Mudança da meta entra no debate
… Dia de PCE nos EUA, o índice de inflação predileto do Fed, que pode dar a Trump mais uma chance de criticar Powell por não reduzir os juros, se vier no consenso, de estabilidade em níveis baixos. Ainda na agenda em NY, é importante o sentimento do consumidor de Michigan e a repercussão da notícia de que Washington já fechou um acordo comercial com a China. Aqui, o IGP-M deve ter forte queda em junho, confirmando a evolução benigna dos preços, após o IPCA-15 surpreender abaixo do esperado. Mas a Pnad Contínua deve mostrar um novo recuo do desemprego, reforçando as pressões do mercado de trabalho. Em SP, Haddad dá entrevista à GloboNews, em meio à derrota do governo com a derrubada do decreto do IOF, que esquenta no mercado o debate da mudança da meta fiscal.
… Reportagem do Valor apurou como opinião consensual de vários economistas que, sem aumento de impostos, é maior a chance de o governo alterar a meta de 2026, fixada em superávit de 0,25% do PIB (R$ 34,3 bilhões), podendo ficar com déficit zero.
… As projeções para o déficit do ano que vem estão em torno de R$ 70 bilhões a R$ 90 bilhões. Apesar de reconhecerem o risco de mudança da meta, não se acredita que o ministro Fernando Haddad deva mexer nisso por ora.
… Já para este ano, há uma convicção de que a equipe econômica conseguirá entregar a meta de déficit zero, mesmo sem o IOF.
… Uma das saídas em estudo é a venda de petróleo do pré-sal em áreas que são contíguas às do regime de partilha na Bacia de Santos e que pode render R$ 15 bilhões este ano. A Câmara aprovou a MP que autoriza o leilão no mesmo dia que derrubou o IOF.
… Na avaliação geral, o foco volta-se agora para a Medida Provisória 1.303, que já foi enviada como parte da reação a um primeiro recuo do governo em mudanças do IOF e que inclui, entre outras coisas, o fim da isenção a títulos isentos, como o LCA e LCI.
… “Se a gente pensar que a derrota no IOF prenuncia a derrota da MP e, se considerarmos que o Congresso está prejudicando o governo com vistas à eleição, aumentam as chances de ganhar força no PT a ideia de mudar a meta”, disse Luis Otavio Leal (G5 Partners).
… Carlos Kawall (Oriz) concorda: “Para este ano, o governo deve cumprir a meta com receitas extraordinárias e algum contingenciamento, mas dadas as dúvidas sobre a MP e a eleição em 2026, acho que aumenta muito a chance de o governo abrir mão da meta.”
… Luciano Sobral (Neo) também vê “grande probabilidade” de a meta de 2026 ser revista, mas disse que o mercado já não está prestando muita atenção nela (e mais na dívida), “desde que o governo começou a excluir coisas do primário para o cálculo da meta”.
… Nos cálculos de Felipe Salto (Warren), mesmo com as receitas adicionais do IOF, a revisão de gastos tributários (ainda não enviada pelo Executivo) e a MP 1303, seria preciso contingenciar de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões no ano que vem.
… “Sem as receitas novas do IOF e com todas as incertezas em torno das demais medidas, o contingenciamento requerido para cumprir o piso da meta de 2026 (em pleno ano eleitoral) torna-se ainda maior e a probabilidade de mudança da meta é grande.”
… O governo ainda não se manifestou sobre o que pretende fazer após o Congresso romper os acordos, mas, nos bastidores, acirrar essa briga é visto como algo muito perigoso. Alguns ministros pressionam pela judicialização. Lula é quem vai dar a palavra final.
… Em entrevista para comentar a arrecadação, nesta 5ªF, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, disse que a equipe econômica tem até 22 de julho, quando sai o próximo Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, para encontrar uma compensação do IOF.
… Segundo ele, se o governo não conseguir encontrar outras fontes de receita, “naturalmente vai ter contenção ainda maior”. O impacto da decisão do Congresso de derrubar o IOF é estimado em R$ 12 bilhões por técnicos da Fazenda.
… No mercado, não houve reação negativa ao revés sofrido pelo governo, que aumenta os riscos fiscais. Pelo contrário, a bolsa subiu e o dólar furou R$ 5,50, aproveitando o embalo externo e a expectativa de Selic alta, enquanto os juros mais longos caíram (abaixo).
FOI ELE – No Estadão, Davi Alcolumbre é quem esteve por trás do movimento de Hugo Motta de pautar a votação do Projeto de Decreto Legislativo em plena semana das festas juninas, que pegou todo mundo de surpresa.
… O presidente do Senado quis dar um xeque-mate no ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, antigo aliado que virou desafeto. Segundo a jornalista Vera Rosa, não é de hoje que Alcolumbre cobra de Lula a demissão de Silveira, indicado por ele mesmo.
… Os dois romperam após Alcolumbre se sentir traído por Silveira no MME, e o episódio mais recente foi a votação dos vetos de Lula na área de energia, que resultaram em um aumento de 3,5% nas contas de luz e provocaram uma MP de compensação.
… Havia um acordo do Senado com o governo para derrubar os vetos, mas Silveira trabalhou contra e provocou a ira de Alcolumbre, que para atender os lobbies empresariais (e os jabutis) acabou ficando com o ônus da decisão junto à opinião pública.
… Motta atendeu Alcolumbre e, em troca, Alcolumbre votou o aumento do número de deputados, de 513 para 531. É assim que funciona.
MAIS AGENDA – O IGP-M de junho (8h) deve ampliar a queda para 1,04% em junho (Broadcast), após cair 0,49% em maio. As projeções variam de -1,20% a -0,80%. No acumulado em 12 meses, a estimativa indica desaceleração de 7,02% para 5,06%.
… As quedas mais intensas dos preços agropecuários e industriais ao produtor devem contribuir para a forte deflação.
… Às 8h30, o BC divulga a nota de crédito de maio e, às 9h, sai a Pnad Contínua, com a taxa desemprego no trimestre encerrado em maio, que deve recuar de 6,6% (até abril) para 6,3%. Impulsionada pela atividade ainda forte, será a segunda queda no ano.
… O Tesouro divulgará (14h30) o estoque da Dívida Pública Federal em maio, com coletiva às 15h.
… Ainda na agenda, a Aneel define a bandeira da energia elétrica para julho. A ocorrência de chuva em volumes maiores do que os inicialmente previstos ao longo de junho, principalmente na região Sul, altera as perspectivas.
… A maior parte dos especialistas consultados pelo Estadão aponta tendência de acionamento da bandeira amarela, embora alguns ainda trabalhem com o cenário de manutenção da bandeira vermelha patamar 1.
GALÍPOLO – Viaja para Basileia, na Suíça, onde participa da 24ª Annual Conference do Banco de Compensações Internacionais (BIS).
DIOGO GUILLEN – Diretor de Política Econômica do BC participa do Barclays Day in Brazil (11h10).
HADDAD – Ministro tem dois compromissos em São Paulo: às 11, participa de evento aberto na Faculdade de Direito da USP e, às 14h30, concede entrevista ao vivo para a jornalista Andréia Sadi, na GloboNews.
