+0,97%, a R$ 5,4772).

O clima de cautela também impulsiona os juros futuros (DI Jan/27 a 14,215%; Jan/29 a 13,325%; Jan/33 a 13,450%).

Após projeto tributário de Trump ser aprovado, mercado espera por definição sobre tarifas

A semana termina com o polêmico projeto tributário de Donald Trump aprovado, enquanto o mercado aguarda uma definição sobre as tarifas recíprocas na próxima semana.

Com apenas um acordo relevante (com o Reino Unido) fechado até agora, além de uma trégua com a China envolvendo a disputa por terras raras, tudo indica que Trump deve prorrogar o prazo.

Scott Bessent já até citou qual deverá ser a nova data: o Dia do Trabalho, em 1º de setembro.

Por aqui, as atenções dos investidores continuam voltadas à crise do IOF, que pode travar o andamento da pauta econômica do governo no Congresso.

O ministro Alexandre de Moraes decidiu manter tudo como está e convocou uma audiência de conciliação entre governo e Congresso. Motta, Lula e Haddad têm dados sinais de que estão dispostos a conversar, com a ajuda de Alcolumbre.

Com todos de volta ao Brasil na próxima semana, uma reconciliação pode finalmente acontecer.

Bom fim de semana!

Dólar passa por correção, mas termina semana com queda acumulada de 1%

O dólar à vista terminou a sexta-feira em alta moderada diante do real, corrigindo parte das perdas acumuladas pela moeda americana ao longo da semana.

A sessão foi marcada pela baixa liquidez, devido ao feriado nos EUA, que afastou boa parte dos investidores estrangeiros do mercado.

A revisão para baixo da expectativa do MDIC para o superávit da balança comercial neste ano, de US$ 70,2 bilhões par US$ 50,4 bilhões, não chegou a fazer preço no câmbio.

O mercado também não reagiu às sinalizações de Lula, Haddad e Motta sobre uma possível reconciliação na questão do IOF, nem à decisão do ministro Alexandre de Moraes de chamar governo e Congresso para conversarem sobre o tema.

O dólar à vista fechou em alta de 0,37%, a R$ 5,4248, após oscilar entre R$ 5,4030 e R$ 5,4263. Na semana, a moeda caiu 1,06%. Às 17h04, o dólar futuro para agosto subia 0,20%, a R$ 5,4590.

Lá fora, o índice DXY recuava 0,19%, para 97,000 pontos. O euro subia 0,17%, a US$ 1,1776. E a libra operava estável, a US$ 1,3650.