Dólar sobe com possível mudança de regra em tarifa contra o Brasil
O dólar à vista opera com alta expressiva nesta sexta-feira diante do real (+0,82%, a R$ 5,5650) e dos pares lá fora (DXY +0,35%, aos 97,720 pontos), com as tarifas de Donald Trump no radar dos investidores.
A moeda americana ampliou os ganhos por aqui no início da tarde, após a informação da Bloomberg de que o governo Trump está preparando uma nova declaração de emergência para justificar a tarifa de 50% sobre os produtos do Brasil. A medida seria necessária porque a balança comercial entre os dois países é superavitária para os americanos.
Nos demais países que os EUA aplicaram sobretaxas, o quadro é inverso, de déficit comercial, com os EUA importando mais do que exportam. Por isso, a base legal para as tarifas que foi usada nesses casos não é adequada para o Brasil.
O Ibovespa segue volátil (-0,25%, aos 133.474 pontos) e com liquidez muito baixa, equivalente ao giro de um dia de feriado nos EUA (projetando apenas R$ 12 bi no fechamento).
Já os juros futuros operam com alta moderada no miolo da curva (Jan/27 a 14,230%; Jan/29 a 13,540%; Jan/33 a 13,910%).
Lá fora, as bolsas sobem em NY (Dow Jones +0,44%; S&P500 +0,45%; Nasdaq +0,35%), na expectativa de um acordo comercial entre EUA e Europa. Ursula Von der Leyen confirmou que se encontrará com Trump no domingo na Escócia.
Sem novidades sobre tarifas, dólar fecha perto da estabilidade
O dólar à vista oscilou em intervalo estreito e fechou perto da estabilidade nesta quinta-feira, em uma sessão de liquidez reduzida por conta das férias de meio de ano e também pela falta de novidade sobre as tarifas de Donald Trump, aqui e lá fora.
O canal de comunicação entre Brasil e EUA segue bloqueado pela família Bolsonaro, comentou hoje o ministro Fernando Haddad em entrevista a uma rádio.
Lá fora, ainda não houve avanço nas negociações comerciais entre EUA e União Europeia.
Na agenda do dia, a decisão do BCE de manter a taxa básica de juros em 2% ao ano não trouxe maiores surpresas. A presidente do BCE, Christine Lagarde, evitou dar pistas sobre os próximos passos da autoridade monetária europeia, citando as incertezas em torno das tarifas de Trump.
“Estamos em bom lugar para esperar; o conselho decidirá a cada reunião, dependente de dados, sem determinar antecipadamente, determinar algo não é possível agora”, declarou.
O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,06%, a R$ 5,5199, após oscilar entre R$ 5,5129 e R$ 5,5391. Às 17h05, o dólar futuro para agosto subia 0,09%, a R$ 5,5270.
Lá fora, o índice DXY tinha alta de 0,21%, aos 97,422 pontos. O euro caía 0,09%, para US$ 1,1759. E a libra recuava 0,52%, a US$ 1,3510.
Ibovespa recua e juros sobem com impasse de tarifaço; bolsas em NY operam mistas após balanços
A falta de expectativa em relação a um acordo comercial entre Brasil e EUA continua pautando os negócios no mercado doméstico nesta quinta-feira.
Os juros futuros operam em alta, especialmente na ponta longa (DI Jan/27 a 14,235%; Jan/29 a 13,505%; Jan/33 a 13,890%), pressionando as ações mais sensíveis às taxas (Lojas Renner ON -3,57%; Magazine Luiza ON -3,08%) e empurrando o Ibovespa para baixo (-1,10%, aos 133.876 pontos).
Já o dólar segue em leve alta (+0,09%, a R$ 5,5280), em linha com a alta da moeda lá fora (DXY +0,11%).
Em NY, as bolsas seguem mistas (Dow Jones -0,42%; S&P500 +0,24%; Nasdaq +0,33%), com investidores analisando balanços do 2TRI25, enquanto esperam de um acordo comercial com a União Europeia.