Crise é monitorada, mas não afeta ativos
… Mais um dado do emprego nos EUA será divulgado hoje: a pesquisa ADP com as vagas no setor privado (9h15), em meio às expectativas pelo payroll (amanhã), que pode ajustar as apostas ao juro. Nesta 3ªF, números fortes do relatório Jolts e do PMI industrial esvaziaram qualquer reação a Powell, que admitiu em Sintra uma ação do Fed “em algum momento”. Os indicadores positivos e a aprovação do pacote fiscal de Trump puxaram as taxas dos Treasuries. Aqui, a produção industrial (9h) é destaque da agenda, com previsão de queda de 0,5%, enquanto a decisão do governo de recorrer ao STF para manter o aumento do IOF teve pouca influência nos ativos, apesar de render grande espaço no noticiário político. O mercado monitora o embate sem saber no que vai dar. A única certeza é que antecipou a campanha eleitoral de 2026.
… Em que pesem preocupações sobre a pauta econômica no Congresso, governistas sustentam que o Planalto ficou sem alternativa após o presidente da Câmara, Hugo Motta, romper o acordo com a Fazenda e aprovar de surpresa o Projeto de Decreto Legislativo (PDL).
… Se Lula não respondesse, dizem os aliados, estaria jogando fora o último ano do seu mandato, ficando ainda mais (do que já está) refém do Legislativo. O presidente foi para o jogo desafiado pelo Congresso, o primeiro a radicalizar.
… O discurso do “nós contra eles”, recuperado por Lula e Haddad, antecipa a mensagem do PT para a disputa do ano que vem.
… A partir de agora, é ver como as coisas evoluem, se para uma crise crônica ou para uma acomodação, que não pode ser descartada em se tratando de política, onde o desenho das nuvens muda a todo instante.
… Como reação inicial, parlamentares ameaçam atrapalhar a votação do projeto de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil/mês. A apresentação do parecer do deputado Arthur Lira, prevista para a última 6ªF, foi adiada em acordo com a Fazenda.
… Deputados avisam que dificilmente o texto será votado antes do recesso parlamentar, marcado para começar em 18 de julho, e líderes dizem, nos bastidores, que a crise afetará toda a agenda do governo no Legislativo.
… A MP com novas medidas de arrecadação, entre elas a taxação de aplicações financeiras e de bets, também estaria ameaçada, assim como o projeto que visa a financiar o programa Tarifa Social, para isentar a população de baixa renda das contas de luz.
… Parlamentares também estão irritados com o tom de campanha e com vídeos que circulam nas redes sociais, que pintam o Congresso como “inimigo do Brasil” ou ilustram um cabo de guerra entre a classe média (“atraso”) e o trabalhador (“avanço”).
… No Estadão, irritados com o Planalto, deputados dizem que as retaliações podem aumentar mais, pois há na sala de espera Propostas de Emenda à Constituição para proibir o Executivo de aumentar impostos por MP e até para extinguir o IOF.
… A decisão de recorrer ao STF foi anunciada em entrevista do Advogado Geral da União, Jorge Messias, pela manhã, argumentando que a derrubada do decreto que aumentou o IOF pelo Congresso viola o princípio da separação dos poderes.
… A ação está com o ministro Alexandre de Moraes, que trabalha no recesso do Judiciário e pode dar uma liminar a qualquer momento.
… Haddad disse que para fechar o orçamento de 2026 com cumprimento da meta de superávit de 0,25% do PIB precisa do IOF, além de corte de R$ 15 bilhões em benefícios tributários e dos efeitos da MP com elevação de impostos sobre bets e aplicações financeiras.
NÃO É BEM ASSIM – Apesar do acirramento do ambiente político, o Senado aprovou ontem à noite a MP do Fundo Social, incluindo a permissão para o leilão de petróleo e gás excedentes do pré-sal, e que pode arrecadar até R$ 20 bilhões ao governo.
… O texto, que havia sido aprovado pela Câmara, precisa ser sancionado até amanhã, 5ªF, para não perder a validade.
MAIS AGENDA – A retração de 0,50% para a produção industrial em maio (9h), segundo a mediana do Broadcast, após alta de 0,10% em abril, já deve refletir a perspectiva de acomodação da atividade no segundo trimestre, pelo efeito do juro elevado.
… Segundo economistas, a despeito da expectativa de queda, a indústria extrativa ainda deve apresentar bom desempenho no mês.
… Antes (8h), sai o IPC-S Capitais e, à primeira hora do dia (5h), o IPC-Fipe de junho.
… Estão ainda na agenda o emplacamento de veículos em junho, da Fenabrave, e o fluxo cambial semanal do BC (14h30).
… Às 12h30, o diretor de Política Monetária do BC, Nilton David, participa de conferência do Citi em São Paulo, e, às 13h30, o diretor de regulação do Banco Central, Gilneu Vivan, participa de evento da ABBC.
LÁ FORA – O relatório ADP de criação de empregos no setor privado (9h15) é o dado mais relevante, com previsão de ter aberto 103 mil vagas em junho, contra apenas 37 mil em maio. Ontem, o Jolts já veio forte, superando as estimativas.
… A pesquisa mostrou abertura de 7,769 milhões de postos de trabalho em maio, contra projeção de 7,3 milhões. A grande expectativa é pela divulgação do payroll de junho, cuja divulgação será antecipada para amanhã (5ªF), em virtude do feriado de 4 de Julho.
… Às 11h30, o DoE divulga os estoques de petróleo nos Estados Unidos, que, na semana anterior, caíram 5,8 milhões de barris.
… Na Zona do Euro, a Eurostat divulga a taxa de desemprego em maio (6h) e dois dirigentes do BCE falam: Luis Guindos (5h) e Philip Lane (7h30). A presidente do banco, Christine Lagarde, volta a discursar hoje (11h15).
CHINA – Divulga no final da noite (22h45) o PMI/Caixin do setor de serviços em junho.
O LINDO PROJETO – O presidente da Câmara dos Estados Unidos, Mike Johnson, afirmou que os republicanos irão trabalhar rapidamente para aprovar até o dia 4 de julho o texto do projeto de lei orçamentário de Trump, que passou ontem no Senado.
AFTER HOURS – Tranquilizados por terem passado nos testes de estresse do Fed, o JPMorgan e Morgan Stanley anunciaram aumento de dividendos após o fechamento, mas terminaram o pregão estendido com altas moderadas.
… Os papéis do JPMorgan subiram 0,29% e as ações do Morgan Stanley avançaram 0,33%.
