Trump dobra a aposta contra a China
Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*
[08/04/25]
… Trump deu prazo até hoje, ao meio-dia (13h de Brasília), para a China remover a tarifa de 34% anunciada em retaliação aos 34% que os Estados Unidos decidiram cobrar da importação de todos os produtos chineses. Ou, aplicará uma tarifa adicional de 50%, cumulativa, elevando a taxa para 104%, considerando os 20% do início de março, quando os chineses foram penalizados pelo fluxo de opioides para os americanos. A China antecipou que não fará o Trump quer e o Ministério do Comércio avisou nesta 3ªF que, se o governo americano ampliar a taxação, tomará novas “contramedidas resolutas”. A guerra comercial entre as superpotências só piora. Amanhã (9), entram em vigor as tarifas mais altas para a China, países asiáticos e a UE, que também se prepara para aprovar retaliações conjuntas.
… A Comissão Europeia, braço executivo da UE, propôs nesta 2ªF taxar uma série de produtos dos EUA, em resposta às medidas adotadas ao aço e alumínio. A comissão elaborou uma lista robusta de contramedidas, buscando equilibrar o fardo entre os países-membros.
… A relação final e os níveis de tarifas serão submetidos a votação e colocados em prática em duas datas: 15 de abril e 15 de maio.
… O comissário de Comércio da UE, Maros Sefcovic, disse que cerca de 380 bilhões de euros em exportações da UE estão sujeitas a tarifas americanas de 20% ou 25%, e algumas chegam a 27,5%, como no caso dos automóveis de passageiros.
… “Isso representa um aumento significativo na arrecadação de tarifas dos EUA sobre produtos europeus, que deve saltar de 7 bilhões de euros para mais de 80 bilhões de euros/ano. A situação comercial com nosso parceiro mais importante está em ponto crítico.”
… Segundo Sefcovic, desde o início a UE buscou negociações com o governo americano, “mas não podemos esperar indefinidamente”.
… Ao lado de Netanyahu, no Salão Oval, Trump disse que a União Europeia sempre tentou prejudicar os Estados Unidos e que a resposta deles agora às tarifas não é suficiente. “A UE terá que comprar energia dos EUA”, disse o presidente.
… Ainda a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se manifestou sobre a resposta de Bruxelas às tarifas dos EUA. “Nós preferíamos negociar, mas retaliações serão usadas, se necessário”, disse, confirmando que a Europa vai buscar novos mercados.
… No Canadá, o primeiro-ministro Mark Carney também defendeu a importância de diversificar as relações comerciais com outros países. “Não podemos controlar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas podemos fazer algo no Canadá.”
… Para a Fitch, as tarifas anunciadas pelos EUA sobre as importações de países europeus, incluindo 20% para a União Europeia e 10% para o Reino Unido, enfraquecerão o crescimento da receita e da lucratividade de muitos setores corporativos no continente.
… Segundo a agência, é provável que os setores químico, automotivo e de tecnologia (hardware) sejam os mais afetados na Europa, com os fabricantes de automóveis europeus enfrentando um risco maior na cadeia de suprimentos.
… Já a China reagiu rapidamente às novas exigências de Trump. “Pressionar ou ameaçar a China não é a maneira correta de se envolver conosco. A China protegerá firmemente seus direitos e interesses legítimos”, disse o porta-voz da embaixada chinesa, Liu Pengyu.
… Em entrevista, ele acusou os EUA de unilateralismo, protecionismo e intimidação econômica, e pediu às empresas americanas para que “tomem medidas concretas” para resolver a crise das tarifas. Citou nominalmente a Tesla, de Elon Musk.
… Lin disse que colocar a “América em primeiro lugar”, acima das regras internacionais, prejudica a estabilidade da produção global e da cadeia de suprimentos, e impacta seriamente a recuperação econômica mundial.
… Fez mais, em meio à guerra comercial deflagrada por Trump, a embaixada chinesa publicou no X um discurso do ex-presidente Ronald Reagan, de 1987, no qual ele critica ele afirma que as tarifas parecem patrióticas, mas só funcionam por um curto período.
… À época, Reagan, idolatrado pelos republicanos, afirmou que as altas tarifas levam a retaliações e a uma feroz guerra tarifária, que “as pessoas param de comprar, mercados diminuem e colapsam, negócios e indústrias fecham e milhões perdem o emprego”.
… Chegou-se, portanto, à improvável situação em que a China comunista defende o liberalismo e os EUA, o protecionismo.
ALERTAS EM SÉRIE – Vários alertas são continuamente emitidos sobre o poder inflacionário das tarifas. Nesta 2ªF, a diretora do Federal Reserve Adriana Kugler disse que a inflação voltou a ser a prioridade para o Banco Central americano.
…. O CEO da Blackrock, Larry Fink, disse que as tarifas são mais inflacionárias do que o mercado espera e que os EUA, provavelmente, já estão em recessão. Ele não descarta uma nova queda de 20% no S&P 500, que chegou a entrar em bear market durante o pregão.
… O CEO do JP Morgan, Jamie Dimon, disse que tarifas podem ter consequências negativas duradouras e que vão afetar o crescimento.
… Para o UBS, a inflação induzida por tarifas vai corroer o poder de compra real dos americanos e o impacto na inflação será muito maior do que o registrado em 2018 e 2019. “A inflação vai voltar a subir e atingir seu pico no primeiro semestre de 2026”, prevê.
… Já para o resto do mundo, destaca, essa crise está se tornando mais um choque de crescimento.
… O Goldman Sachs voltou a elevar a probabilidade de recessão nos EUA nos próximos 12 meses, de 35% para 45%, com o “aumento agressivo das tarifas”. O JPMorgan já havia colocado essa chance em 60%.
… O Goldman reduziu a previsão de crescimento do PIB americano em 2025 de 1,5% para 1,3% e prevê que o Fed corte os juros três vezes a partir de junho, chegando a 3,5%-3,75% no cenário-base. “Em caso de recessão, os cortes podem atingir 200 pbs no ano.”
… O banco ressalta que o risco desse cenário é “claramente ascendente” e depende das decisões tarifárias desta semana. “Se a maioria das tarifas for implementada, avisam os analistas, mudaremos nossa previsão para recessão.
… Os chefes de alguns dos maiores bancos do mundo, incluindo o Bank of America, Barclays, Citi, HSBC Holdings e JP Morgan, discutiram no domingo sobre o caos nos mercados financeiros e na economia global gerado pelas tarifas impostas pelo presidente Trump.
… Segundo fontes da Sky News, a reunião, por teleconferência, foi convocada pelo Bank Policy Institute, um grupo de políticas públicas.
AGENDA – Duas prévias de inflação de abril serão divulgadas às 8h: o IPC-S (encerrou março em 0,44%) e o IGP-M (0,29% em março).
… Às 8h30 sai o resultado do setor público consolidado de fevereiro, que deve trazer déficit de R$ 26,250 bilhões na mediana de pesquisa Broadcast, após o superávit de R$ 104,0 bilhões em janeiro. Estimativas vão de -R$ 48,3 bilhões a -R$ 9,3 bilhões.