… Em entrevista à Folha, ontem, Haddad citou três cenários em estudo para compensar o IOF: outras fontes de receitas, cortes “para todo mundo” no Orçamento ou ainda recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a validade do decreto de Lula.
NOS EUA – O índice de preços de gastos com consumo (PCE) de maio é o indicador mais importante da agenda lá fora e será divulgado às 9h30. O consenso para o núcleo é de +0,1% (de +0,1% em abril) e +2,6% na base anual (de +2,5% em abril).
… Às 11h, a Universidade de Michigan informa a leitura final do Índice de Sentimento do Consumidor de junho, que é acompanhado pelas expectativas de inflação em um ano e cinco anos, e, às 14h, a Baker Hughes divulga poços e plataformas de petróleo em operação.
… Mais três dirigentes do Fed falam: John Williams, em conferência do BIS (8h30), e Beth Hammack e Lisa Cook, no Fed/Cleveland (10h15).
SAIU O ACORDO – Como quem não quer nada, Trump disse, nesta 5ªF, que os Estados Unidos assinaram o acordo comercial com a China, na véspera (4ªF). Não deu detalhes, mas fez os comentários durante evento na Casa Branca. “Assinamos com a China ontem.”
… Também o secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, confirmou em entrevista à Bloomberg TV que o acordo com a China foi finalizado na 3ªF e assinado pelo presidente Trump. Segundo ele, inclui as discussões sobre terras raras.
… O secretário comentou que 9 de julho continua sendo o prazo final para acordos sobre tarifas recíprocas e que os EUA estão muito perto de um acordo com a Índia. Trump também disse que, “talvez”, fechará um acordo com a Índia “em breve”.
CHINA HOJE – O lucro industrial recuou 9,1% em maio, na comparação anual. O resultado representa um tombo em relação a abril, quando teve alta anual de 3%. No acumulado do ano, a queda é de 1,1% contra igual período/2024.
ASSISTINDO DE CAMAROTE – Ao que tudo indica, como a meta fiscal deste ano não corre risco (só a de 2026), o mercado aproveita para curtir agora o momento de decadência do governo Lula na relação com o Congresso.
… “Parte do mercado leu a derrota do IOF como sinal de que o Congresso começa a abandonar o governo e que Lula, já com a popularidade baixa, não conseguirá a reeleição”, disse ao Broadcast o economista Daniel Miraglia (Integral).
… Neste contexto, o investidor pôde desfrutar ontem da melhora no apetite por risco permitida aqui pela surpresa com o IPCA-15 abaixo do esperado e, lá fora, pela chance de escolha antecipada do sucessor de Powell por Trump.
… O dólar furou R$ 5,50, a curva do DI devolveu prêmio de ponta a ponta, ainda que com maior ênfase nos trechos mais longos, e o Ibov recuperou praticamente tudo o que havia caído na véspera com a manobra de Motta no IOF.
… Confirmando os sinais de que a inflação vai se acomodando, ainda que continue estourando o teto da meta, o IPCA-15 de junho (+0,26%) veio menor do que a mediana das apostas e apresentou uma composição benigna.
… A média dos cinco núcleos desacelerou de 0,40% em maio para 0,31%, resultado inferior à estimativa do mercado, de 0,30%. O índice de difusão também perdeu impulso de um mês para o outro, passando de 66,49% para 57,77%.
… Outra boa notícia foi que o IPCA-15 reduziu o ritmo no acumulado em 12 meses, passando de 5,40% para 5,27%, o que contrata ajustes em baixa nas expectativas do mercado para o boletim Focus, que será divulgado na 2ªF.
… Só não dá para ficar tão otimista, porque a inflação roda ainda 0,77pp acima do limite de tolerância (4,5%). “Paramos de cavar, mas ainda estamos dentro do buraco”, resumiu Luis Otávio Leal (do G5 Partners) ao Valor.
… Na prática, o alívio do IPCA-15 não muda a perspectiva de Selic em 15% por “bastaste tempo”. Mas se também os próximos indicadores de preços continuarem sob controle, vão agitar as apostas sobre o timing de um corte do juro.
… Galípolo não quis dizer ontem, em coletiva sobre o Relatório de Política Monetária (RPM), quanto seria “bastante tempo” para o Copom. Preferiu manter o protocolo, insistindo que o target é ancorar a inflação no centro da meta.
… Pelos cálculos do BC, o IPCA em 12 meses deve seguir acima do alvo central (3%) até pelo menos o 4Tri de 2027.
… É lógico que a Selic não vai demorar todo esse tempo para cair. Mas, no momento, o grande desafio do BC é evitar a todo o custo que o mercado especule sobre cortes prematuros do juro, para vencer a guerra das expectativas.
… No fechamento, o DI para Jan/26 marcava 14,930% (de 14,945% no ajuste anterior); Jan/27, 14,185% (contra 14,233% na véspera); Jan/29, 13,300% (de 13,406%); Jan/31, 13,460% (de 13,559%); e Jan/33, 13,580% (13,665%).
… O dólar à vista encerrou o pregão em queda de 1,02%, a R$ 5,4986, de olho no carry trade da Selic nas alturas.
PEGOU O EMBALO – Sem sustos, a inflação domesticada pela potência da política monetária foi festejada na bolsa pelas ações mais sensíveis ao ciclo econômico, como consumo e construção, que dominaram os ganhos do Ibovespa.
… A liderança do ranking de altas do índice à vista ficou com Azzas 2154 (+5,97%, a R$ 40,82), seguida por Grupo Natura (+4,97%, a R$ 10,99), Vivara (+4,26%, a R$ 25,92), TIM (+4,03%, a R$ 21,67) e MRV (+3,63%, a R$ 6,00).
… O Ibovespa terminou a sessão com ganho de 0,99%, aos 137.113,89 pontos, e giro de R$ 21,9 bilhões. A bolsa teve como motor adicional o rali da Vale (+3,01%; R$ 52,00), que exibiu força superior ao minério de ferro (+0,64%).
… Ainda entre as blue chips das commodities, Petrobras PN avançou 0,80% (R$ 31,46) e ON subiu 0,74% (R$ 34,22), em linha com a valorização do petróleo, que bem devagar vai deixando para trás o tombo recente de dois dígitos.
… O Brent para setembro completou ontem dois pregões seguidos em alta moderada e foi a US$ 66,69 (+0,39%), tendo como drivers o dólar enfraquecido e a queda informada pelo DoE nos estoques semanais da commodity.
… Quanto ao Oriente Médio, a embaixada do Irã em Brasília informou à noite que o país paralisou temporariamente a colaboração com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e bloqueou inspeção em instalações nucleares.
… Está proibida a entrada do órgão nas principais unidades de enriquecimento de urânio: Fordow, Natanz e Isfahan.
… No NYT, a ONU disse que as centrífugas de Fordow “não estão mais operacionais”, mas que é exagero afirmar que o programa nuclear iraniano tenha sido “aniquilado” após os bombardeios dos EUA e Israel no final de semana.
… De volta ao Ibov, os bancos também contribuíram para a alta da bolsa: Bradesco PN (+0,91%; R$ 16,55); Bradesco ON (+0,84%; R$ 14,31); BB ON (+1,60%; R$ 21,60); e Santander (+0,20%; R$ 29,30). Só Itaú (-0,74%; R$ 36,31) caiu.