VEIO A CALHAR – Vindo de três pregões de alívio firme, o dólar estava só precisando de uma justificativa para desencadear uma correção e, neste contexto, a decisão do governo de judicializar o IOF caiu como uma luva.
… Também para a curva do DI, que havia queimado bastante prêmio no dia anterior, a crise em Brasília atuou no pano de fundo para facilitar uma realização natural de lucro, puxada ainda pela alta dos juros dos Treasuries.
… Na parada estratégica, depois de ter caído quase 5% no acumulado de junho, o dólar à vista fechou em alta de 0,50%, a R$ 5,4612. Mas pode permanecer abaixo de R$ 5,50, se der tudo certo com o payroll e com as tarifas.
… Além disso, o câmbio tem a Selic altamente atrativa, a 15%, como trunfo para manter o real apreciado.
… Para a Genial Investimentos, embora a dinâmica de preços esteja mais construtiva no curto prazo e o Caged de maio tenha indicado atividade mais fraca, o ciclo de cortes do juro pelo BC só deve começar no 2Tri do ano que vem.
… Segundo a casa, a conjuntura de expansionismo fiscal e as expectativas inflacionárias ainda desancoradas devem levar o BC a manter a Selic no nível atual por um período “bastante prolongado”, como o Copom já prometeu.
… Quebrando o efeito positivo da recente rodada de indicadores inflacionários, que mostraram perda de fôlego dos preços, causou surpresa ontem o reajuste médio de 13,94% das tarifas de energia elétrica da Enel em SP.
… O porcentual veio quase no triplo do esperado pela gestora de investimento ASA, que esperava 5% e elevou a projeção para o IPCA de junho de 0,12% a 0,21%, avisando que a aposta para o ano (5,2%) também deve subir.
… Um dia depois de terem derretido, os juros futuros ensaiaram uma acomodação, com o IOF e o aumento das taxas dos Treasuries no radar. Os contratos fecharam com sinais mistos, mas todos pertos dos ajustes.
… No fechamento, o DI para Jan/26 marcava 14,915%, na mínima do dia (de 14,928% no ajuste anterior); Jan/27, 14,105% (de 14,090%); Jan/29, 13,080% (de 13,068%); Jan/31, 13,160% (de 13,184%); e Jan/33, 13,230% (13,285%).
… Lá fora, os rendimentos dos Treasuries foram pressionados pelo pacote orçamentário de Trump, que passou raspando no Senado (51 x 50) e pode acentuar o déficit fiscal. Além disso, os indicadores econômicos exibiram força.
… Às vésperas do payroll, o relatório de emprego Jolts mostrou resultado melhor que o consenso, como se viu.
… No termômetro da atividade econômica, o PMI/ISM subiu de 48,5 em maio para 49 em julho (projeção: 49,1). Também o PMI medido pela S&P Global avançou no período, de 52 para 52,9, contra aposta de manutenção.
… Os indicadores reforçaram a percepção de que o tarifaço ainda não custou danos maiores à economia americana.
… A Note de 2 anos pagou 3,774%, contra 3,722%, e o retorno da Note-10 anos subiu a 4,247%, de 4,237%, apesar de Powell não ter descartado corte de juro já este mês, embora tenha recomendado esperar pelos próximos dados.
DIVISOR DE ÁGUAS – Como disse um economista do BofA às agências internacionais, estranhamente, os mercados ignoraram o comentário de Powell, no fórum em Sintra, de que “julho não é cedo demais para cortar os juros”.
… “Eu não tiraria nenhuma reunião da pauta, depende dos indicadores”, foi o que ele disse, deslocando toda a expectativa para o payroll de amanhã, que, se vier bem ruim, aí sim pode animar as apostas de corte antecipado.
… Até aqui, o placar do CME dá muito mais chance de o juro cair em setembro (91%) do que em julho (21%).
… Já no clima de esperar para ver como virá o relatório do emprego, o índice DXY do dólar não quis se arriscar e rondou próximo da estabilidade (-0,06%, a 96,819 pontos), anulando a alta exibida mais cedo com o “beautiful bill”.
… Às custas de um rombo no déficit público, o projeto de impostos e gastos de Trump promete turbinar a economia americana, neste momento em que o dólar vem tão desprestigiado pelos impactos da guerra das políticas tarifárias.
… O tombo de quase 11% do DXY no primeiro semestre dá a medida do estrago causado pelo protecionismo.
… As oscilações ontem no câmbio foram limitadas, na contagem regressiva para o indicador decisivo da semana. O euro avançou 0,11%, a US$ 1,1788, a libra esterlina ficou em US$ 1,3740 (+0,06%) e o iene subiu para 143,79/US$.
… Em Sintra, saiu fortalecida a aposta de que o BoJ deve manter o juro na reunião do final do mês (dias 30 e 31).
… Depois das marcas históricas renovadas na véspera, o S&P 500 (-0,11%, aos 6.198,01 pontos) e o Nasdaq (-0,82%, aos 20.202,89 pontos) pararam para tomar fôlego antes do payroll. Só o Dow Jones subiu: 0,91% (44.495,06 pontos.
… Quem também está flertando com recordes inéditos é o Ibov (+0,5%), que ontem superou os 139 mil pontos e marcou o terceiro melhor fechamento de todos os tempos (139.549,43 pontos), só perdendo para os picos de maio.
… Pouco mais de 500 pontos separam o índice à vista de seu recorde histórico (140.109,63). A XP mantém a aposta de que a bolsa não só cruzará este nível, como fechará o ano em 150 mil pontos, de olho nos cortes da Selic.
… Depois de uma curta realização de lucro de um dia apenas, Vale voltou a subir forte (ON, +1,35%, a R$ 53,36), animada pelo PMI industrial da China, medido pelo setor privado, que voltou ao território de expansão em junho.
… De olho na demanda chinesa, o petróleo Brent para setembro avançou 0,55%, a US$ 67,11 o barril, e motivou a Petrobras, ajudando a sustentar o Ibovespa. O papel ON ganhou 0,41%, a R$ 34,23, e PN, +0,35%, a R$ 31,49.
… Entre os papéis dos bancos, só BB ON caiu (-0,81%, a R$ 21,91). Já Itaú registrou valorização de 0,46% (R$ 37,10), Bradesco PN (+0,91%, a R$ 16,68), Bradesco ON (+0,48%, a R$ 14,35); e Santander unit (+2,02%, a R$ 30,29).
… Na liderança do ranking de altas, Embraer (+4,42%) anunciou pedido de US$ 4 bi da Scandinavian Airlines (SAS).