… Às 9h, o IBGE informa os dados regionais da pesquisa industrial de fevereiro e, às 11h, a Anfavea divulga a produção e vendas de veículos em março. Em fevereiro, a produção foi de 217,4 mil veículos (+23,8%) e as vendas, de 185 mil (+8%).
LULA – Participa do Encontro da Indústria de Construção, em SP (9h30) e da abertura da 100ª edição da Enic e da Feira da Construção Civil e Arquitetura (10h). Às 15h, embarca para Honduras, onde participa da cúpula de chefes de Estado latino-americanos e caribenhos.
GALÍPOLO – Participa de reunião da CPI das Bets no Senado, em Brasília, a partir das 11h.
HADDAD – Participa de painel do 11º Brazil Investment Forum, promovido pelo Bradesco BBI, em São Paulo (17h).
LÁ FORA – A agenda de indicadores é esvaziada; nenhum dado está previsto nos Estados Unidos e na Europa.
… Logo cedo (6h), o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, faz discurso de encerramento em reunião anual da Associação Bancária da Espanha, e o dirigente do BCE Piero Cipollone participa de audiência sobre euro digital no Parlamento Europeu (11h).
… Às 15h, a presidente do Fed/São Francisco, Mary Day, participa de evento institucional.
TRUMP VS IRÃ – Questionado sobre o Irã na entrevista desta 2ªF, Trump disse que “estamos em conversas diretas [com eles]” e que terá um grande encontro no próximo sábado, sem dar detalhes.
… Após o anúncio de Trump, porém, o Irã rejeitou qualquer negociação direta com os Estados Unidos e afirmou que o diálogo no sábado será realizado com a mediação de Omã, em negociação indireta, como postou no X o chanceler iraniano, Abbas Araqchi.
ÁSIA HOJE – Após o tombo de 8% na véspera, a Bolsa de Tóquio abriu em alta forte nesta 3ªF, repercutindo os sinais da negociação que foi iniciada com os EUA. O primeiro-ministro, Shigeru Ishiba, conversou com Trump e enviará um representante a Washington.
… Na China, o Xangai subia com a notícia de que as estatais chinesas decidiram aumentar a recompra de ações para estimular o mercado.
É GUERRA – O dólar voltou para perto dos R$ 6 em um dia de estresse generalizado nos mercados, que se intensificou depois que Trump ameaçou subir a tarifa contra produtos da China em 50% adicionais, caso Pequim não retire retaliação de 34%.
… O Ibovespa (-1,31%; 125.588,09) caiu mais que seus pares em NY, com um giro impressionante de R$ 43,7 bilhões, indicando que a debandada da bolsa brasileira foi forte. Resta saber se a saída foi de dinheiro gringo.
… O dado mais recente da B3 mostra que os investidores estrangeiros retiraram R$ 590,338 milhões da bolsa no dia 3/4, 5ªF. Depois da festa em março, em abril o fluxo está negativo em R$ 1,642 bilhão. No ano, o saldo de k externo ainda está positivo em R$ 9 bilhões.
… Em mais um dia de aversão global ao risco, o dólar, que é visto como ativo de segurança, subiu 1,30%, a R$ 5,9106, depois de ter batido em R$ 5,93 na máxima do dia. Apenas em abril, o dólar já sobe 3,6%, o dá uma ideia do estresse local com a guerra tarifária.
… Contra seis moedas fortes, o índice DXY que mede a força do dólar, avançou 0,23%, a 103,256 pontos. O euro caiu 0,21%, a US$ 1,0939, e a libra esterlina cedeu 1,19%, a US$ 1,2737. O iene japonês recuou 0,49%, a 147,728/US$.
… Além de derrubar os mercados, a possibilidade cada vez menor de acordo com os EUA aumentou especulações entre os investidores de que a China pode recorrer à desvalorização agressiva do yuan para tornar suas exportações mais competitivas.
… Num breve momento de alívio, os mercados globais chegaram a interromper as quedas depois de a CNBC informar que Trump estaria considerando adiar as tarifas em 90 dias. Minutos depois, a Casa Branca negou a notícia, o que fez os ativos voltarem a cair.
… Fake news ou não, o fato é que ao menos em NY o recuo passou a ser bem menos agressivo depois do rumor. O índice Nasdaq fechou com alta leve de 0,10%, a 15.603,26 pontos. O S&P 500 perdeu 0,23% (5.062,25) e o Dow Jones cedeu 0,91% (37.965,60).
… Apesar de certa trégua ontem em NY, a grande incerteza ainda deve pesar sobre os mercados.
… Depois da forte queda nas sessões anteriores, os rendimentos dos Treasuries subiram, em especial depois que Adriana Kugler, do Fed, afirmou que, dos impactos das tarifas, a alta da inflação é uma questão mais urgente que o crescimento econômico.
… O retorno da note de 2 anos avançou a 3,788% (de 3,653%) e o da note de 10 anos, a 4,217% (de 4,006%), enquanto o retorno do título de 30 anos foi a 4,642% (de 4,420%). Esse ajuste influenciou marginalmente a curva de juros na B3.
… Por aqui, as taxas subiram, mas de forma moderada, diante da possibilidade de queda nos preços dos combustíveis após o tombo dos preços do petróleo, o que a ação da Petrobras não gostou, mas poderia dar um alívio na inflação (abaixo).
… No Boletim Focus, ontem, a expectativa do IPCA 12 meses à frente, que ganhou importância com a meta contínua de inflação, caiu pela oitava semana seguida, agora de 5,15% para 5,07%. Também não foram alteradas as medianas para 2025 (5,65%) e 2026 (4,50%).
… A mediana das estimativas de Selic no fim de 2025 permaneceu em 15% e, para 2026, em 12,5%.
… No evento do BC que premiou os Top 5 do Focus ontem, economistas disseram ver a política monetária restritiva por um longo período, embora as opiniões estejam divididas quanto ao grau de aumento da taxa Selic no ciclo atual.
… As expectativas de inflação muito acima da meta de 3% e o gasto fiscal devem impedir uma queda de juro tão cedo, disseram.
… No mesmo evento, o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, disse que o cenário atual é muito incerto, mas que algo essencial não mudou: o Copom segue desconfortável com a desancoragem das expectativas, que são muito relevantes para o sistema de metas.
… Hoje, Guillen, junto com os diretores Nilton Davi e Paulo Pichetti, fazem reuniões trimestrais com economistas do mercado.
… No fechamento, o juro do DI Jan/26 marcou 14,700% (de 14,665% na sessão anterior); o Jan/27 subiu a 14,215% (de 14,190%); o Jan/29, a 14,165% (de 14,030%); o Jan/31, a 14,480% (de 14,350%); e o Jan/33, a 14,590% (de 14,450%).
… No Ibovespa, Petrobras ON (-5,57%; R$ 35,63) e PN (-3,97%; R$ 33,18) ficaram entre as maiores quedas, com a notícia de que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, estaria pressionando a estatal para reduzir o preço dos combustíveis, segundo a CNN.
… Essa discussão sobre a redução dos preços é alimentada pela contínua queda da cotação do Brent, que ontem ampliou suas perdas de quase 10% da semana passada, recuando mais 2,08%, a US$ 64,21 o barril, na Ice londrina.