O INFLUENCER – As especulações de que Trump pode antecipar a nomeação do sucessor para Powell para setembro ou outubro animaram as bolsas em NY e derrubaram o índice DXY do dólar ao menor nível em três anos em meio.
… Powell não vai sair antes de maio, mas a avaliação que se faz é de que uma escolha precoce do novo nome pode levar o futuro presidente do Fed a se tornar mais influente desde já sobre as próximas deliberações dos juros.
… A Casa Branca respondeu que a decisão sobre quem virá não é iminente, mas que o Trump “tem o direito de mudar de ideia”, enquanto o republicano mantinha a pressão dovish e a sua rotina de ataques contra Powell.
… “Temos que combater esse cara, ele não está fazendo o trabalho”, disse, argumentando que os EUA economizariam US$ 600 bi se o Fed cortasse a taxa em 2pp. Mas as chances de um corte em julho seguem remotas.
… Para Susan Collins, julho é muito cedo, porque o Fed teria só mais um mês para avaliar os indicadores. “Não vejo urgência.” Mary Daly disse nesta 5ªF que “o outono (setembro) parece promissor” para a flexibilização monetária.
… A revisão em baixa do PIB/1Tri dos EUA, de queda de 0,2% para uma retração de 0,5%, reforçou a sensação de que, em algum momento, o Fed mudará seu foco do mercado de trabalho e inflação do tarifaço para o crescimento.
… Confiante de que, nos próximos meses, o BC americano vai começar a se desapegar da abordagem cautelosa e derrubar os juros pelo menos duas vezes este ano, o índice DXY fechou em queda de 0,54%, a 97,147 pontos.
… Com os relatos do desejo de Trump de acelerar o anúncio da sucessão no Fed, o euro subiu 0,39%, para US$ 1,1713, e a libra avançou 0,51%, a US$ 1,3734, ignorando a sinalização do BC inglês de novos cortes de juro.
… O presidente do BoE, Andrew Bailey, disse que a aceleração da inflação criou mais incerteza sobre o cenário de médio prazo, que os juros não estão em um caminho predefinido, mas provavelmente cairão gradualmente.
… Investidores estão apostando em mais dois cortes do juro pelo BoE este ano, de 25pb cada, para 3,75%.
… Nos EUA, a cobrança dovish que Trump não para de fazer, reforçada agora sob a possível nomeação antecipada para o Fed, desencadeou queda na taxa da Note de 2 anos (3,711%, de 3,776%) e de 10 anos (4,240%, de 4,284%).
… Encostados nos recordes históricos, o S&P 500 avançou 0,80%, aos 6.141,02 pontos, a um triz da máxima de todos os tempos (6.144,15 pontos), enquanto o Nasdaq subiu 0,97% (20.167,91 pontos), perto do pico de dezembro.
… Também o Dow Jones registrou valorização firme de 0,94%, a 43.386,84 pontos, animado pelo “próximo Powell”. As bolsas em NY, que mergulharam desde o Dia da Libertação, vão voltando com tudo às suas melhores marcas.
EM TEMPO… Conselho da VALE aprovou, por unanimidade e com parecer favorável do comitê de indicação e governança (CIG), a alteração do Regulamento do Novo Mercado, conforme os 25 itens apresentados pela B3…
… Colegiado de administração da TIM aprovou 19 dos 25 itens da proposta; LOCALIZA aprovou 11; RUMO aprovou seis; e a AZZAS rejeitou todos os itens.
DIRECIONAL aprovou a distribuição de R$ 346,67 milhões em dividendos, o equivalente a R$ 2,00 por ação, com pagamento em 4/7.
COGNA levantou US$ 100 mi com International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial para empresas privadas; recursos serão usados para ampliar e modernizar plataforma de educação digital nos próximos três anos…
… Financiamento tem taxa de mercado de CDI + 1,45% e prazo de amortização de seis anos, com pagamento semestral a partir do segundo ano.
YDUQS. Bernardo Augusto Lobão dos Santos renunciou aos cargos de membro do conselho de administração e do comitê de auditoria e finanças para assumir cargo executivo na companhia, com eficácia a partir de 7/7…
… Adicionalmente, como Marina da Fontoura Azambuja, atual diretora de ensino da Yduqs, deixará a companhia, colegiado aprovou a eleição de José Aroldo Alves Junior para assumir cargo de diretor de ensino…
… Silvio Pessanha Neto foi escolhido para assumir cargo de diretor sem designação específica.
ENGIE informou algumas mudanças na diretoria executiva: o atual diretor financeiro e de RI da companhia, Eduardo Takamori Guiyotoku, renunciou ao cargo para assumir a mesma função na subsidiária do grupo Engie no Peru…
… Pierre Auguste Gratien Leblanc foi nomeado para a posição no Brasil…
… Gustavo Henrique Labanca Novo, conselheiro suplente e executivo de carreira, assumirá diretoria de transmissão de energia…
… Guilherme Ferrari, atual diretor de novos negócios, foi indicado para a diretoria de energias renováveis e armazenamento…
… Sophie Quarré de Verneuil, atual diretora de pessoas e cultura, passará a ocupar o cargo de diretora de recursos humanos; Gabriel Mann dos Santos foi nomeado diretor de regulação, estratégia e comunicação…
… Luciana Moura Nabarrete renunciou ao cargo de diretora de pessoas, processos e sustentabilidade para assumir a posição de diretora-presidente da Engie Soluções de Operação e Manutenção (ESOM).
AOS ASSINANTES DO BDM, BOM DIA E BONS NEGÓCIOS!
*com a colaboração da equipe do BDM Online
AVISO – Bom Dia Mercado, produzido pela Mídia Briefing, não pode ser copiado e/ou redistribuído.
Sem emendas, Congresso rompe acordo
A leitura final do PIB/1Tri é destaque entre os indicadores nos EUA, onde a agenda inclui ainda a fala de quatro dirigentes do Fed e uma entrevista “interessante e irrefutável” do secretário de Defesa, Pete Hegseth, como anunciou Trump, no esforço para dissipar dúvidas sobre os danos causados pelos ataques americanos às instalações nucleares do Irã. Aqui, o dia é cheio: IPCA-15, arrecadação da Receita, o resultado primário do Governo Central, o Relatório de Política Monetária do BC, com entrevista de Galípolo (11h), e a repercussão da derrota expressiva do governo Lula com a derrubada das medidas que elevaram o IOF. O PDL passou na Câmara, com placar de 383 votos contra apenas 98, e no Senado. Essa foi a primeira vez que um Projeto de Decreto Legislativo foi aprovado desde o governo Collor.
… Incluída na pauta da Câmara no final da noite de 3ªF, e comunicada por um tuíte de Hugo Motta no X, a proposta foi aprovada em meio a um crescente descontentamento com decisões da equipe econômica e, principalmente, à demora na execução de emendas.
… Deputados e lideranças governistas, e o próprio Planalto, foram pegos de surpresa e acusaram Motta de não ter avisado a mudança na agenda de votações e a escolha de um representante da oposição para a relatoria, o deputado Coronel Chrisóstomo (PL).