EM TEMPO… As empresas listadas no NOVO MERCADO rejeitaram a proposta da B3 de mudanças no regulamento…
… No total, 152 empresas do segmento votaram: 74 contra todas as propostas, 8 a favor de todas e 70 a favor de algumas propostas. Como mais de 1/3 das companhias foi contrária, as alterações não serão implementadas.
BANCO MASTER. O Banco de Brasília (BRB) informou que ainda não recebeu nenhuma comunicação por parte do BC sobre irregularidades na venda de ativos do Master, o que poderia inviabilizar a negociação de compra de 58%.
MINERVA aprovou 17ª emissão de debêntures simples, de R$ 2,5 bi, com opção de exercício de lote adicional…
… Recursos serão utilizados para investir nas atividades industriais e relações com produtores rurais, como compra e venda de gado.
IGUATEMI iniciou ciclo de administração do shopping Pátio Paulista, localizado no bairro da Bela Vista, em SP…
… Em abril, companhia anunciou que havia sido concluída a compra de participações majoritárias no Pátio Higienópolis e no Pátio Paulista, em parceria com um grupo de sócios, pelo total de R$ 2,58 bilhões.
LOCALIZA. Conselho decidiu propor em AGE incorporação da sua subsidiária integral Locamerica, como parte da estratégia de simplificação societária e ganho de eficiência operacional; assembleia está marcada para 1º/8.
TELEFÔNICA informou a aprovação da incorporação da TLF IoT pela T.Cloud Brasil, ambas sociedades controladas pela companhia.
GOL registrou prejuízo líquido de R$ 1,42 bilhão em maio, com receitas de R$ 1,54 bilhão, segundo prévia operacional divulgada ao tribunal dos EUA, como parte de seu processo de recuperação judicial (“chapter 11”)…
… Companhia destacou que prejuízo exclui o resultado negativo de R$ 271 milhões de variação cambial e resultado negativo de R$ 588 milhões referente à marcação à mercado do SN28.
AOS ASSINANTES DO BDM, BOM DIA E BONS NEGÓCIOS!
*com a colaboração da equipe do BDM Online
AVISO – Bom Dia Mercado, produzido pela Mídia Briefing, não pode ser copiado e/ou redistribuído.
Governo pode entrar hoje no STF para manter IOF
… Painel do Fórum de Sintra, em Portugal, reúne hoje (10h30) os presidentes do Fed, Jerome Powell; do BoJ, Kazuo Ueda; do BoE, Andrew Bailey; e do BCE, Christine Lagarde. A agenda internacional prevê, ainda, índices PMIs industriais na Europa e nos EUA, onde também será divulgado o relatório Jolts de abertura de vagas – importante na semana do payroll (5ªF), que acelera as expectativas de corte antecipado do juro. NY também acompanha as negociações para os acordos comerciais e os impactos do projeto fiscal de Trump. Aqui, em dia sem indicadores, será lançado o Plano Safra, enquanto o mercado monitora a crise político-institucional, que ameaça escalar com a decisão do governo de judicializar o caso para manter o decreto do presidente Lula que elevou as alíquotas do IOF.
… Segundo apurou o Valor, o governo deve entrar nesta 3ªF com uma ação no STF para questionar a derrubada do decreto que elevou as alíquotas do IOF. O Executivo será autor de um recurso próprio, em paralelo à ADIN do PSOL que já transmita na Corte.
… Um dos pontos do questionamento da AGU deverá ser o descumprimento de um dispositivo constitucional que permite ao Congresso “sustar os atos normativos do Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa”.
… No entendimento do governo, é direito do Executivo elevar as alíquotas do IOF, como ato do seu poder regulamentar.
… A arrecadação prevista com o decreto – estimada em R$ 12 bilhões pela Receita – é considerada fundamental pela equipe econômica para atingir a meta de déficit zero este ano, prevista no arcabouço fiscal.
… Apesar do recesso do Judiciário a partir de hoje, o ministro Alexandre de Moraes vai trabalhar e já analisa a ação do PSOL contra o PDL. Uma decisão liminar do ministro, designado como relator do caso, poderá sair a qualquer momento.
… Ao contrário das especulações de bastidores da semana passada, Lula decidiu não chamar Motta e Alcolumbre para conversar.
… O Planalto está convencido de que não pode deixar pra lá ou sairá desse embate ainda mais enfraquecido e nas mãos do Congresso. A indignação no governo é geral, baseando-se na avaliação de que os presidentes da Câmara e do Senado “quebraram um acordo”.
… Não só Haddad, mas também o presidente Lula reforçam o discurso da justiça tributária que transfere ao Congresso a responsabilidade de não atender os mais pobres, o que levou Motta a acusar o governo de promover uma “polarização social” no País.
… Nas redes sociais, logo pela manhã, divulgou vídeo no qual afirma que o Planalto “alimenta o nós contra eles”.
… No Globo, a colunista Bela Megale informou que Hugo Motta mandou um recado duro ao governo sobre as consequências de ir ao STF para questionar derrubada do IOF, afirmando que o gesto só fará o Congresso querer dobrar a aposta nos embates com o Planalto.
… “Se o governo judicializar, abrirá mão de governar com os parlamentares para governar com o STF.”
… Pouco depois, Haddad reagiu, dizendo que o governo Lula vai continuar fazendo justiça social. “Pode gritar, pode discutir, não podemos esquecer que estamos entre as dez piores economias do mundo entre distribuição de renda.”
… Também Lula disse, durante cerimônia no Palácio do Planalto, que um país “começa a ser justo pela tributação”.
… Em contrapartida à “traição” do Congresso, o presidente engaveta o projeto que aumentou o número de deputados de 513 para 531. Ele não deve vetar, mesmo porque os três líderes do governo votaram a favor, mas também não deve sancionar.
… Caberá ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, promulgar a matéria, arcando com o ônus da proposta que caiu muito mal.
HERÓI – Em rota de colisão com o governo após comandar a sessão que derrubou as mudanças no IOF, Hugo Motta recebeu homenagem de empresários e políticos da direita e da centro-direita em São Paulo, em jantar na casa de João Doria.
… Em discurso no evento, Motta afirmou que não quer “arroubos e nem criar instabilidade”, mas que a votação da última semana “foi o retrato de um Parlamento muito aguerrido, pronto para fazer um enfrentamento a favor do País”.
… Já Doria disse que Motta convenceu os parlamentares de que a derrubada do IOF não era contra o governo Lula e sim uma “decisão a favor do Brasil”. “Eu mandei mensagem pra ele essa semana e agora reafirmo: Hugo, você é o herói do Brasil”.