… Na volta do feriado na China, o minério de ferro despencou 3,29% em Dalian, para abaixo de US$ 100 a tonelada (US$ 98,86), puxando um recuo de 1,2%, na cotação da Vale, para R$ 52,09 – o que também ajudou a queda do Ibovespa.
… Entre os bancos, só Itaú subiu (+0,19%), Bradesco PN (-1,67%) e ON (-1,25%); BB (-1,07%) e Santander (-0,45%) caíram.
… Natura (+2,84%), IRB (+2,66%) e BTG (+1,91%) lideraram as altas. Na outra ponta, Magazine Luiza (-6,37%) e Lojas Renner (-4,19%).
EM TEMPO… Após extensas negociações com a Boeing, a GOL concluiu acordo que destrava US$ 235 milhões a credores quirografários.
MERCADO LIVRE anunciou investimentos de R$ 34 bilhões (US$ 6,3 bilhões) no Brasil em 2025; cifra é 48% superior ao recorde do ano anterior, de R$ 23 bilhões, e em dólar, a soma avançou 32%, numa expansão que já tem ocorrido todos os anos.
PETRORECÔNCAVO teve produção de 27,7 mil boed em março, alta de 1,56% em relação a fevereiro, segundo dados operacionais.
ITAÚSA. BlackRock passou a deter 361.197.627 de ações PN de emissão da companhia, representando 5,075% do total.
BANCO DO BRASIL convocou assembleias gerais ordinária e extraordinária para 30/4; serão eleitos os membros do Conselho de Administração, com a troca de cinco dos oito membros, inclusive o presidente do colegiado.
MINERVA. Conselho de Administração aprovou proposta de aumento de capital no valor de até R$ 2 bilhões, com subscrição particular de até 386.847.196 de novas ações ON, pelo preço de emissão de R$ 5,17 por ação…
… Proposta será deliberada em AGE a ser realizada, em primeira convocação, no dia 29/4.
METALÚRGICA GERDAU encerrou programa com aquisição de 6 milhões de ações PN, ao preço médio de R$ 9,36 por ação.
NIPPON & US STEEL. Trump ordenou uma nova análise de segurança nacional do plano da Nippon Steel de adquirir a US Steel, oferecendo uma nova vida para o negócio de US$ 14 bilhões que foi bloqueado pelo ex-presidente Joe Biden…
… A revisão dá ao governo flexibilidade para elaborar um acordo que poderia permitir que as empresas concluíssem o negócio.
AOS ASSINANTES DO BDM, BOM DIA E BONS NEGÓCIOS!
*com a colaboração da equipe do BDM OnlineAVISO – Bom Dia Mercado, produzido pela Mídia Briefing, não pode ser copiado e/ou redistribuído.
Mercados estendem perdas
Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*
[07/04/25]
… O início dos pregões asiáticos foi dramático, com o índice futuro da bolsa de Tóquio acionando o circuit braker, enquanto os futuros de NY ampliavam as perdas do tarifaço de Trump, revidado pela China nas mesmas proporções. A guerra comercial entre Estados Unidos e a China colocou os mercados no modo pânico, por elevar o risco de recessão global. Donald Trump passou o fim de semana na Flórida jogando golfe e, enquanto milhares de americanos foram às ruas para protestar contra seu governo, ele postou em sua rede social: “Nós vamos ganhar, aguardem firmes, não será fácil, mas o resultado final será histórico.” Ninguém sabe o que esperar dessa semana.
… No sábado, entraram em vigor as tarifas de 10% sobre produtos importados pelos Estados Unidos para mais de 180 países. Já as tarifas mais altas, como os 34% para a China e os 20% para países da União Europeia, começam a ser cobradas a partir de 4ªF.
… Pequim marcou para o dia seguinte, 5ªF (11), a data para iniciar as suas tarifas para os produtos americanos que entram no país.
… Além disso, Xi Jinping estabeleceu controles de exportação a sete categorias de itens relacionados a terras raras e incluiu 11 empresas americanas à “lista de entidades não confiáveis”. A China também recorreu à OMC contra as tarifas dos Estados Unidos.
… Na viagem de volta para Washington, ontem à noite, Donald Trump disse aos repórteres no Air Force One que não quebrou o mercado de propósito, mas que, “às vezes, você tem que tomar remédios para consertar alguma coisa [déficits comerciais]”.
… O presidente disse ainda que passou o fim de semana conversando com líderes de tecnologia, incluindo “quatro ou cinco dos maiores”, que falou com muitos líderes europeus e asiáticos, e que eles “estão morrendo de vontade de fazer um acordo”.
… Sem dar detalhes, Trump afirmou que ligou também para a China para resolver os déficits comerciais. A China é a segunda maior fonte de importações dos EUA, depois do México, e o terceiro maior mercado de exportação dos EUA, depois do Canadá e do México.
… Funcionários do alto escalão do governo dos EUA disseram neste domingo que mais de 50 países alvos das novas tarifas já entraram em contato com a Casa Branca para iniciar negociações sobre os impostos de importação abrangentes.
… O principal conselheiro econômico de Trump, Kevin Hassett, reconheceu, no entanto, que outros países estão “zangados e retaliando”.
… As novas tarifas estão atingindo adversários e aliados americanos, incluindo Israel, que está enfrentando uma tarifa de 17%. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu deve visitar a Casa Branca nesta 2ªF para conversar sobre tarifas e a Faixa de Gaza.
… Outro aliado americano, o Vietnã, grande centro de fabricação de roupas, também entrou em contato e, segundo Trump, disse que está disposto a reduzir suas tarifas a zero se conseguir fazer um acordo com os Estados Unidos.
… Na Europa, a premiê italiana Giorgia Meloni, disse que discordava da ação de Trump, mas que estava “pronta para implantar todas as ferramentas necessárias para apoiar nossos negócios”. Mas são aguardadas ainda as contramedidas dos países da União Europeia.
BCE – Dirigente do Banco Central Europeu, Isabel Schnabel afirmou que o Liberation Day de Trump pode marcar o fim do livre comércio mundial. “Vivemos um Liberation Day que não foi libertador, mas que parece marcar o fim do livre comércio global.”
… Schnabel avaliou que o momento é “perfeito” para fortalecer o papel internacional do euro, afirmando que a moeda é a segunda maior do mundo. “Precisamos atrair os investidores que agora estão procurando alternativas aos investimentos em dólares.”
VAI TUDO SUBIR – As tarifas sobre os principais produtores de moda e muitos materiais usados para fabricar calçados e roupas chocaram os varejistas e as marcas dos Estados Unidos. Espera-se uma enxurrada de aumentos de preços de vestuário.
… Cerca de 97% das roupas e calçados comprados nos EUA são importados, predominantemente da Ásia. Walmart, Gap, Lululemon e Nike são algumas das empresas que têm a maior parte de suas roupas e calçados fabricados em países asiáticos.
…Trabalhar com fábricas estrangeiras manteve os custos de mão de obra baixos para as empresas americanas do setor de moda, mas nem elas nem seus fornecedores estrangeiros provavelmente absorverão novos custos tão altos.
… Para todos os produtos chineses, as tarifas serão de pelo menos 54%. Vietnã, 46%; Camboja, 49%; Bangladesh, 37%; Indonésia, 32%.
