Juros futuros recuam de olho em exceções no tarifaço e em linha com alívio dos Treasuries após Jolts

Os juros futuros devolveram parte da alta recente, especialmente na ponta longa da curva, acompanhando o alívio no câmbio com as notícias de que os EUA podem excluir alguns produtos brasileiros do tarifaço de 50%, como café, suco de laranja e frutas tropicais.

A Embraer também poderia ser beneficiada por isenções.

Lá fora, a queda dos juros dos Treasuries após o relatório Jolts levemente abaixo do esperado também ajudou a descomprimir as taxas por aqui.

No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,910% (de 14,927% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,155% (14,215%); Jan/29 a 13,380% (13,531%); Jan/31 a 13,600%, na mínima do dia (13,785%); Jan/33 a 13,720% (13,902%).

Dólar recua com possibilidade de alívio no tarifaço de Trump sobre alguns produtos brasileiros

O real se recuperou diante do dólar nesta terça-feira, na contramão da alta da moeda americana lá fora, diante da possibilidade de um alívio no tarifaço aplicado pelos EUA sobre o Brasil.

Alguns itens que não são produzidos pelos EUA, como frutas tropicais, café, suco de laranja, poderiam ficar isentos de taxações. Uma possível isenção à Embraer também estaria em estudo.

No exterior, o comportamento do dólar foi ditado pelo relatório Jolts, que mostraram leve recuo no números de empregos, apontando que o mercado de trabalho nos EUA segue resiliente.

O mercado também monitorou as negociações comerciais entre EUA e China, com a possibilidade de prorrogação por mais 90 dias da trégua tarifária prevista para terminar em 12 de agosto.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,36%, a R$ 5,5695, após oscilar entre R$ 5,5600 e R$ 5,6043. Às 17h29, o dólar futuro para agosto caía 0,27%, a R$ 5,5785.

Lá fora, o índice DXY subia 0,27%, aos 98,905 pontos. O euro caía 0,35%, a US$ 1,1549. E a libra perdia 0,04%, a US$ 1,3354.

GIRO DAS 15H: Ibovespa e real se recuperam com sinais de possível recuo dos EUA em tarifas

Sinais de um possível alívio no tarifaço entre Brasil e EUA dão fôlego ao Ibovespa (+0,71%, aos 133.064 pontos), em uma sessão de giro muito fraco (projetando R$ 14 bilhões no fechamento).

A Embraer (+5,07%) seria um dos focos de exceção às tarifas, junto com café, laranja, manga, entre outros itens que não são produzidos pelos EUA.

O real também se recupera diante do dólar (-0,37%m a R$ 5,5694), na contramão da alta da moeda americana lá fora (DXY +0,28%, aos 98,914 pontos), especialmente diante do euro (-0,38%, a US$ 1,1546).

Os juros futuros acompanham o alívio no câmbio, especialmente na ponta longa (Jan/27 a 14,140%; Jan/29 a 13,385%; Jan/33 a 13,760%).

Em NY, as bolsas operam em baixa (Dow Jones -0,51%; S&P500 -0,27%; Nasdaq -0,26%), refletindo os números do relatório Jolts, que confirmaram a resiliência do mercado de trabalho americano.

O mercado também monitora as negociações comerciais entre EUA e China, que sinalizaram disposição de prorrogar a trégua tarifária, que terminaria em 12 de agosto.