… Nas redes sociais, Doria escreveu: “Recebemos em nossa casa para jantar o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta, que tem se revelado uma grande liderança, dedicado às causas do Brasil. O empresariado aplaude sua postura, equilíbrio e firmeza.”
ACORDOS COMERCIAIS – A decisão do Canadá de revogar o imposto retroativo sobre serviços digitais deu impulso às negociações com os EUA, projetando a expectativa de que novos acordos comerciais poderão ser anunciados antes do dia 9.
… O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, garantiu que haverá uma “enxurrada de acordos” antes de acabar o prazo da trégua das tarifas recíprocas, afirmando que a decisão de estender o tempo de negociações dependerá de Trump.
… “Ainda podemos voltar às tarifas de 2 de abril. Se as nações forem recalcitrantes, as tarifas poderão aumentar novamente.”
… Segundo informou a Casa Branca, Trump planeja fazer uma reunião nesta semana com sua equipe de comércio para definir tarifas.
… Entre os países que estão com as negociações bem encaminhadas está a Índia, que deve fechar em breve um acordo. Já o Japão está na mira de Washington. Trump foi às redes sociais para dizer que enviará “apenas uma carta” ao governo de Tóquio.
… A União Europeia deve aceitar as tarifas universais, mas buscará isenções, segundo fontes da Bloomberg.
… A UE estaria disposta a aceitar uma tarifa de 10% sobre muitas de suas exportações. Em troca, negocia a isenção para os setores de automóveis e peças automotivas, além de uma redução de 50% sobre aço e alumínio exportados aos EUA.
MAIS CORTES – Goldman Sachs antecipou sua previsão de queda do juro pelo Fed, de dezembro para setembro, citando um impacto das tarifas na inflação menor que o esperado anteriormente. O banco agora espera três cortes neste ano.
… Trump voltou a pressionar o Fed e a dizer que os juros deveriam estar “em 1% ou até menos”. “Jerome, você está, como sempre, muito atrasado. Você está custando uma fortuna aos EUA — e continua fazendo isso. Você deveria reduzir os juros drasticamente!”
… No Brasil, o Bradesco manteve a expectativa de corte da Selic ainda este ano, afirmando que o cenário macroeconômico global positivo neste primeiro semestre permitirá ao Banco Central reduzir a taxa de juro básica em 0,50pp em dezembro.
… O banco ainda reduziu a projeção do dólar frente ao real para R$ 5,50, avaliando que as incertezas das tarifas e a política fiscal dos EUA enfraqueceram o dólar. A estimativa do IPCA/2025 foi revista de 5,4% para 5% e para o PIB subiu de 1,9% para 2,1%.
… Nesta 2ªF, com o dólar no menor valor desde setembro do ano passado (R$ 5,43), a expectativa de corte antecipado dos juros pelo Fed derrubou os yields dos Treasuries e afundou a curva do DI, influenciada também pelo Caged mais fraco (leia abaixo).
CHINA HOJE – PMI/Caixin industrial subiu de 48,3 em maio para 50,4 em junho, superando a expectativa de 49,8.
JAPÃO HOJE – O PMI industrial subiu de 49,4 em maio para 50,1 em junho. O indicador voltou a ficar no patamar neutro de 50, indicando estabilidade da atividade. Esse é o maior nível do PMI industrial japonês desde maio/24.
MAIS AGENDA – Índices PMI industrial de junho (leitura final) serão divulgados à primeira hora do dia na Alemanha, Zona do Euro e Reino Unido. Nos EUA, o dado da S&P Global (10h45) tem previsão de 49,3 (52 em maio). Às 11h, sai o ISM, que deve ficar em 49,1.
… Também às 11h, o Depto do Trabalho divulga o relatório Jolts, com abertura de vagas em maio. Previsão de estabilidade: 7,30 milhões.
… O Fórum de Sintra, em Portugal, reúne em painel às 10h30 os presidentes de Fed, do BCE, BoE e BoJ. O Brasil é representado em painel mais cedo (8h30) pelo diretor de Política Monetária do Banco Central, Diogo Guillen.
… O IPC-S de junho (8h) deve registrar alta de 0,21%, na mediana de pesquisa do Broadcast.
PLANO SAFRA – Será apresentado no Planalto, com a presença do presidente Lula, com previsão de R$ 8 bilhões a mais para o período de 2025/2026, com um total de R$ 516,2 bilhões para a agricultura empresarial, segundo apurou o Estadão.
TRUMPOLIM – As notícias de que as negociações comerciais dos EUA estão avançando pouco antes do deadline da retomada das tarifas recíprocas (9/7) enfraqueceram o dólar globalmente e deram uma injeção de ânimo ao real.
… Desde setembro, a moeda brasileira não valia tanto contra a rival americana, que caiu 0,89% ontem, para R$ 5,4341. O real foi tão bem nesta 2ªF, que marcou o melhor desempenho da lista das divisas mais líquidas do mundo.
… Houve sim o fator especulativo da briga de fim de mês da ptax (-0,34%; R$ 5,4571), com a atuação mais firme dos vendidos. Mas a queda de quase 5% do dólar em junho e de 12% no primeiro semestre revela tendência de baixa.
… Por si só, a Selic alta do jeito que está já explicaria, em grande medida, o fluxo para o câmbio, justificando a apreciação do real. Mas tem o “plus a mais” do exterior, com a reputação do dólar em xeque e cortes do Fed à vista.
… Se Trump aliviar a barra do tarifaço e esvaziar as pressões inflacionárias contratadas, a leitura do mercado é de que, eventualmente, o juro dos EUA possa cair até três vezes este ano (setembro, outubro e dezembro).
… Trump diz que todo o conselho do Fed deveria “se envergonhar por permitir taxas tão altas”.
… Mas como Powell, o dirigente Raphael Bostic resiste à pressão. “O Fed tem tempo para esperar para ver”, defende. “Precisamos de mais informações [tarifas] para saber o que vem a seguir em termos de política monetária”.
… Mas é promissor ver Bessent falando em uma “onda de acordos comerciais” nos próximos dias, enquanto as negociações com o Canadá serão retomadas e a UE estaria disposta a aceitar tarifa universal de 10%.
… Na medida em que uma redução dos riscos protecionistas pode reprecificar o tamanho da flexibilização do Fed, o índice DXY atingiu ontem seu menor valor em três anos. Fechou em queda de 0,54%, abaixo dos 97 pontos (96,875).