… A Índia, a Indonésia, o Paquistão e o Sri Lanka também foram atingidos por altas tarifas e, portanto, não são alternativas imediatas de fornecimento. Se as tarifas persistirem, elas fatalmente chegarão ao consumidor.
… Aumentos de preços estão previstos também para os calçados, já que 99% dos pares vendidos nos EUA são importados.
… Há cálculos de que as botas de trabalho fabricadas na China, que atualmente são vendidas no varejo por US$ 77, subiriam para US$ 115, enquanto os clientes pagariam US$ 220 por tênis de corrida fabricado no Vietnã, que atualmente custa US$ 155.
… No sábado, o governo de Taiwan anunciou um plano para oferecer às empresas e indústrias locais cerca de US$ 2,7 bilhões como apoio para mitigar o impacto das novas tarifas de 32% dos EUA, com isenção apenas para os semicondutores.
JAGUAR LAND ROVER – Também no sábado, a fabricante britânica de carros anunciou que está suspendendo as exportações para os EUA, após a tarifa de 25% sobre veículos importados que será adotada pelo governo de Donald Trump.
… Os veículos são o principal bem exportado pelo Reino Unido aos EUA, com embarques de US$ 10,7 bilhões em 12 meses até setembro.
ROUBINI – O presidente Trump vai recuar, ao menos de forma parcial, reduzindo suas tarifas pela metade, segundo a avaliação feita por Nouriel Roubini, durante encontro de economistas e líderes empresariais na Itália no fim de semana.
… O economista – que ficou famoso por prever a crise mundial de 2028 deflagrada pelo Lehman Brothers – estima que se houver recessão nos EUA o plano do republicano de Fazer a América Grande de Novo “para sempre será destruído”.
… “O custo político de manter seu plano de tarifas é tão alto que é evidente que ele mudará de abordagem em algum momento.”
BRASIL – No Estadão, apesar do alívio com a tarifa de “apenas” 10%, as previsões de ganhos e perdas ainda trazem muitas incertezas e o cenário não deve ser visto como exclusivamente benéfico para o Brasil, como foi a leitura inicial.
… “Começamos a vivenciar uma das maiores fricções, se não for a maior, do comércio global desde o acordo de tarifas de 1947. Todas as relações de comércio estão sendo reavaliadas a partir daqui”, afirma o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato.
… Para ele, as tarifas vão produzir uma desaceleração da economia global, com fluxos de capitais mais retraídos.
… Do ponto de vista da balança comercial, os maiores impactos, se não forem estabelecidas exceções para certos produtos e para o Brasil, estarão nos setores que vendem mais para os EUA, casos de petróleo, café, papel e celulose, aço e ferro e aeronaves.
… Mas dentro desse grupo há expectativas diferentes, alerta o especialista em comércio internacional, Rodrigo Pupo, do MPA Trade Law.
… Por exemplo, entre as commodities agrícolas brasileiras mais vendidas para os EUA, estão o café e o suco de laranja. O café não tem produção nos EUA, já o suco de laranja enfrenta competição local, que vai ser beneficiada por não pagar a tarifa.
… Outro efeito que deve advir da nova configuração depende da reação dos países mais afetados pela nova configuração comercial.
… A União Europeia, a China e nações do Sudeste Asiático estão entre as mais taxadas e podem redirecionar parte da produção que iria para os EUA para países da América Latina, em especial, para um grande mercado como o Brasil.
… Para Renê Medrado (Pinheiro Neto Advogados), o tarifaço pode representar oportunidade ao agronegócio brasileiro, mas ameaça à indústria. “O Brasil é um forte candidato para receber essas exportações que não terão mais os EUA como destino.”
… Por outro lado, commodities agrícolas têm potencial para fazer o caminho inverso. Com a resposta da China de restringir a importação de produtos agrícolas norte-americanos, o Brasil pode ocupar mais espaços nas vendas para o mercado asiático.
QUE IDEIA… – No Globo, enquanto Alckmin se esforça para não entrar em confronto com Trump, surgem aliados de Lula que já falam em antagonizar com o presidente dos Estados Unidos para recuperar a popularidade perdida.
SEM ANISTIA – Mais da metade dos brasileiros (56%) é contra a anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, aponta pesquisa da Genial/Quaest divulgada neste domingo. Os favoráveis à soltura totalizam 34%.
… Entre quem votou no presidente Lula no segundo turno de 2022, 77% consideram que os envolvidos nas manifestações devem seguir presos. Já os que votaram em Jair Bolsonaro e são contrários a uma anistia totalizam 32%.
… Em outro recorte da mesma pesquisa, 67% dos eleitores estão frustrados com o governo Lula: 36% muito e 31% pouco.
… Os piores índices estão no Sul (76%) e Sudeste (73%), mas no Nordeste, forte reduto do PT, esse desgosto já atinge 55%.
… No domingo, o ato convocado por Bolsonaro na avenida Paulista reuniu quatro governadores: Tarcísio (SP), Zema (MG), Ronaldo Caiado (GO) e Ratinho Jr (PR). Monitor da USP estimou a presença de 45 mil pessoas. A PM não divulgou contagem de público.
DATAFOLHA – Outra pesquisa no fim de semana mostrou que o presidente Lula venceria em um eventual segundo turno disputado com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, por 48% a 39%. Outros 13% votariam em branco, nulo ou em nenhum dos dois.
… Na mesma pesquisa, o Datafolha simulou uma disputa de segundo turno entre Fernando Haddad e Jair Bolsonaro, hoje inelegível após condenação pelo Tribunal Superior Eleitoral. Haddad sairia na frente com 45%, contra 41% de Bolsonaro.
… Haddad também lideraria com 43% se o pleito fosse com Tarcísio (37%).
BANCO MASTER – Na reunião do BC com banqueiros no sábado, São Paulo, uma das hipóteses discutidas foi o BTG assumir uma segunda fatia do Master, de olho nos precatórios, dívidas da União, Estados e municípios que precisam ser pagas por determinação judicial.
… O BTG atua no segmento de crédito de difícil recuperação e, entre os direitos creditórios que estão na carteira do Master e interessam ao banco, está o resultado de uma ação já julgada no TRF-1 e que aguarda a ordem de pagamento de R$ 14 bilhões pela União.
… Em uma das hipóteses de compra de André Esteves, o BTG avança sozinho sobre os ativos do Master, incorporando, além da carteira de precatórios, também a operação de crédito consignado no Credcesta (linha para servidores públicos), segundo o Estadão.
… Esteves articula apoio dos três maiores bancos privados do País – Itaú, Bradesco e Santander – para viabilizar uma solução envolvendo o Banco Master. A proposta prevê o uso de uma linha emergencial do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
… O instrumento daria ao comprador do Master o fôlego necessário para que a instituição honrasse suas obrigações de curto prazo.
… Apesar da proposta de compra do Master pelo Banco de Brasília (BRB), anunciada no dia 28 de março, o Banco Central ainda discute com os bancos soluções para evitar que o Master termine em uma eventual liquidação.
AGENDA DA SEMANA – Os indicadores mais importantes no Brasil ficam para 6ªF, 12, com o IPCA de março e o IBC-Br de fevereiro, que medem a inflação e a atividade e podem ajustar as expectativas para os juros. Na 4ªF, saem vendas no varejo e fluxo cambial.