… “Fizemos uma reunião de seis horas e todos saíram satisfeitos. Isso [a votação do projeto] foi decidido às 23h30, meia-noite, quando o presidente da Câmara colocou que pautaria hoje. É uma sessão virtual”, disse o líder do governo no Senado, Jacques Wagner (PT).
… Wagner disse que “ainda não sabemos se vamos judicializar a derrubada do decreto do IOF; vamos nos reunir com Lula (hoje)”.
… O Congresso descumpriu acordos firmados naquele domingo, quando Haddad concordou em recalibrar o decreto do IOF aos líderes e presidentes da Câmara e do Senado, e antecipou propostas alternativas que seriam apresentadas por Medida Provisória.
… Para líderes partidários, a derrubada do decreto do IOF confirma que o governo terá dificuldade também para aprovar a MP, que inclui aumento da tributação sobre bets e a cobrança de Imposto de Renda sobre investimentos atualmente isentos.
… Depois, Motta descumpriu o prazo de duas semanas para a votação do PDL, após a Câmara aprovar a urgência. O governo contava com as festas juninas para acomodar as resistências, mas a votação aconteceu mesmo com o Congresso esvaziado.
… Nos bastidores do Congresso, a mudança de tom de Hugo Motta foi influenciada por reveses relacionados a emendas, como os atrasos na liberação dos recursos e novas investidas do ministro Flávio Dino, relator no Supremo Tribunal Federal.
… Em meio à crise do IOF, o governo começou a liberar emendas parlamentares, mas não conseguiu evitar a derrubada do decreto.
… No Estadão, até a 3ªF, 24, foi empenhado R$ 1,7 bilhão em emendas individuais (indicadas por deputados e senadores), a maior parte para a Saúde. Mas as emendas de comissão, que mais interessam a Motta e Alcolumbre, não foram liberadas.
… São os presidentes das duas Casas que organizam a distribuição e definem quais parlamentares serão contemplados, sem atender os critérios de transparência determinados pelo STF. As comissões da Câmara e do Senado assumem a autoria das indicações.
… As emendas de comissão correspondem a R$ 11,5 bilhões e, até agora, nenhum centavo ainda foi empenhado.
… O governo diz que a liberação de emendas foi afetada pelo atraso na votação do Orçamento/2025, só aprovado em março, e pela lei complementar que mudou as regras após as primeiras decisões do STF e entrou em vigor em novembro do ano passado.
… Na 6ªF, Motta e Alcolumbre devem comparecer a uma audiência convocada por Flávio Dino para discutir as emendas parlamentares.
… Congressistas dizem, ainda, que o pagamento de recursos do ano passado feito até o momento não é suficiente e cobram a aceleração das emendas aprovadas em 2025, que somam R$ 50 bilhões, consideradas como “dinheiro novo” para os municípios.
… Responsável pela articulação política do governo, a ministra Gleisi Hoffmann disse que a derrubada da medida do IOF vai exigir novos bloqueios e contingenciamentos, que atingirão R$ 2,7 bilhões a mais em emendas parlamentares, para R$ 9,8 bilhões.
… Além de cobrar a liberação de emendas, líderes do Congresso pedem que o governo corte gastos em vez de aumentar impostos para elevar a arrecadação. Esse é um argumento que cai bem, mas parece claro que não é o fator decisivo.
… O clima eleitoral e as movimentações para 2026 também já atrapalham a agenda do governo. Parlamentares da base governista falam que há uma “insatisfação geral” com o governo no Congresso, independentemente do conteúdo das medidas.
… Horas antes da votação, Motta esteve no lançamento da federação Solidariedade/PRD, composta por parlamentares que apoiaram Lula em 2022 e se distanciaram, e foi ali que disse: “Nós precisamos discutir o que queremos, já vislumbrando as eleições do ano que vem”.
… Já Alcolumbre, ao encerrar a sessão no Senado, disse que parlamentares não aceitarão ofensas por terem votado o PDL que derrubou o decreto do IOF. “Temos 500 PDLs tramitando na Câmara e mais de 80 no Senado. A Câmara e o Senado decidiram votar um.”
… Aprovado pela Câmara e pelo Senado, o projeto não precisa de sanção presidencial e será promulgado.
IR – A Câmara aprovou PL que amplia isenção do imposto de renda para quem ganha até 2 salários mínimos.
… O texto é diferente da proposta do governo que traz alterações mais robustas no IRPF e amplia a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil, também relatado por Arthur Lira, e que prevê possíveis compensações.
… O governo sugere, como medida compensatória, a criação de imposto de até 10% para quem ganha mais de R$ 50 mil/mês. É o principal ponto de polêmica na comissão especial criada para deliberar sobre o tema.
… Segundo o plano de trabalho apresentado, a expectativa era de que Lira apresentasse seu parecer amanhã, mas o calendário será adiado, devido ao clima beligerante entre o Congresso e o governo Lula, apurou a Folha.
… Lira disse a interlocutores que, por enquanto, não há clima político para divulgar a proposta.
MAIS CÂMARA – Os deputados ainda aprovaram a MP do crédito consignado para trabalhadores do setor privado, que segue agora para análise dos senadores para continuar valer após o vencimento, em 9 de julho.
… Também vai ao Senado a MP do Fundo Social, que passou na Câmara em votação simbólica. O texto permite que o governo leiloe petróleo e gás excedentes do pré-sal, com um potencial de arrecadação de até R$ 20 bi.
LULA – Saiu em defesa do ministro Haddad e disse que ele trata a economia “com seriedade”. “Nós estamos há quase três anos tentando consertar a economia”, em solenidade que elevou os níveis de mistura dos biocombustíveis aos combustíveis fósseis.
… A uma plateia com diversos empresários, a quem chamou de “companheiros”, o presidente questionou onde estava o “espírito cristão desses empresários, desses dirigentes, desses políticos”? “Onde está a nossa compreensão de fraternidade?”
… Lula disse estar “cansado” de ver empresários reclamando de impostos, mesmo com a carga tributária sendo a menor desde 2021. “Só não falam dos R$ 800 bilhões de dívidas fiscais de desoneração, mas ficam olhando no dinheiro da educação para a gente cortar.”
MAIS GASTOS – Senado também aprovou, ontem à noite, o projeto que aumenta número de deputados na Câmara de 513 para 531.
MAIS AGENDA – O Relatório de Política Monetária do BC (8h) abre o dia, mas o mercado vai esperar pela entrevista coletiva (às 11h) de Gabriel Galípolo e do diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, para os comentários.
… Às 9h, o IPCA-15 de junho deve desacelerar a 0,31% (mediana do Broadcast), após alta de 0,36% em maio. As projeções vão de 0,20% a 0,37%. Para a inflação em 12 meses, a mediana indica desaceleração de 5,40% para 5,32%.
… Segundo economistas, a deflação dos alimentos in natura deve moderar os impactos da alta de energia elétrica.
… Já as 10h30, a Receita divulgará a arrecadação de maio (coletiva às 11h) e, às 14h30, o Tesouro divulgará as contas do Governo Central em maio, com coletiva às 15h. A estimativa é de déficit de R$ 42,13 bilhões (mediana), após saldo de R$ 17,78 bilhões em abril.