… Foi um semestre difícil para o índice do dólar (-10,7%), com a supremacia da moeda americana sendo posta à prova, diante de toda a turbulência armada por Trump, que abalou as convicções do mercado em relação ao câmbio.
… Ontem, o iene (144,15/US$), o euro (+0,60%, a US$ 1,1780) e a libra (+0,09%, a US$ 1,3722) voltaram a subir.
#TMJ – Sem desperdiçar a oportunidade, a curva do DI aproveitou para colar na queda do dólar e derreter na ponta longa para o menor nível do ano, refletindo os progressos nas negociações comerciais com os EUA e o Caged fraco.
… A criação de 148,9 mil vagas de empregos formais, abaixo da mediana das estimativas, de 171,8 mil, levantou a lebre de que o mercado de trabalho possa estar, finalmente, exibindo os primeiros sinais de redução de ritmo.
… Até agora, a mão-de-obra vinha bombando e era um dos melhores argumentos para o Copom não se precipitar sobre o início do ciclo de cortes do juro. A se confirmar a perda de fôlego do emprego, o jogo da Selic pode mudar.
… Também as expectativas de inflação para este ano não param de cair na Focus. A mediana das apostas para o IPCA está agora em 5,20%, contra 5,68% no início de março. Segue muito acima ainda da tolerância da meta, de 4,5%.
… Mas alguns economistas ouvidos pelo Valor já veem inflação em 5% ou menos este ano, diante da fraqueza global do dólar, da melhora nos preços dos alimentos e de um arrefecimento recente na inflação do setor de serviços.
… Pelo menos três casas revisaram ontem o cenário para o IPCA. O Banco Inter já espera inflação abaixo de 5,0% no ano, de 4,9%, contra 5,3% anteriormente. A Santander Asset Management Brasil (SAM) reduziu de 5,3% para 5,1%.
… O Bradesco, como se viu, diminuiu sua estimativa de 5,4% para 5,0% e mantém a expectativa de corte da Selic em dezembro, apesar de o Copom se lançar a todos os esforços contra um início prematuro do ciclo de queda.
… De ponta a ponta, os juros futuros caíram ontem, despencando no trecho longo ao menor nível desde novembro.
… No fechamento, o DI para Jan/26 marcava 14,925% (de 14,931% no ajuste anterior); Jan/27, 14,095% (contra 14,181% na última 6ªF); Jan/29, 13,070% (de 13,316%); Jan/31, 13,170% (de 13,477%); e Jan/33, 13,270% (13,600%).
… O tombo dos juros deu um choque de otimismo nas ações mais sensíveis ao ciclo econômico (varejo, consumo e construtoras). MRV (+7,6%) teve o preço-alvo elevado pelo Citi de R$ 6,40 para R$ 6,70 e liderou os ganhos do Ibov.
… Eztec avançou 3,42% e Cyrela, +2,03%. No varejo, o dia foi de rali para a Magalu (+5,91%), Vivara (+3,25%), Assaí (+1,99%) e Natura (+1,66%). Azzas 2154 disparou 4,70%, após divulgar mudanças em seu conselho de administração.
NA TORCIDA – Além de o Ibov ter incorporado o impacto positivo da queima de prêmios no DI, refletiu o cenário externo, com a esperança de que a guerra comercial seja superada e libere o Fed para baixar o juro o quanto antes.
… O índice à vista da bolsa doméstica terminou o dia com ganho de 1,45%, aos 138.854,60 pontos, e giro de R$ 20,5 bilhões. No acumulado de junho, o Ibovespa avançou 1,33%. No primeiro semestre, ligou o turbo e subiu 15,44%.
… Foi o melhor resultado para o período desde 2016, segundo dados compilados pelo Valor. As incertezas sobre a política tarifária dos EUA favoreceram a rotação global de portfólios e uma entrada de k externo na bolsa brasileira.
… Destaques de alta na primeira metade do ano, os bancos faturaram os balanços fortes do 1Tri. Bradesco PN disparou mais de 50% desde que 2025 começou. Ontem, o papel operou em alta de 1,57%, cotado a R$ 16,83.
… As ações do setor financeiro começaram a semana subindo em bloco: Bradesco ON com valorização de 1,61%, a R$ 14,51; Itaú PN avançou 1,87%, a R$ 36,95; Santander unit, +1,85%, a R$ 29,69; e BB ON, +1,66%, a R$ 22,09.
… Vinda de uma escala recentes, as ações da Vale aproveitaram para testar alguma realização de lucros no pregão de ontem (-0,66%, a R$ 52,65), tendo como gatilho o PMI oficial industrial da China, abaixo de 50 há três meses.
… CSN perdeu 0,80%, a R$ 7,44, e Usiminas, -0,72%, a R$ 4,12. O Valor noticiou que o Cade deu 60 dias para a CSN apresentar plano de venda das ações que detém na Usiminas, no imbróglio que se arrasta há mais de uma década.
… Petrobras ON avançou 0,86% (R$ 34,09) e PN subiu 0,54% (R$ 31,38), apesar de o petróleo Brent ter caído 0,24%, a US$ 67,61 por barril, antecipando aumento da produção pela Opep+ no próximo domingo, em 411 mil bpd.
… Caso confirmado, esse será o quarto aumento consecutivo na oferta pelo cartel e os seus aliados e o acréscimo total atingirá 1,78 milhão de bpd no ano, o equivalente a mais de 1,5% da demanda global total.
TOMORROWLAND – Como disse a equipe de estrategistas de ações americanas do Morgan Stanley, o mercado acionário de NY não vai esperar por um sinal explícito de mudança mais dovish do Fed e tende a se antecipar.
… Pensando lá na frente e de olho nas negociações comerciais de Trump, o S&P 500 (+0,52%, a 6.204,95 pontos) e o Nasdaq (+0,47%, a 20.369,73 pontos) renovaram os picos históricos. O Dow Jones subiu 0,63%, a 44.094,77 pontos.
… No mês de junho, as altas acumuladas pelos três principais índices acionários de Wall Street foram de, respectivamente, 4,96%, 6,57% e 4,32%. Nos últimos seis meses, foram de 5,50%, 5,48% e 3,64%, pela ordem.
… “O mercado financeiro parece ter a impressão de que os argumentos para cortes de juros pelo Fed cresceram, conforme os efeitos das tarifas do governo Trump seguem nulos”, avalia o banco canadense BMO, em nota.
… O juro da Note de 2 anos caiu a 3,722%, contra 3,737% no pregão anterior, e o de 10 anos, a 4,237%, de 4,273%.