… Hoje, a Focus (8h25) atualiza as projeções da inflação, Selic, câmbio e PIB, e amanhã, 3ªF, dados do setor público consolidado.
… Nos EUA, a agenda ganha ritmo na 4ªF, com a ata do último Fomc; na 5ªF sai a inflação do consumidor de março (CPI) e, na 6ªF, o PPI, o índice ao produtor, além da confiança do consumidor de Michigan com as expectativas de inflação para um ano e cinco anos.
FED BOYS – Oito dirigentes do Fed têm falas previstas para esta semana, a começar por Adriana Kugler hoje (11h30). Amanhã (3ªF), Mary Daly. Na 4ªF, Thomas Barkin. Na 5ªF, Lorie Logan, Michelle Bowman, Austan Goolsbee e Patrick Harker. E na 6ªF, John Williams.
BALANÇOS EM NY – JP Morgan, Wells Fargo e Morgan Stanley divulgam resultados na 6ªF, dia 11.
… Na Europa, a semana começa com produção industrial e balança comercial na Alemanha nesta madrugada e vendas no varejo na zona do euro (6h). Na 5ªF, saem o PIB, a produção industrial e a balança do Reino Unido, e a inflação na Alemanha.
CHINA – O CPI e o PPI serão divulgados pelo governo de Pequim no final da noite de 4ªF (22h30, hora de Brasília).
JAPÃO HOJE – A Bolsa de Tóquio interrompeu brevemente a negociação de futuros de ações na abertura desta 2ªF, acionando o circuit braker após uma queda acentuada nos ativos desencadeada pelas tarifas de importação impostas pelo governo dos EUA.
… O circuit breaker paralisa automaticamente as transações por 10 minutos quando o índice futuro está próximo de cair ou subir 8%.
… Em tom conciliador, o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, disse que está analisando as barreiras não tarifárias citadas por Trump, mas que o Japão não fez nada injusto com seu parceiro comercial para que suas exportações sejam taxadas em 24%.
… Ishiba expressou a vontade de visitar os EUA em breve para discutir a política tarifária e voltou a pedir a revisão da medida.
FAIXA DE GAZA – O presidente da França, Emmanuel Macron, se reunirá nesta 2ªF com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, e o rei Abdullah II da Jordânia, para uma cúpula trilateral no Cairo sobre a situação em Gaza.
MODO PÂNICO ATIVADO – Se na 5ªF, investidores queimaram US$ 2,5 trilhões em valor de mercado das empresas do S&P 500, na 6ªF essa perda subiu a US$ 5,4 trilhões, segundo a Bloomberg. Nas contas do WSJ, a derrocada foi maior: US$ 6,6 trilhões.
… Só as sete magníficas teriam perdido US$ 1,6 trilhão.
… As bolsas reagiram, nos EUA e em todo o mundo, à retaliação anunciada pela China, com tarifa de 34% sobre produtos americanos.
… O Ibovespa, que na véspera tinha conseguido se manter no zero a zero, se juntou ao medo global de recessão e caiu quase 3%.
… O sentimento piorou depois da fala de Jerome Powell. O presidente do Fed disse que as tarifas anunciadas por Trump foram muito maiores que o esperado e que, apesar de haver muita incerteza, os impactos incluem inflação mais alta e crescimento mais lento.
… No fim do dia, o índice de volatilidade VIX fechou com alta de 50,9% (45,31 pontos), nível extremo e só visto em dias de pânico.
… Segundo Powell, as tarifas “podem ter um impacto persistente sobre a inflação”. Mensagem diferente da transmitida na entrevista do Fomc de março, quando ele foi criticado pelo otimismo, prevendo que o impacto seria “transitório”.
… Grandes bancos nos Estados Unidos já começaram a rever suas projeções para preços e atividade.
… JPMorgan cortou a estimativa para o PIB deste ano de +1,3% para -0,3%. O Citi agora espera +0,1%, de +0,6% antes. O JPMorgan ainda vê o PCE em alta de 4,4% e, o Citi, em 3,5% (não mais 2,6%). O desemprego, diz o Morgan, vai aumentar a 5,3% neste ano.
… Não adiantou o payroll vir muito melhor que o esperado. Powell disse que o dado representa “uma economia forte”, mas é passado. Os EUA criaram 228 mil empregos em março, acima do consenso de 140 mil vagas. Mas o medo da recessão falou mais alto.
… Em NY, o S&P 500 caiu 5,97%, para o menor nível em 11 meses, aos 5.074,13 pontos. Das 500 ações, apenas 14 terminaram no azul. E o Nasdaq recuou 5,82% (15.587,79), entrando em bear market, com queda de mais de 20% desde seu recorde em dezembro de 2024.
… Apple (-7%), Nvidia (-7%) e Tesla (-10%) afundaram o índice, as três têm grande exposição à China e estão entre as mais atingidas.
… Outro dado que dá uma ideia do derretimento das techs, o ETF de semicondutores SOXX caiu 16% na semana, o pior desempenho desde setembro de 2001, no estouro da bolha das ponto com, quando o recuo foi de 25%.
… Afetado principalmente por Boeing (-9%) e Caterpillar (-6%), ambos grandes exportadores para a China, o Dow caiu 5,5% (38.313,94).
… Na semana, o S&P 500 perdeu 9,08%, o Nasdaq, -10,02%, e o Dow Jones, -7,86%.
… Na corrida por segurança, o juro das notes de 10 anos voltou a furar 4% no momento de maior nervosismo, mas ainda fechou a 4,015% (de 4,029%); o da note de 2 anos recuou a 3,675% (de 3,692%), e o do T-bond de 30 anos, a 4,298% (de 4,755%).
… O temor de que a guerra comercial acabe numa recessão global empurrou o dólar para cima e, aqui, depois de marcar o menor nível em seis meses na sessão anterior, a moeda disparou 3,68%, a R$ 5,8350. Na semana, subiu 1,27%.
… O índice DXY subiu 0,93%, a 103,023 pontos. O euro caiu 0,52% (US$ 1,0962); a libra, -1,47% (US$ 1,2891). O iene, -0,73% (147,01/US$).
… Esse avanço do dólar sobre outras moedas fortes contribuiu para o derretimento das commodities: o cobre caiu mais de 8%, o ouro cedeu 2,76% e o petróleo chegou ao menor preço desde abril de 2021, fechando em baixa de 6,5%.
… Na B3, os juros futuros superaram a pressão inflacionária do câmbio e estenderam as fortes perdas da sessão anterior, mas com uma queda mais moderada, sob o peso da expectativa de desaceleração global e ciclo de aperto mais curto da Selic.
… O DI para janeiro de 2026 caiu a 14,665% (de 14,740%); o Jan/27, a 14.190% (de 14,375%); o Jan/29, a 14,030% (de 14,130%); o Jan/31, a 14,350% (de 14,370%); e o Jan/33, a 14,450% (de 14,470%).
… No Ibovespa, que caiu 2,96%, aos 127.256,00 pontos, o recuo das ações foi generalizado. Apenas três subiram. O giro ficou bem acima da média diária, com R$ 31,6 bilhões, dando mais peso ao recuo do dia.