… A perda de arrecadação, aliada ao aumento das despesas previdenciárias, deve contribuir para o déficit esperado.
PLANO SAFRA – O presidente Lula reúne-se (9h30) com os ministros Haddad, Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Rui Costa (Casa Civil) para discutir o lançamento do Plano Safra 2025/2026 e o Plano Safra da Agricultura Familiar.
… O lançamento está previsto para 2ªF, 30, para o Plano Safra da agricultura familiar e para 3ªF, 1º, para a agricultura empresarial.
… Após a reunião, Lula viaja para São Paulo, onde fará a assinatura de atos relativos à solução habitacional na Favela do Moinho às 15h20, que está sendo desocupada pelo governo do Estado. O presidente tem retorno para Brasília previsto para as 17h50.
LÁ FORA – Presidente do BoE, Andrew Bailey, discursa em conferência global anual das Câmaras de Comércio Britânicas (8h). No meio da tarde (15h30), a presidente do BCE, Christine Lagarde, abre evento na Opera de Munique.
… Nos EUA, saem às 9h30: encomendas de bens duráveis, o índice de atividade do Fed/Chicago, pedidos de auxílio-desemprego e a leitura final do PIB/1Tri, que registrou expansão de 2,1% na preliminar. Às 11h, vendas pendentes de imóveis em maio.
… Quatro dirigentes do Fed têm falas previstas para hoje: Tom Barkin (9h), Beth Zamak (10h), Michael Barr (14h15) e Neel Kashkari (20h).
… A entrevista de Pete Hegseth, o secretário de Defesa dos EUA, está marcada para as 9h, após reportagem da CNN divulgar um relatório da Agência de Inteligência revelando que a operação apenas atrasou o programa nuclear do Irã por alguns meses.
MÉXICO – Banxico divulga às 16h, a sua decisão de política monetária.
TRUMP FRITA POWELL EM FOGO ALTO – O dólar ampliava a queda no fim da noite, repercutindo reportagem do WSJ de que o presidente americano estuda antecipar a escolha do novo presidente do Fed para setembro/outubro.
… Powell tem seu lugar garantido no BC americano até maio, mas a estratégia do governo Trump de um anúncio antecipado de seu sucessor pretende desgastá-lo e permitir que o futuro presidente influencie as expectativas.
… O nome escolhido tentaria orientar uma política monetária mais dovish mesmo antes do fim do mandato de Powell, como um “motorista no banco de trás”, na manobra que pode colocar em xeque a credibilidade do Fed.
… Procurada pelo jornal, a Casa Branca defendeu que o Fed deveria buscar uma abordagem voltada ao crescimento.
… Entre as opções de Trump estariam o ex-Fed Kevin Warsh; o diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett; o secretário Scott Bessent (Tesouro); David Malpass (ex-Banco Mundial), além de Christopher Waller.
… Semana passada, Waller foi o primeiro dirigente do Fed a recomendar que o juro já cai no mês que vem e entra para a lista dos queridinhos de Trump, que continua furioso com a postura de aguardar para ver de Powell.
… “Estamos pagando US$ 900 bilhões a mais por ano por causa desse cara. Acho ele estúpido. Ele é uma pessoa mentalmente muito mediana”, disparou o republicano, voltando a botar pressão por um corte rápido do juro.
FACADA NAS COSTAS – Quebrando a promessa de retomar o tema do IOF apenas no início de julho, a ofensiva do Congresso para derrubar o imposto a toque de caixa, em sessão esvaziada pelas festas juninas, assustou o mercado.
… A votação-surpresa e a jato deu a medida do clima de animosidade presente entre o governo e os parlamentares, resgatou o risco fiscal de volta às mesas de operações, puxou o dólar e a curva do DI e impôs queda ao Ibovespa.
… A tensão política pegou o câmbio em um momento inoportuno, em plena virada de semestre, que levou inclusive o BC à intervenção com o chamado leilão “casadão” para amortecer o efeito da saída sazonal de recurso estrangeiro.
… Só na semana passada, foi registrada uma fuga líquida de US$ 2,623 bilhões pelo canal financeiro, o que levou o fluxo cambial semanal a fechar negativo em US$ 1,787 bilhão, segundo dados divulgados na tarde de ontem pelo BC.
… A atuação do BC com o leilão duplo (spot e swap reverso) não conseguiu evitar a pressão exercida pela turbulência em Brasília, que falou mais alto e levou o dólar à vista a se afastar da faixa de R$ 5,50 e subir um degrau (R$ 5,55).
… No fechamento dos negócios, a moeda americana subia 0,66%, a R$ 5,5551, descolada da queda no exterior.
… Apesar de o Barclays ter alertado sobre a âncora fiscal fraca e pouca expectativa de ajuste relevante pelo governo, o banco mantém visão construtiva para o real e cortou a projeção do dólar de R$ 6,10 para R$ 5,60 no fim do ano.
… O cenário nunca está livre de desafios, mas o mercado está convencido de que o grande trunfo do câmbio ainda é o carry trade da Selic, que o Copom promete manter em 15% por “bastante tempo”, enquanto o Fed quer cortar.
… Em audiência ontem no Senado americano, Powell reforçou que pretende aguardar os próximos indicadores de inflação para conferir os primeiros impactos do tarifaço, mas disse que os preços estão hoje “em um bom lugar”.
… Deu a deixa para alguns players se arriscarem na aposta de que o juro já possa cair em julho (esta chance cresceu de 18,6% para 24,8% na ferramenta do CME), embora o cenário amplo e majoritário (81,4%) seja de manutenção.
… Diante do espaço aparentemente cada vez mais aberto para o Fed flexibilizar a política monetária, o índice DXY do dólar fechou em queda de 0,18%, a 97,679 pontos, e as moedas europeias aproveitaram para pisar no acelerador.
… O euro (+0,42%) subiu ao pico desde outubro de 2021, cotado a US$ 1,1658, e a libra esterlina ganhou 0,42%, a US$ 1,3666, em máximas que não eram vistas há mais de três anos, desde 2022. O iene recuou para 145,18/US$.
FALTOU COMBINAR – A “traição” de Motta ao governo com o ruído do IOF embutiu no miolo e na ponta longa do DI os riscos de deterioração fiscal, enquanto o trecho curto operou engessado pela Selic que não deve cair tão cedo.
… No fechamento, o DI para Jan/26 marcava 14,940%, na mínima do dia (de 14,944% no ajuste anterior); Jan/27, 14,230% (de 14,201%); Jan/29, 13,410% (de 13,330%); Jan/31, 13,580% (de 13,506%); e Jan/33, 13,680% (13,611%).
… Antecipando a derrota, de lavada, que o governo levaria no placar da votação da Câmara sobre o IOF, também o Ibovespa expressou a situação delicada da equipe econômica, cada vez mais encurralada pela falta de alternativas.
… O índice à vista da bolsa doméstica terminou em -1,02%, a 135.767,29 pontos, com giro de R$ 18,8 bi. Quase 90% das ações fecharam no vermelho, com só 11 papéis em alta. As blue chips do setor financeiro caíram em bloco.