EM TEMPO… TELEFÔNICA BRASIL, dona da Vivo, declinou de informar se procede a informação da imprensa espanhola sobre potencial venda de parte da companhia. “A empresa não vai comentar”, afirmou ao Broadcast…
… Segundo o veículo El Economista, o grupo espanhol Telefónica, controlador da Telefônica Brasil, está analisando alternativas para levantar recursos que lhe permitam fazer aquisições e consolidar o mercado na Europa…
… Para isso, o grupo poderia realizar um aumento de capital e vender cerca de 20% do capital da Telefônica Brasil, do qual atualmente detém 70%.
RD SAÚDE aprovou pagamento de R$ 131,8 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,0769 por ação, com pagamento até 5/12; ex em 4/7.
EQUATORIAL ENERGIA anunciou a realização da sua nona emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única, no valor de R$ 300 milhões.
NEOENERGIA concluiu venda de 70% da usina hidrelétrica de Baixo Iguaçu para a Copel por R$ 1,05 bilhão; com a venda, a empresa não detém mais nenhuma participação na usina.
ENEVA contratou financiamento de R$ 500 mi junto ao Banco da Amazônia, com repasse de recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), para avançar na construção e implementação do Projeto Azulão.
AMBIPAR informou que sua AGE, iniciada e suspensa em 25/6, foi retomada ontem, mas acabou sendo cancelada pelos acionistas presentes…
… Assembleia tinha como objetivo deliberar sobre a proposta de reorganização societária divulgada em fato relevante de maio…
… De acordo com a companhia, assembleia será reconvocada oportunamente, após confirmação das formalidades para implementação da primeira etapa…
… Empresa fez parceria com a B3 Digitas para a negociação de créditos de carbono tokenizados; cada token AMBI equivale a uma tonelada de crédito de carbono certificado e a negociação dos ativos deve começar no dia 8 de julho.
BB SEGURIDADE aprovou a distribuição de R$ 3,770 bilhões em dividendos; valores a serem distribuídos por ação e data de pagamento serão informados após a divulgação dos resultados do 2TRI, prevista para 4/8.
REVISÃO DO NOVO MERCADO. Conselho do ASSAÍ aprovou 21 das 25 cláusulas da proposta da B3; CBA aprovou 20 itens; ENEVA aprovou 18 itens; JHSF aprovou 16 itens; e EZTEC aprovou 13 itens…
… COGNA, ALLOS, MAGAZINE LUIZA, EQUATORIAL, HAPVIDA e LWSA rejeitaram integralmente a proposta; BRAVA ENERGIA rejeitou quatro propostas e se absteve em relação às outras 21 medidas.
LWSA. Conselho aprovou aumento do capital social, em decorrência do 14º plano de opção de compra de ações da empresa, no valor de R$ 5.447.274,00, mediante a emissão de 3.112.728 ações ON, com o preço de R$ 1,75 cada…
… Com o aumento, capital social passou a ser de R$ 2.825.298.694,67, repartido em 565.999.206 papéis ON.
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Feriado nos EUA encurta semana do payroll
… Semana mais curta com o feriado de 4 de Julho nos EUA, que fecha os mercados em NY mais cedo desde a véspera, tem como destaque o fórum do BCE em Sintra, com a participação de vários banqueiros centrais, além da expectativa com avanço nos acordos comerciais de Trump, quando se aproxima o deadline da trégua das tarifas “recíprocas”, no dia 9. Na agenda dos indicadores, o payroll será divulgado na 5ªF, com potencial para ajustar as expectativas para os juros, enquanto índices PMI da indústria e de serviços medem a atividade global. No Brasil, saem hoje os dados consolidados do setor público e o Caged e, na 4ªF, a produção industrial de maio. A crise institucional entre governo e Congresso segue no radar do investidor, com a possibilidade de o Planalto recorrer ao STF para manter o decreto do IOF.
… No Valor, a jornalista Maria Cristina Fernandes escreveu que Lula ficou “indignado com a usurpação da competência do Executivo pelo Congresso” e que a decisão de judicializar tenta evitar que o precedente criado no caso do IOF vire uma regra.
… O presidente pediu à AGU uma avaliação sobre a constitucionalidade da derrubada do decreto presidencial que elevou o IOF e havendo um parecer favorável, o Supremo será acionado. Segundo Haddad, Lula não pode abrir mão de recorrer.
… Em entrevista à GloboNews na 6ªF, o ministro afirmou que o ambiente político não está colaborando para um alívio no Orçamento. Em 2024, disse ele, o governo encaminhou “seis ou sete medidas ao Congresso que fechariam as contas, mas nem tudo foi bem recebido”.
… Haddad reiterou que não tem a intenção de mudar a meta fiscal, como muita gente no mercado já acredita para 2026, dizendo que vai perseguir aquilo que já foi anunciado. A meta para o ano que vem é de um superávit de 0,25% do PIB (R$ 34,3 bilhões).
… Para 2025, mesmo sem o IOF, com o qual a equipe econômica esperava arrecadar R$ 12 bilhões, o consenso é de que as chances de se atingir a meta de déficit zero são boas, já que o governo congelou R$ 31,3 bilhões e contará com receitas extraordinárias.
… Tanto Lula como Haddad estão marcando posição contra “o andar de cima” nesse embate.
… Em evento na Faculdade de Direito da USP, o ministro disse que os mais ricos querem fazer um ajuste fiscal no Brasil para o “pobre da periferia pagar”. “Quando chama o pessoal da cobertura para pagar o condomínio, o ajuste deixa de ser interessante.”
… Ainda na entrevista, Haddad disse que não consegue entender o que aconteceu depois da reunião com líderes naquele domingo, no dia 9 de junho. “Eu saí de lá com a sensação de que estava 100% resolvido o encaminhamento da MP e o novo decreto do IOF.”
… Ele disse que “não quer crer” que a motivação do rompimento do acordo com Motta e Alcolumbre tenha sido eleitoral, acrescentando que não foi informado da mudança de comportamento dos presidentes da Câmara e do Senado. “Não fui informado, nada.”
… Há informações de que Lula deve chamar Motta e Alcolumbre para conversar, mas a disposição de levar o caso ao STF continua de pé. O Planalto nem precisaria entrar, já que o PSOL se antecipou e já recorreu ao Supremo com uma Ação de Inconstitucionalidade.
… O ministro Gilmar Mendes foi sorteado como relator, mas o decano pediu ao presidente da Corte, Luiz Roberto Barroso, para passar o caso para Alexandre de Moraes, que relatou o processo movido pelo PL, no início do mês, pela derrubada do decreto do IOF.