… Destaque positivo, Carrefour disparou 10,77% (R$ 8,23), depois que a varejista elevou de R$ 7,70 para R$ 8,50 o valor do resgate de ação para fechamento de capital. Minerva ganhou 0,15% (R$ 6,47) e Klabin subiu 0,05% (R$ 18,55).
… O resto foi ladeira abaixo. Na esteira da queda de 6,5% do Brent/junho para o menor preço desde abril de 2021 (US$ 65,58 o barril), Petrobras ON teve baixa de 4,19% (R$ 37,73) e Petrobras PN, queda de 4,03% (R$ 34,55).
… Brava Energia recuou 12,92% (R$ 18,34), PetroRecôncavo caiu 8,60%, a R$ 14,35, e Prio cedeu 7,96%, a R$ 33,90.
… Vale desvalorizou 3,99%, a R$ 52,68. Dalian, na China, esteve fechada por um feriado local, mas em Singapura o minério perdeu 2,35%.
… Bancos também tiveram quedas expressivas no pregão de 6ªF. Santander registrou -3,31% (R$ 26,62); Itaú, -2,60% (R$ 31,14), Bradesco ON, -1,93% (R$ 11,17) e PN, -1,10% (R$ 12,57); Banco do Brasil, -1,86% (R$ 27,98).
EM TEMPO… VALE divulgará relatório de produção e vendas do 1TRI em 15/4 e balanço em 24/4.
PETROBRAS recebeu a licença da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do AP para operar a Unidade de Atendimento e Reabilitação de Fauna localizada no município de Oiapoque. Falta aprovação do Ibama…
… A unidade no Amapá é uma exigência do Ibama para liberar a busca de petróleo no litoral do estado, no bloco FZA-M-59.
BTG PACTUAL negou due diligence nos ativos do Master e reiterou que nunca fez proposta para aquisição de ativos ou de participação no capital social do banco…
… Comunicado veio em resposta à notícia que circulou na imprensa dando conta de que o BTG teria desistido de comprar o Master após descobrir 80% de “precatórios podres”.
BRB. Fitch colocou em observação ratings B- de emissor em default de longo prazo em moedas estrangeira e local e o rating nacional BBB+(bra) de longo prazo do banco.
MASTER. Fitch colocou observação ratings B+ de emissor em default de longo prazo em moedas estrangeira e local e a nota A-(bra) para o racional de longo prazo do banco.
OI eleva em 42% a previsão de remuneração para o conselho e diretoria no triênio de 2025 a 2027…
… A previsão é destinar até R$ 199 milhões para o pagamento do conselho de administração, da diretoria estatutária e do conselho fiscal, de R$ 139,7 milhões em valores nominais nos anos de 2022 a 2024.
EQUATORIAL ENERGIA vendeu a totalidade das ações de emissão da Equatorial Transmissão S.A para a Verene Energia S.A (companhia de portfólio da canadense CDPQ), conforme fato relevante enviado à CVM…
… De acordo com o documento, o enterprise value da operação é de até R$ 9,395 bilhões.
PRIO corrigiu dados do 1Tri; produção média foi de 109,29 mil boed entre janeiro e março e não de 108,09 mil, como foi antes divulgado…
… A Prio informou que o Goldman Sachs detém 5% em posição de derivativos da companhia. Segundo os investidores, as movimentações não objetivam alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da Prio.
AMBIPAR. CVM estendeu prazo para pedido de OPA para até 7/5.
AMAZON. Dará início, nesta semana, à implantação em grande escala da sua constelação de satélites, a ser usada para serviço de internet rápida e com baixa latência em qualquer lugar do planta – modelo de operação semelhante ao da Starlink, de Musk…
… O lançamento dos satélites está programado para quarta-feira, 9 de abril, informou a Amazon.
TESLA BULL. Um dos analistas mais otimistas da Tesla em Wall Street, Daniel Ives, da Wedbush Securities, cortou a sua meta de preço para as ações da companhia em 43%, citando uma “crise de marca” criada pelo CEO, Elon Musk, e pelas tarifas do presidente Trump.
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Payroll e Powell movimentam os mercados
Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*
[04/04/25]
… Mais um dia agitado para os mercados globais, com o payroll nos EUA, falas de dois Fed boys, inclusive de Powell. Uma agenda importante neste momento em que investidores aumentam as apostas em cortes mais profundos do juro americano, após as tarifas de Trump. Sobre o impacto do Liberation Day, que afundou Wall Street, as praças asiáticas e europeias, esperam-se, ainda, as reações dos países mais atingidos, que podem agravar a guerra comercial. Aqui, os ativos surfaram na sensação de que toda essa crise poderá ser positiva para o Brasil, uma leitura que sustentou o Ibov e derreteu o dólar e os juros futuros. Como destaque entre os indicadores domésticos, a expectativa é para a balança comercial de março, que será divulgada às 15h.
… Na semana passada, a queda das exportações acendeu o alerta e justificou o déficit das transações correntes. A previsão para o fechamento do mês é de um superávit de US$ 7,2 bilhões, na mediana das estimativas de pesquisa Broadcast.
… Para o payroll (9h30), o consenso dos analistas é de abertura de 137 mil novas vagas em março, desacelerando em relação aos 151 mil de fevereiro, com a taxa de desemprego estável em 4,1%, assim como o ganho médio por hora mensal, em 0,3%.
… Powell fala às 12h25 e se espera dele um discurso mais cauteloso do que o otimismo na entrevista do Fomc, quando defendeu a tese de que a inflação causada pelas políticas comerciais de Trump teria caráter “transitório”.
… Nas primeiras manifestações de dirigentes do Fed após o anúncio das tarifas, nesta 5ªF, a diretora Lisa Cook admitiu o alto nível de incertezas, afirmando que seria prudente manter os juros inalterados, e foi além com uma visão diferente do mercado.
… Enquanto o CME Group elevou as expectativas de um corte de 100pbs do juro este ano, Cook disse que os aumentos de preços relacionados a tarifas podem argumentar pela manutenção de uma postura restritiva por mais tempo.
… Mas, antecipando uma situação que o Fed poderá enfrentar mais à frente, ressalvou que tais aumentos também podem reduzir a renda pessoal e levar a menores gastos do consumidor. Neste caso, o socorro seria ao risco de uma recessão.
… Segundo Lisa Cook, “em meio à crescente incerteza e riscos para os dois lados do nosso mandato duplo [inflação e crescimento], eu acredito que é apropriado manter o juro, enquanto monitoramos os desdobramentos que podem mudar o cenário”.
… Mais cedo, o vice do Fed, Philip Jefferson, afirmou que “não há pressa para fazer mais ajustes na taxa de juros” e que a atual política está bem posicionada para lidar com os riscos e incertezas ao buscar ambos os lados do seu mandato duplo.
… Para hoje estão previstas as falas do vice-presidente de supervisão, Michael Barr (13h), e de Christopher Waller (13h45).
PESSIMISMO GERAL – Ninguém, à exceção de Trump e de sua equipe de governo, viu algo de positivo nas tarifas recíprocas, mas o estrago que poderão fazer na economia mundial e a desordem nas relações comerciais foi uma unanimidade.