… Itaú (-1,80%, a R$ 36,58); Santander (-1,38%, a R$ 29,24); BB ON (-0,84%, a R$ 21,26); Bradesco ON (-0,49%, a R$ 14,19); e Bradesco PN, -0,84%, a R$ 16,40). Vale recuou 0,12% (R$ 50,48), seguindo o minério de ferro (-0,43%).
… Com fôlego curto, Petrobras testou alta pela manhã, junto com a recuperação do petróleo, mas não conseguiu bancar os ganhos até o fechamento: ON em queda de 0,59%, a R$ 33,97, e PN, – 0,51%, na mínima do dia (R$ 31,21).
… Sem grande impulso depois do tombo acumulado de 13% nos dois pregões anteriores, tudo o que o petróleo Brent conseguiu subir foi 0,80% e continuou operando abaixo da linha psicológica de US$ 70, cotado a US$ 67,68.
… Segundo a Bloomberg, a Rússia está aberta a outro avanço de produção na próxima reunião da Opep+.
… O barril subiu pouco, apesar do clima de incerteza sobre o programa nuclear iraniano.
… A Casa Branca classificou de fake news o relatório confidencial que vazou do Pentágono, indicando que os ataques dos EUA não destruíram completamente as instalações nucleares e apenas atrasaram o programa nuclear.
… Segundo a CIA, informações confiáveis indicam que programa nuclear do Irã foi severamente danificado. Autoridades iranianas confirmaram danos graves nas centrais nucleares atingidas, mas negaram o fim do programa.
… Trump afirmou que manterá negociações com o Irã na próxima semana para pôr um fim às ambições nucleares.
… Também circulam as dúvidas sobre se a “guerra de 12 dias” acabou. Trump disse que “por enquanto sim”, mas admitiu que os ataques podem recomeçar “muito em breve”, com relatos de violação do cessar-fogo pelo Irã e Israel.
FAÍSCAS – Em meio à fragilidade do acordo e ao perigo de que, logo mais, o conflito no Oriente Médio possa voltar com tudo, as bolsas em NY preferiram não arriscar grandes passos, colocando uma dose de cautela no radar.
… O Dow Jones caiu 0,25%, a 42.982,43 pontos; o S&P 500 ficou estável, aos 6.092,16 pontos; e o Nasdaq subiu pouco, só 0,31% (19.973,55 pontos), apesar de pelo menos dois cortes de juro pelo Fed estarem garantidos este ano.
… Sem saber direito o rumo da guerra e do programa de enriquecimento de urânio do governo de Teerã, houve algum apelo pela proteção dos Treasuries, com respectiva queda das taxas, que também responderam ao Fed.
… O juro da Note-2 anos caiu a 3,776%, contra 3,816% na véspera, e o de 10 anos recuou para 4,284%, de 4,297%.
EM TEMPO… O vice-presidente de Riscos do BRADESCO, Moacir Nachbar, renunciou ao cargo para antecipar a sua aposentadoria, depois de mais de 45 anos atuando na instituição financeira…
… O sucessor ainda não foi definido. O banco também não informou se a área de Riscos seguirá como vice-presidência ou se será uma diretoria do conglomerado.
QUALICORP aprovou a distribuição de R$ 1,56 milhão em dividendos, o equivalente a R$ 0,0055 por ação, com pagamento em 17/12; ex em 30/6.
B3. Conselhos de Administração de CVC, Vibra Energia, Ultrapar, Hidrovias do Brasil e Technos rejeitam todas as 25 cláusulas da proposta para revisão do Regulamento do Mercado Novo; Cosan rejeitou 20 dos 25 itens propostos…
… Empresas têm até 30 de junho para votar sobre as medidas.
JBS. Na Nyse, ação da companhia subiu 0,43%, horas depois de Zé Mineiro, patriarca dos Batista, tocar o sino em Wall St para celebrar o processo de dupla listagem. Na bolsa brasileira, os BDRs da empresa subiram 1,23%.
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Trump recua em tarifas para techs
Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*
[14/04/25]
… A semana é mais curta com a Sexta-Feira Santa, que fecha os mercados também na Europa e nos EUA. Aqui, o investidor emenda com o feriado da 2ªF, 21 de abril. A agenda doméstica é esvaziada, com destaque apenas para a proposta do Orçamento de 2026, que será enviada ao Congresso nesta 3ªF. Lá fora, o BCE anuncia decisão sobre juros (5ªF) e a China divulga o PIB, amanhã à noite. Em NY, a 4ªF é o dia mais importante, com vendas no varejo e uma fala de Powell, que concentrará as atenções em meio às idas e vindas de Donald Trump sobre as tarifas. Em Wall Street, Goldman Sachs divulga balanço antes da abertura e, na Argentina, o peso enfrenta sua prova de fogo.
… No fim da tarde de 6ªF, o ministro da Economia argentino, Luís Caputo, anunciou o fim do limite para que as pessoas físicas comprem dólares pela cotação oficial, que flutuará dentro da banda que tem como piso 1.000 pesos e como teto 1.400 pesos por US$ 1.
… As empresas também poderão transferir dividendos para o exterior sem limites no exercício 2025 com o novo sistema cambial.
… A banda do dólar oficial será reajustada à taxa de 1% ao mês e o relaxamento nos estritos controles cambiais da Argentina, que datam de 2019, era uma exigência para o governo obter um novo empréstimo de US$ 20 bilhões do FMI.
… Na primeira reação, os investidores comemoraram a eliminação da maior parte dos controles como um grande passo para o país voltar aos mercados internacionais de dívida. O ETF Global X MSCI Argentina subiu mais de 5% no pós-mercado.
… Ao anunciar a remoção dos controles cambiais, Caputo insistiu que “não se tratava de uma desvalorização”, mas há um consenso entre os analistas de que haverá uma desvalorização do peso, que pode cair em direção à cotação da taxa do câmbio paralelo.
… Na 6ªF, essa taxa era de 1.375 pesos por dólar, em comparação com a taxa oficial de 1.097 pesos. Alguns especialistas esperam uma desvalorização inicial em torno de 20% a 25%, e já levantam questionamentos sobre um choque da inflação no 2Tri.
… Ao Valor, uma fonte do mercado disse que, “se o efeito dos anúncios for uma corrida à segurança do dólar, os créditos do FMI ficarão longe de serem suficientes”. O FMI desembolsa nesta 2ªF uma parcela inicial de US$ 12 bilhões à Argentina.
… Nos EUA, Trump promete (mais) novidades para hoje, após ter surpreendido na 6ªF à noite com a decisão de suspender as tarifas para smartphones, PCs, servidores e outros produtos de tecnologia, a maioria deles montados na China.
… Na verdade, nem foi o presidente quem fez o anúncio, e, sim, a Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos que divulgou uma lista de produtos isentos da última rodada de tarifas sobre as importações do país.
… Entre os favorecidos estão Apple, Nvidia, Dell e HP, entre outras big techs, que vinham pressionando a Casa Branca, e que agora não terão mais que pagar 145% para os produtos chineses, mas apenas a primeira taxa de 20% aplicados contra o fentanil.
… As exceções abrangem um valor de US$ 385 bilhões em importações de 2024 – ou 12% do total – e incluem US$ 100 bilhões da China, ou 23% das importações em 2024. Para esses eletrônicos, a alíquota média do imposto passou de 45% para 5%.