TARIFAS – Em entrevista à Fox News neste domingo, Trump defendeu sua política tarifária, cuja pausa se encerra na próxima semana, no dia 9 de julho. Ele afirmou que seu governo “está indo bem” nas negociações que envolvem as taxas.
… E voltou a ameaçar: “Quando a pausa nas tarifas acabar, os países que não fecharam acordos receberão uma carta dizendo: Parabéns, você pode comercializar com os Estados Unidos, uma honra para nós. Mas, você terá que pagar uma tarifa de 25%.”
… O presidente também sinalizou que qualquer retaliação escalará a crise. “Daremos a resposta será equivalente.”
… Mas a cada hora, Trump diz uma coisa. Ainda na 6ªF, evitou cravar o deadline, afirmando que “9 de julho não é uma data final para os acordos”. Há especulações de que a data possa ser estendida até o Dia do Trabalho dos Estados Unidos, em 1º de setembro.
… O presidente disse que já foram fechados acordos com China, Reino Unido e “outros quatro países”, repetindo que espera fechar com a Índia em breve. Já com o Canadá, Trump encerrou as negociações, após o país impor tributação retroativa sobre serviços digitais.
… Também o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que os EUA devem anunciar acordos comerciais com vários países antes do prazo de 9 de julho, mas admitiu em entrevista à CNBC que “outros 20 países podem voltar às tarifas recíprocas de 2 de abril”.
… Bessent disse que o acordo com a China é uma continuação do pacto de Genebra, envolvendo terras raras e os ímãs. Pequim confirmou o avanço nas negociações para a venda de minerais essenciais aos EUA e a retirada dos controles de Washington para seus produtos.
… Ainda no domingo, Trump afirmou que já há um grupo interessado em comprar a operação americana do TikTok; falta a China aprovar.
… Na Bloomberg, faltando poucos dias para a retomada das tarifas recíprocas, espera-se que apenas acordos com cerca de uma dúzia dos maiores parceiros comerciais dos EUA sejam concluídos até o prazo final de 9 de julho.
… Mas, segundo os principais assessores da Casa Branca, “provavelmente não serão acordos abrangentes, e sim um conjunto limitado de tópicos, que deixarão muitos detalhes para serem negociados posteriormente”.
… Entre os parceiros menores, os EUA estão se aproximando de acordos com Taiwan, Indonésia, Vietnã e Coreia do Sul.
… Não há notícias sobre um acordo com a União Europeia. Segundo Trump, negociar com o bloco é “desafiador”.
BIG BEAUTIFUL BILL – Outra questão que está nas preocupações do mercado em NY é o projeto de corte de gastos e impostos, que Trump chama de “grande e lindo projeto”, e pode significar um grande e feio prognóstico para a dívida dos EUA.
… Na mesma entrevista à Fox News, o presidente atacou os democratas, dizendo que eles não querem colaborar com o bem do país, mas a verdade é que os republicanos do Senado também estão divididos e, neste domingo, mexeram em um item essencial da proposta.
… Os principais cortes do Medicaid, o programa de seguro saúde para pobres e deficientes, que compensariam parcialmente as perdas de receita decorrentes dos cortes de impostos no projeto de Trump, foram restaurados, em vitória dos conservadores do partido.
… Pelo menos oito republicanos moderados têm pressionado para reduzir os cortes do Medicaid e podem votar contra Trump, que quer o projeto aprovado até 4 de Julho. A versão original pode levar 11,8 milhões de pessoas a perderem seus benefícios de saúde até 2030.
… Se houver acordo, a votação pode acontecer ainda nesta 2ªF, e se o Senado modificar a proposta, voltará para aprovação da Câmara.
AFTER HOURS – Se depender das ações dos bancos dos EUA, que passaram no teste de estresse do Fed, as bolsas em NY podem renovar hoje os recordes históricos estabelecidos no último pregão pelo S&P 500 e pelo Nasdaq (abaixo).
… O Fed indicou resiliência a um cenário hipotético de recessão severa. No after market da 6ªF, o setor subiu em bloco: Wells Fargo (+1,76%), Bank of America (+1,00%), Goldman Sachs (+2,20%), JPMorgan (+0,52%) e Citi (+0,04%).
MAIS AGENDA – O BC divulgará hoje às 8h30 os dados do setor público consolidado de maio, que devem apontar para um déficit primário de R$ 42,7 bilhões, segundo a mediana de pesquisa Broadcast, após saldo positivo de R$ 14,150 bilhões em abril.
… Para 2025, a mediana indica déficit primário de R$ 66,5 bilhões, com as projeções entre -R$ 90 bilhões e -R$ 41,8 bilhões.
… O saldo negativo do governo central deve sustentar o déficit do setor público consolidado em maio, de acordo com economistas.
… Já no início da tarde (às 14h30), os dados do Caged devem mostrar a criação líquida de 171,8 mil vagas com carteira assinada, abaixo do que foi registrado em abril, quando houve saldo positivo de 257.528 vagas.
… Na 6ªF, a taxa de desemprego da Pnad Contínua caiu de 6,6%, no trimestre móvel terminado em abril, para 6,2% no trimestre encerrado em maio, patamar mais baixo para o período em toda a série histórica da Pesquisa iniciada em 2012 pelo IBGE.
… Ainda hoje, sai o Boletim Focus (8h25), que poderá trazer novas revisões em baixa para as expectativas inflacionárias, após as surpresas positivas com o IPCA-15 abaixo do esperado e a deflação do IGP-M, também acima da mediana das estimativas (abaixo).
… Lula participa nesta 2ªF, às 11h, da cerimônia de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, no Palácio do Planalto. Serão anunciados o valor previsto de financiamento e juros para o setor.
BANDEIRA DA ANEEL – O anúncio de bandeira tarifária vermelha 1 às contas de energia em julho, feito pela Aneel no final da tarde de 6ªF, provocou ajuste marginal na projeção da Quantitas para o IPCA de julho, de 0,35% para 0,38%.
PAYROLL – A expectativa para o relatório do emprego nos EUA é de leve desaceleração na geração de emprego, de 139 mil em maio para 129 mil em junho, com a taxa de desemprego mantida em 4,2%, confirmando um mercado de trabalho ainda robusto.
… Só um resultado muito diferente [para pior] poderia mudar a disposição do Fed de esperar mais um tempo antes de reduzir os juros. No mercado, a aposta majoritária ainda aponta para dois cortes de 25pbs cada, nas últimas duas reuniões do Fomc.