… Algumas projeções, como a do JP Morgan, são assustadoras; o banco elevou o risco de recessão global para 60% em 2026.
… Para o Citi, foi muito pior do que o esperado, com impacto “desproporcional” sobre a Ásia e os países que compõem a rede de produção liderada pela China, numa ação que visa fechar rotas alternativas de exportação chinesa.
… Wells Fargo diz que as políticas de Trump vão acelerar a divisão do mundo em dois blocos: um liderado pelos EUA e outro pela China. E aponta para um possível cenário onde a Europa se tornaria um terceiro polo econômico.
… Os analistas do banco acreditam que a incerteza tarifária deve persistir por um período prolongado. “Mesmo com as possíveis concessões, as tensões comerciais continuarão moldando a economia global nos próximos anos.”
… Já o Goldman Sachs estima que as tarifas recíprocas devem tirar 1,7 pp, somada a alíquota de 20% aplicada em fevereiro.
… O tarifaço foi equiparado aos níveis da Grande Depressão pelo economista-chefe global da Coface, Jean-Christophe Caffet, que definiu a política de Trump como “completamente autodestrutiva”. “Vai gerar inflação, com risco de estagflação nos EUA”.
… Para a Fitch, a taxa tarifária americana foi elevada a nível visto pela última vez em 1909, para 25%, e transformará a economia global. A agência vê riscos “significativos” de recessão nos EUA, revisando a expectativa do PIB para menos de 1,7%.
… As estimativas iniciais da OMC sugerem que as medidas de Trump podem reduzir o comércio global em até 1% em 2025, e vê o risco de uma “guerra tarifária” de maiores proporções, com medidas retaliatórias que agravariam a queda.
… Para o FMI, as tarifas representam claramente um risco significativo para as perspectivas globais num momento de crescimento lento. A diretora-gerente, Kristalina Georgieva, apelou para que EUA e parceiros resolvam as tensões comerciais.
… Na América Latina, o México, altamente integrado à economia dos Estados Unidos, será um dos países mais impactados, com o PIB saindo de 1,5% em 2024 para 0,2% em 2025, na avaliação da CEO da Coface, Marcele Lemos.
… A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse que buscará diversificar o comércio do país com a União Europeia.
… Já o Brasil deve ser pouco atingido, segundo opinião consensual dos analistas, e isso virou uma festa no mercado (abaixo).
LULA – Em manifestação discreta e calculada, evitando o confronto, o presidente disse que o governo vai tomar “todas as medidas cabíveis” para defender o Brasil, as empresas e os trabalhadores da alíquota de 10% nas exportações brasileiras.
… Segundo ele, a atuação terá como referência a Lei da Reciprocidade aprovada pelo Congresso e as diretrizes da OMC.
AS RESPOSTAS – A única retaliação concreta, nesta 5ªF, foi do Canadá, quando o primeiro-ministro, Mark Carney, anunciou tarifa de 25% sobre todos os veículos importados dos Estados Unidos que não estejam dentro do acordo USMCA.
… Carney classificou as medidas como ilegais e esclareceu que as novas tarifas canadenses não afetarão importações do México.
… Trump e seus asseclas já vinham ameaçando que os EUA podem aumentar as tarifas aos países que partirem para a retaliação.
… Mark Carney afirmou que o Canadá está reforçando laços com outros parceiros comerciais e disse que tinha falado com Claudia Sheinbaum (México), Olaf Scholz (Alemanha), Ursula Von der Leyen (UE), Keir Starmer (Reino Unido) e Macron (França).
… Outra iniciativa veio do presidente da Espanha, Pedro Sánchez, que anunciou um pacote de ajuda de 14,1 bilhões de euros às empresas para enfrentarem os impactos internos das tarifas de 20% sobre produtos da União Europeia.
… “As tarifas não são recíprocas. Ninguém sairá beneficiado. Por isso, pedimos mais uma vez que ele reconsidere. Nossa mão está estendida. Mas não ficaremos de braços cruzados. A UE reagirá com proporcionalidade, unidade e firmeza”, disse Sánchez.
… O governo do Japão também promete medidas de apoio às empresas e o primeiro-ministro, Shigeru Ishiba, questionou se as tarifas são “precisas” e “consistentes” com os acordos da OMC, pedindo que os EUA revisem as medidas.
… Já o presidente da França, Emmanuel Macron, foi mais duro na retórica, dizendo que as tarifas são “brutais e infundadas”, que são um “choque para o comércio internacional” e defendeu “retaliações massivas” contra os EUA.
… Macron alertou que, com as tarifas, a economia e os consumidores dos EUA “ficarão mais pobres e fracos” e destacou que as novas taxas de Trump podem “levar os países da Ásia a aumentarem suas exportações para a Europa”.
… Por fim, o governo do Reino Unido, agraciado com a tarifa mínima de 10%, disse que conversará com as empresas britânicas antes de definir sua resposta às medidas impostas pelos Estados Unidos.
ISENÇÃO DO IR – Warren Investimentos avalia que a proposta do PP com mudanças na compensação da nova faixa de isenção do IR aumenta o risco de não neutralidade fiscal da medida enviada pelo governo ao Congresso.
… Segundo seus economistas, a emenda do senador Ciro Nogueira tende a piorar a compensação defendida pelo Executivo. Além disso, atribui à União a obrigação de repassar recursos adicionais a Estados e municípios.
… A principal alteração no texto do PP está na elevação, de R$ 50 mil para R$ 150 mil/mês, do valor sobre o qual será cobrada a alíquota progressiva, com a tributação iniciando em 4% e chegando a 15% nos rendimentos superiores a R$ 1 bilhão/ano.
… A complementação para cobrir o custo da isenção a salários de até R$ 5 mil viria da redução linear de benefícios tributários.
PRECATÓRIOS – O debate prioritário do governo no segundo semestre será encontrar uma solução para o impasse fiscal em torno dos precatórios, segundo um interlocutor da equipe econômica ouvido pelo Broadcast.
… A partir de 2027, esses recursos deverão ser integralmente contabilizados dentro das regras fiscais e, por isso, a Fazenda quer equacionar o assunto neste ano e enviar o PLDO e o PLOA de 2027 com essas novas diretrizes.
MAIS AGENDA – Além da balança comercial à tarde, está prevista pela manhã (8h) a divulgação do IGP-DI de março, que deverá trazer deflação de 0,52%, segundo a mediana do Broadcast, após o resultado de 1% em fevereiro.
LEILÃO CANCELADO – MME deve anunciar hoje o cancelamento do leilão de reserva de capacidade previsto para dia 27 de junho, apurou o Broadcast. A motivação central é a “guerra judicial” entre grupos econômicos, segundo fontes do governo.
HADDAD – Ministro terá uma reunião nesta 6ªF (11h), em São Paulo, com o presidente da CVM, João Pedro Nascimento. Às 15h, encontra-se com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Josué Gomes.
NOS EUA – Como você viu acima, tem payroll (9h30), Powell (12h25), Michael Barr (13h) e Christopher Waller (13h45).
… Nada previsto na Zona do Euro. Na Ásia, um feriado deixou os mercados fechados na China Continental, Hong Kong e Taiwan.