… A maior isenção global é a categoria que inclui PCs e servidores, com US$ 140 bilhões em importações em 2024, 26% da China. A maior categoria isenta de produtos chineses é a de smartphones, com US$ 41 bilhões em importações em 2024, 81% do total.
… O recuo de Trump com as techs bateu em Xi Jinping, que não perdeu a chance de faturar.
… “Esse é um pequeno passo dos Estados Unidos para corrigir sua ação equivocada de ‘tarifas recíprocas’ unilaterais”, disse o Ministério do Comércio da China em um comunicado publicado em sua conta oficial do WeChat no domingo.
… A nota continua, instando os EUA a “darem um grande passo para abolir completamente a ação errônea e retornar ao caminho correto de resolver as diferenças por meio do diálogo igualitário baseado no respeito mútuo”.
… Coube ao secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, dar as explicações, afirmando que as novas tarifas de smartphones e computadores são “temporárias” e que “esses produtos serão incluídos no setor de semicondutores, em um ou dois meses”.
… Sem dar mais detalhes, afirmou que um aviso será publicado no registro federal ainda esta semana.
… Já Trump saiu falando grosso em sua plataforma de mídia social, dizendo que “NINGUÉM está fora de risco”, que está analisando os semicondutores e “TODA A CADEIA DE SUPRIMENTOS DE ELETRÔNICOS e não seremos reféns de nações hostis como a China”.
… No sábado, ele já havia dito a repórteres no Air Force One que “vamos ser muito específicos na 2ªF”.
OS PREÇOS VÃO SUBIR – O recuo para a importações das techs não alivia a pressão de outros preços do varejo americano, que já estão alertando para uma torrente de aumentos e para a falta de produtos já neste mês, segundo reportagem do Financial Times.
… De acordo com o centro de pesquisa de políticas Budget Lab, da Yale University, algumas lojas se preparam para reajustar seus preços nas próximas duas semanas, diante das tarifas de até 145% para a China, que elevarão seus custos.
… A expectativa é de que esse movimento agravará a inflação persistente que já obrigou muitos consumidores a limitarem seus gastos.
… As primeiras mudanças devem ser sentidas nos corredores de hortifrutigranjeiros dos mercados. Os EUA importam 59% das frutas frescas e 35% dos vegetais que os americanos consomem, de acordo com o Departamento de Agricultura.
… Os varejistas ampliaram seus estoques de roupas e brinquedos e é possível que o consumidor só sinta algum impacto nas prateleiras desses produtos na volta às aulas, no outono. Mas se o consumidor antecipar as compras isso pode levar a aumentos mais rápidos.
EM WALL STREET – Ainda no Financial Times, as tarifas de Trump estão atingindo a confiança dos investidores no ativos americanos pela primeira vez, buscando ações em outros mercados e deixando de acreditar nos títulos do Tesouro e no dólar.
… “Eles estão perdendo o brilho do domínio hegemônico global de que desfrutam há décadas. A confiança desapareceu, ou pelo menos enfraqueceu significativamente, e é difícil imaginar o que poderá trazê-la de volta enquanto Trump estiver na Casa Branca.”
… Segundo a reportagem, o mercado de ações americano carrega risco político pela primeira vez. Os títulos da dívida dos EUA não agem mais como se fossem verdadeiramente isentos de risco. O dólar não está se comportando como um ímã durante períodos de estresse.
… O FT encerra com uma sombria conclusão: “Aconteça o que acontecer, os mercados americanos carregarão uma cicatriz duradoura”.
AGENDA – É bem fraca a pauta dos indicadores no Brasil, prevendo apenas o IGP-10 de abril amanhã (3ªF), além dos dados semanais do fluxo cambial (4ªF) e, hoje, a pesquisa Focus hoje (8h25) e os números semanais da balança comercial (15h).
… Os diretores do BC Diogo Guillen e Nilton David têm reunião trimestral com economistas do mercado (9h30).
… Em Brasília, os feriados da Páscoa e de Tiradentes esvazia o Congresso, com os parlamentares em suas bases eleitorais. Na Câmara, as sessões plenárias serão virtuais, mas sem votações de impacto. No Senado, não haverá sessões de plenário.
… Está confirmado, no entanto, o encaminhamento ao Legislativo da proposta do governo para o Orçamento de 2026 amanhã (15), que deve prever o retorno do superávit primário no ano que vem, com uma meta de 0,25% (ante 0% deste ano).
… Também não há previsão de julgamentos em plenário no Supremo Tribunal Federal.
… O presidente Lula viaja hoje para o Rio de Janeiro, onde participa da inauguração do novo Campus da Universidade Federal Fluminense, em Campos dos Goytacazes. Amanhã estará em Paracambi e em Rezende (RJ), para uma agenda com a montadora Nissan.
LÁ FORA – A reunião do BCE (5ªF) ocorre em meio a um cenário de grandes incertezas com a política tarifária de Trump. Em meio à tensão comercial, diversos dirigentes da instituição mostraram sinais divergentes em seus pronunciamentos públicos.
… Parte deles defende uma nova queda dos juros, enquanto outros são favoráveis a uma pausa no ciclo de flexibilização monetária.
… Nos EUA, os investidores esperam a fala de Powell (4ªF), como uma oportunidade para ajustarem suas apostas aos juros americanos. O mercado está sendo avisado que não há pressa e o mais apropriado é esperar até que o cenário das tarifas fique mais claro.
… Além de Powell, vários Fed boys têm falas previstas nesta semana, a começar de quatro dirigentes hoje: Tom Barkin/Richmond (13h), Christopher Waller (14h), Patrick Harker/Philadelphia (19h) e Raphael Bostic/Atlanta (20h40).
… Entre os indicadores, os destaques são os dados da atividade econômica, sobretudo as vendas no varejo de março (4ªF), uma vez que a confiança e o sentimento do consumidor americano têm renovado mínimas. No mesmo dia, sai a produção industrial nos EUA.
… Na China (3ªF à noite), os dados de atividade de março, com a produção industrial e as vendas no varejo, além do PIB do 1Tri deste ano serão acompanhados com muita expectativa, diante da piora nas perspectivas de crescimento com o início da guerra comercial.
… Ainda hoje (8h), sai o relatório mensal da Opep e as expectativas de inflação ao consumidor do Fed/NY de março (12h).
EUA VS IRÃ – Os dois países concordaram em prosseguir as negociações sobre o programa nuclear de Teerã, após a primeira reunião de alto nível sobre o tema em muitos anos, ocorrida no sábado, sob mediação do governo de Omã.
… Segundo escreveu no X o chanceler iraniano, Abbas Araqchi, que liderou a delegação iraniana, as partes concordaram em se reunir novamente esta semana. Os Estados Unidos foram representados por Steve Witkoff, negociador preferido de Trump.
OLHO POR OLHO – As bolsas em Wall Street viveram uma gangorra na 6ªF até o início da tarde, quando sinais de que Donald Trump voltaria atrás com a China em algum grau – o que foi confirmado horas depois – animaram os investidores.
…Pela manhã, Xi Jinping tinha anunciado tarifas de 125% sobre produtos dos EUA em retaliação aos 145% do presidente americano.
