Petróleo fica de lado, com mercado monitorando alta de estoques nos EUA e ataques a navios no Mar Vermelho

O petróleo fechou perto da estabilidade nesta quarta-feira, com o mercado dividido entre uma alta inesperada dos estoques americanos da commodity na semana passada e o aumento dos ataques a navios no Mar Vermelho.

O DoE informou hoje que estoques americanos de óleo bruto subiram 7,070 milhões de barris na semana passada, contrariando a previsão dos analistas, de queda de 1,5 milhão de barris.

Já os estoques de gasolina caíram 2,658 milhões de barris, mais que o previsto (-1,3 milhão) e os de destilados diminuíram 825 mil barris, frente à expectativa de queda de 400 mil barris.

No Oriente Médio, os ataques dos Houthis no Mar Vermelho aumentaram consideravelmente nesta semana, com dois navios afundados, em uma rota vital para o mercado de petróleo.

No fechamento, o Brent para setembro subiu só 0,06%, a US$ 70,19 por barril na ICE. E o WTI para agosto avançou apenas 0,07%, a US$ 68,38 por barril na Nymex.

Bolsas europeias avançam com expectativa de acordo comercial com os EUA

As bolsas europeias avançaram nesta 4ªF, em meio à expectativa de fechar nos próximos dias um acordo comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos.

O Comissário de Comércio do bloco, Maros Sefcovic, disse ao parlamento europeu que a prioridade da UE é uma solução negociada com os EUA.

Já a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a União Europeia está trabalhando em estreita colaboração com o governo americano para chegar a um acordo, mas que a UE está preparada “para todos os cenários”.

Trump, por sua vez, afirmou ontem que enviará à UE até amanhã uma carta com as novas alíquotas tarifárias, que entrarão em vigor no dia 1º de agosto, caso não haja acordo em outro sentido.

O índice DAX, de Frankfurt, subiu 1,42%. O CAC40, de Paris, ganhou 1,44%. E o FTSE 100 de Londres avançou 0,15%. O Stoxx 600 fechou em alta de 0,78%, aos 549,96 pontos.

Dólar corrige alta recente com prazo maior para negociação de tarifas de Trump

O dólar devolveu nesta terça-feira boa parte da alta acumulada ontem, acompanhando o alívio no clima de aversão ao risco no exterior, após Donald Trump prorrogar o prazo de negociação de tarifas comerciais dos EUA com outros países, que venceria amanhã, para 1º de agosto.

No cenário doméstico, sinais de disposição do Congresso em contornar a crise do IOF também contribuíram para a recuperação do real. Segundo apurou O Globo, Hugo Motta e líderes da Câmara devem se reunir com integrantes da Fazenda antes da audiência com Alexandre de Moraes sobre IOF, marcada para o dia 15.

A ideia do presidente da Câmara é tentar um acordo com o governo sem a interferência do STF.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,58%, a R$ 5,4458, após oscilar entre R$ 5,4357 e R$ 5,4789. Às 17h13, o dólar futuro para agosto caía 0,86%, a R$ 5,4735.

Lá fora, o índice DXY operava estável (+0,01%), aos 97,493 pontos. O euro subia 0,16%, a US$ 1,1728. E a libra caía 0,09%, para US$ 1,3593.