UNIÃO EUROPEIA & JAPÃO – Reúnem-se hoje em Bruxelas (9h45, Brasília) para discutir o fortalecimento das relações bilaterais nas áreas de segurança e defesa, além de desafios globais como a guerra na Ucrânia e a situação no Oriente Médio.
DEBANDADA – US$ 2,5 trilhões. É o que a queda dos preços das ações em NY tirou do valor das empresas, no tarifaço de Trump.
… Tudo despencou – fabricantes de tênis e vestuário, bancos, techs, varejistas – depois que Trump lançou tarifas pesadas sobre países que são fornecedores cruciais para o mercado americano, como Taiwan, Vietnã e Indonésia.
… Termômetro do choque no mercado, o Vix, também conhecido por índice do medo, disparou 39,56%, a 30,02 pontos. Níveis acima de 30 são associados a maior incerteza, risco e medo dos investidores.
… Nas primeiras análises sobre o impacto da reorganização do comércio global sob Trump, o denominador comum é que as tarifas vão provocar mais inflação, menos consumo e baixo crescimento nos EUA. A economia mundial deve ser afetada.
… Wall Street viu uma debandada. O Nasdaq caiu 5,97% (16.550,61 pontos), levado pelas sete magníficas: Apple (-9,25%), Amazon (-8,98%), Meta (-8,96%), Nvidia (-7,81%), Tesla (-5,47%), Alphabet (-4,02%) e Microsoft (-2,36%).
… O setor de tecnologia, dependente de mão de obra e insumos asiáticos, tendem a ser um dos principais perdedores.
… O S&P 500 caiu 4,84% (5.396,54), maior baixa desde junho de 2020, no meio da pandemia, e entrou novamente em correção técnica. Nike derreteu 14%. Pelo mundo, foi uma derrota generalizada das bolsas, das asiáticas às europeias.
… À Barron’s, Rich Ross, chefe de análise técnica da Evercore ISI, afirmou que o fechamento do S&P 500 abaixo de 5.500 pontos abre portas para 5.150 e níveis abaixo disso. O mercado, disse, passou de uma “uma correção para uma situação de crise”.
… O Dow Jones recuou 3,98% (40.544,64 pontos).
… Na fuga dos ativos de risco, investidores correram para os Treasuries. O retorno da note de 2 anos desceu a 3,702%, de 3,863% na sessão anterior. O da note de 10 anos recuou a 4,043% (de 4,127%) e o do T-bond de 30 anos, a 4,481% (de 4,627%).
… Essa queima de prêmios nos títulos americanos também seguiu a lógica de que um menor crescimento nos Estados Unidos vai abrir espaço para cortes mais profundos de juros pelo Fed.
… Mas o cenário é tão incerto que, enquanto o Morgan Stanley acha que o Fed não cortará o juro este ano, por causa da inflação, estrategistas do Citi veem cinco cortes, totalizando 125pbs em 2025, por causa da economia.
… No Brasil, as taxas dos DIs derreteram, com alguns vértices queimando até 50pbs. De um lado, seguiram os Treasuries, de outro captaram o sentimento de que uma eventual queda de juros nos EUA abriria espaço para o fim do ciclo de aperto por aqui.
… Dólar e petróleo em baixas fortes, sinalizando alívio para a inflação, também pesaram e a precificação da curva a termo passou a mostrar aumento das apostas num ciclo mais brando da Selic e antecipação do início dos cortes.
… Segundo cálculos do Banco BMG, a curva mostra uma Selic terminal em 15,10% e, para o fim do ano, 14,95%. Também aponta probabilidade, ainda que residual, de corte em novembro.
… No fechamento após os ajustes na B3, o DI para Jan/26 caiu a 14,740% (de 15,01%); o Jan/27, a 14,375% (de 14,850%); o Jan/29, a 14,130% (de 14,610%) e o Jan/31, a 14,370% (de 14,775%).
… Embora momentos extremos de aversão ao risco costumem valorizar o dólar não foi o que se viu aqui e no mundo.
… O real foi destaque entre divisas de exportações de commodities com a moeda americana furando o piso de R$ 5,60 na mínima do dia (R$ 5,5934%), para fechar com queda de 1,20%, a R$ 5,6281.
… O índice DXY chegou a recuar 2,5%, mas chegou ao fim do dia com queda menor, ainda expressiva, de 1,67%, a 102,072 pontos.
… O euro subiu 1,53% (US$ 1,1019) e a libra, +0,75% (US$ 1,3083). O iene, ativo de segurança, subiu 1,9% (145,941/US$).
… No meio de tudo, o Ibovespa foi um capítulo à parte. Com o Brasil menos taxa do que outros parceiros comerciais importantes dos Estados Unidos, o índice passou ileso pelo banho de sangue visto nas bolsas globais.
… Até chegou a avançar ao longo do pregão, mas sem a ajuda de Vale e Petrobras acabou fechando estável (-0,04%), na marca dos 131.140,65 pontos. Ainda ficou no lucro. O giro foi forte, de R$ 28 bilhões.
… Com o Brent para junho em baixa de 6,42% (US$ 70,14 o barril) as ações de petrolíferas ficaram entre as maiores perdas.
… No setor, Petrobras ON (-3,53%; R$ 39,38) e PN (-3,23%; R$ 36,00) foram as que menos caíram. Brava Energia recuou 7,18% (R$ 21,06), Prio cedeu 6,95% (R$ 36,83) e Petrorecôncavo caiu 5,54% (R$ 15,70).
… Vale baixou 3,62% (R$ 54,87), apesar da queda até que discreta (-0,32%) do minério de ferro em Dalian.
… Bancos contrabalançaram as perdas. Bradesco PN (+1,92%; R$ 12,71) e ON (+1,88%; R$ 11,39), Itaú (+1,78%; R$ 31,97), Santander (+1,40%; R$ 27,53) e Banco do Brasil (+0,56%; R$ 28,51).
… Auren, com +7,58% (R$ 7,95), Magazine Luiza, +5,45% (R$ 11,80) e Iguatemi, +5,12% (R$ 19,52) lideraram as altas.
EM TEMPO… PETROBRAS informou que, no processo de licenciamento do bloco FZA-M-59 em águas profundas do Amapá, ainda há uma solicitação do Ibama por “informações detalhadas” sobre o Plano de Proteção à Fauna…
… O Ibama também questiona sobre a nova base de recuperação de animais em Oiapoque, naquele Estado.
PRIO. Produção total de petróleo atingiu 104,79 mil boepd em março, queda de 3,47% sobre fevereiro, com dados preliminares…
… Produção média de petróleo atingiu 108,1 mil boepd no 1TRI25, alta de 22,3% na base anual.
CARREFOUR elevou de R$ 7,70 para R$ 8,50 o valor do resgate de ação para fechamento de capital.
AGROGALAXY. Acionistas aprovaram grupamento de ações, na proporção de 15 para 1…
… Grupamento não altera o capital social da companhia, que permanecerá em cerca de R$ 1 bilhão, mas reduz número de ações em circulação de 254,5 milhões para 16,97 milhões.
RAÍZEN. Baillie Gifford Overseas Limited reduziu participação acionária na empresa para 9,91%, com 134.674.091 de papéis.
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