… Segundo a Casa Branca, Trump estaria “otimista” com a possibilidade de a China buscar um acordo com os EUA.
… Quando saiu a entrevista de Susan Collins (Fed/Boston) ao Financial Times, dizendo que o BC dos Estados Unidos estaria “preparado para estabilizar o mercado”, se necessário, as ações firmaram alta de vez.
… Se as condições se tornarem desordenadas, o Fed “estará absolutamente preparado” para ajudar a estabilizar os mercados financeiros, disse Collins. Por enquanto, observou que os mercados continuam funcionando bem, sem preocupações gerais com liquidez.
… O Nasdaq liderou os ganhos, com +2,06% (16.724,46). O S&P 500 subiu 1,81% (5,363,36) e o Dow Jones avançou 1,56% (40.212,71). Na semana, o Dow Jones subiu 4,95%, o S&P 500 ganhou 5,7% e o Nasdaq avançou 7,29%.
… Collins trouxe uma mensagem de tranquilidade, mas alertou sobre o risco de desaceleração econômica e inflação com as tarifas.
… Por isso, a cautela fez os yields dos Treasuries, no centro da preocupação sobre a atratividade e a segurança dos ativos americanos, fecharem em alta. O da note de 2 anos foi a 3,975% (de 3,883%) e o retorno do título de 30 anos subiu a 4,870% (4,864%).
… Na semana, o rendimento da note de 10 anos, que chegou a ficar acima de 4,5% na sessão, teve a maior alta em duas décadas, com a liquidação dos papéis que se mostra incessante. Na 6ªF, o juro de 10 anos fechou em 4,484% (de 4,436%).
… “Os mercados continuam carregados de preocupação”, disse Mark Hackett, da Nationwide. “Ainda se busca estabilidade em meio às tensões comerciais e incertezas quanto aos lucros das empresas. Os ganhos nas ações não são um ponto de virada”, afirmou.
… Quanto aos lucros do 1Tri, BlackRock, JPMorgan, Wells Fargo e Morgan Stanley apresentaram bons balanços, com resultados acima do esperado, mas variações de “incertezas”, “desconhecidos” e “turbulência” surgiram em seus comunicados.
… Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, disse esperar “uma confusão” nos títulos do Tesouro que leve a uma intervenção do Fed.
… Outro dirigente do Federal Reserve a falar no dia, Neel Kashkari (de Minneapolis), lembrou que, se os Estados Unidos não fizerem novos acordos comerciais, “vai levar tempo para o mercado financeiro e a inflação se acalmarem”.
… As tarifas já estão mexendo com os ânimos dos consumidores americanos, conforme mostrou a pesquisa da Universidade de Michigan. A preliminar de abril confirmou que a expectativa de inflação para o longo prazo disparou de 5,0% para 6,7%, maior nível desde 1981.
… Para o curto prazo, a expectativa de inflação também subiu, de 4,1% para 4,4%.
… A confiança do consumidor levou um tombo, de 57 em março, para 50,8 em abril, abaixo dos 54,6 esperados. “Os números mostrados por Michigan acendem mais sinais de alerta sobre os gastos do consumidor nas próximas semanas”, disse Carl B. Weinberg (HFE).
… Assim como o mercado de Treasuries, o câmbio não embarcou na animação que tomou conta das bolsas na 6ªF. O dólar continuou caindo em escala global, contra pares e emergentes, diante do temor de recessão provocado pela política tarifária de Trump.
… O índice DXY recuou 0,99%, a 99,871 pontos, com o euro em forte alta de 1,36%, a US$ 1,1348 e a libra esterlina avançando 0,80%, para US$ 1,3074. O iene japonês subiu 0,69%, a 143,525/US$. Contra o real, o dólar caiu 0,47%, a R$ 5,8708.
… Por aqui, os juros foram na contramão dos Treasuries com a ajuda do câmbio apreciado e do IPCA de março (+0,56%), quase em linha com o esperado (+0,54%), depois de um resultado muito forte em fevereiro (+1,31%).
… Por outro lado, o IBC-Br desacelerou de 0,92% em janeiro para 0,40% em fevereiro, mas bem acima do esperado (0,20%) mostrando que a atividade continuava robusta no início do ano.
… Apesar dos indicadores de atividade, o movimento de revisões para baixo na Selic continua. Na 6ªF foi a vez de o JPMorgan dizer que espera apenas mais um aumento de 50pb na taxa básica de juros, para 14,75%.
… O banco espera que a Selic feche 2025 em 13,75%, contra 15,25% antes. Para o fim de 2026, cortou a taxa de 12,50% para 9,75%. As projeções do IPCA foram mantidas em 5,5% e 3,2% em 2025 e 2026, quando a desaceleração da economia deve ficar mais evidente.
… O DI para janeiro de 2026 caiu a 14,725% (de 14,805% na véspera); o Jan/27 cedeu a 14,310% (de 14,520%); o Jan/29, a 14,225% (de 14,470%); o Jan/31, a 14,500% (de 14,790%); e o Jan/33, a 14,590% (de 14,900%).
… Como NY, o Ibovespa, teve um dia volátil, com o índice fechando em alta de 1,05%, aos 127.683,40 pontos, puxado por suas blue chips de commodities. Vale registrou +1,67% (R$ 53,66), seguindo a alta do minério de ferro em Dalian (+0,71%).
… Petrobras ON, +1,98% (R$ 33,92) e PN, +1,99% (R$ 31,85), acompanharam o Brent/jun (+2,26%), que subiu a US$ 64,76, na ICE.
… Bancos também avançaram: Bradesco PN (+1,37%; R$ 12,62), Santander (+1,02%; R$ 26,62), Banco do Brasil (+0,87%; R$ 27,80), Bradesco ON (+0,81%; R$ 11,18) e Itaú Unibanco (+0,51%; R$ 31,81).
… Vamos liderou as altas, com +12,73% (R$ 4,87), seguida por SLC Agrícola, 6,01% (R$ 20,12). Na outra ponta, IRB (-6,65%; R$ 44,63); Natura, com -1,16% (R$ 9,37), e CPFL Energia, com -1,15% (R$ 37,71), tiveram as maiores perdas.
EM TEMPO… Conselho de Administração da PETROBRAS elegeu Ricardo Wagner de Araujo para o cargo de Diretor Executivo de Governança e Conformidade (DGC).
TELEFÔNICA informou a alteração sobre o valor de JCP a ser pago por ação anunciado pela companhia em 1º de abril; o recálculo se deve ao programa de recompra de papéis realizado pela empresa…
… Valor líquido recalculado é de R$ 0,1259 por ação ON; inicialmente, valor informado era de R$ 0,1258 por papel.
EZTEC. Lançamentos cresceram 32% no 1TRI, na comparação anual, para R$ 616 milhões.
CARREFOUR. Venda bruta consolidada cresceu 3,6% no 1Tri25, a R$ 28,8 bilhões, sobre 1Tri24. Vendas mesmas lojas subiram 6,9% no Atacadão, e 2,6% nas unidades de varejo…
… No Sam’s Club, as vendas mesmas lojas caíram 3,8%, segundo a prévia operacional divulgada ontem.
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