… Essa projeção é corroborada pelas mensagens de Powell e de muitos Fed boys, considerando as incertezas com o impacto das tarifas na inflação e no emprego, embora alguns membros mais dovish do Comitê já estejam defendendo uma ação antecipada.
… Na 6ªF, a aceleração de 2,7% do núcleo do PCE em maio esvaziou os argumentos de quem esperava o primeiro corte no fim desse mês. Mas há de tudo, quem ainda acredita em três quedas este ano, a partir de setembro, e os mais pessimistas, em apenas uma.
… O Fed espera para ver o efeito das tarifas, que podem ser elevadas no próximo dia 9, data-limite para que os países apresentem as suas propostas para o governo americano. Existe também a possibilidade de que Trump possa estender esse prazo das negociações.
MAIS EMPREGO – Antes do payroll, que nesta semana sairá excepcionalmente na 5ªF, devido ao feriado de 4 de Julho, serão divulgados o relatório Jolts (amanhã, 3ªF) e a pesquisa ADP (na 4ªF), com o emprego no setor privado dos Estados Unidos.
… Dois Fed boys têm falas marcadas para hoje: Raphael Bostic/Atlanta (11h) e Austan Goolsbee/Chicago (14h).
… Ainda nos Estados Unidos hoje (10h45), o PMI de Chicago pode melhorar para 42,7 em junho, após registrar 40,5 em maio.
NA EUROPA – Estão previstos o PIB/Reino Unido do 1Tri (de madrugada) e a prévia de junho da inflação ao consumidor da Alemanha (9h), com projeções que apontam para o consenso de +0,2% (de +0,1% em maio).
O FÓRUM DE SINTRA – Movimenta o noticiário econômico desta semana, com painéis que devem reunir os presidentes de Fed, Jerome Powell; do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey; e do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, amanhã (3ªF).
… A presidente do BCE, Christine Lagarde, que organiza o evento em Portugal, faz o discurso de abertura hoje às 16h (Brasília).
… O Brasil estará representado na abertura do fórum por Diogo Guillen, diretor de Política Econômica do BC.
CHINA HOJE – O PMI industrial oficial avançou para 49,7 em junho, contra 49,5 em maio. O resultado do indicador veio acima da previsão (49,5), mas foi o terceiro seguido em terreno de contração (abaixo de 50,0).
… O PMI de serviços caiu de 50,2 em maio para 50,1 em junho, em linha com a previsão dos analistas.
… No final da noite (22h45), o consenso para o PMI industrial Caixin é de leve melhora, para 49, da retração de 48,3 em maio.
ARMANDO O RINGUE – Preocupa o mercado que Lula esteja fazendo cálculos políticos e tenha ventilado a chance de judicializar a derrubada do IOF, mesmo sob risco de acentuar a guerra aberta entre o Congresso e governo.
… Está agora tudo nas mãos da AGU, que, se considerar que o decreto aprovado pelos parlamentares usurpou a prerrogativa, colocará o presidente em córner, na posição em que não poderá abrir mão de recorrer.
… Na 6ªF, simultaneamente à entrevista do ministro da Fazenda e ao comentário de Trump sobre rompimento da negociação sobre tarifas com o Canadá, os mercados domésticos assumiram posições mais defensivas à tarde.
… O Ibovespa anulou a leve alta da manhã, a curva do DI começou a zerar as quedas e se aproximar da estabilidade, enquanto o dólar se afastou da mínima de R$ 5,4600 mais cedo e desacelerou a queda de 0,70% para 0,29%.
… Fechou cotado a R$ 5,4829, de olho no clima em Brasília e no jogo duro do protecionismo americano.
… O fato de a moeda americana ainda ter resistido em leve queda aqui, contrariando a alta lá fora, foi atribuído ao diferencial de juro (carry trade), com dois cortes à vista pelo Fed e o Copom que defende os 15% por muito tempo.
… O BC de Galípolo não quer nem ouvir falar de uma flexibilização da Selic. Durante o Barclays Day, na 6ªF, Guillen afirmou que um debate sobre corte da taxa básica de juro ainda está muito distante e não faz parte hoje do Copom.
… Na tentativa de afastar qualquer esperança de um desaperto monetário prematuro, ele reiterou o desconforto do BC com as expectativas de inflação desancoradas e reforçou postura contracionista por tempo prolongado.
… Guillen manteve o discurso conservador, apesar de o IGP-M ter aprofundado a deflação para 1,67% em junho, de 0,49% em maio, um dia depois de o IPCA-15 de junho (+0,26%) ter vindo menor que a mediana das apostas (+0,30%).
… Ouvidos pelo Broadcast, José Faria Júnior (da Wagner Investimentos) disse que, dificilmente, o Copom mexerá no juro antes de seis meses, e Luciano Rostagno calculou que a curva do DI exibe chance de corte de janeiro em diante.
… “O DI para Janeiro de 2026 vai ficar parado, porque não tem nada de alta e nem de corte de juros para este ano mais. O Janeiro 2027 é o que vai indicar a visão do mercado para ciclo de cortes de juros no ano que vem”, resumiu.
… No último pregão, o contrato para Janeiro de 2026 marcou 14,935% (de 14,933% no ajuste anterior); Jan/27, 14,165% (de 14,179%); Jan/29, 13,295% (de 13,318%); Jan/31, 13,440% (de 13,496%); e Jan/33, 13,550% (13,624%).
… Durante a reunião de economistas com diretores do BC, na 6ªF, o risco fiscal e o comportamento do crédito dominaram as atenções, apurou o Broadcast. Analistas relataram receio de populismo econômico-eleitoral.
… A expansão do crédito foi citada como um fator que pode diminuir a potência da transmissão da política monetária. Alguns participantes também advertiram para o perigo de que o governo revise a meta fiscal de 2026.
SÓ LOVE – É curioso que o investidor estrangeiro continue apostando alto na B3, ignorando todos os ruídos fiscais domésticos, que vêm crescendo, e também a perspectiva de que a Selic vai continuar bem alta por bastante tempo.
… A melhor explicação para o interesse do k externo na bolsa brasileira é o Fed. Powell resiste às pressões de corte antecipado do juro, mas a verdade é que já está com a bala na agulha para aliviar a política monetária em setembro.
… Reportagem do Broadcast indica que, até a última 4ªF, o fluxo estrangeiro à B3 no acumulado do ano somava R$ 25,2 bilhões. É o saldo mais positivo para o período em três anos (em 2022, houve ingresso de R$ 70,5 bilhões).
… O apetite gringo pela bolsa doméstica mantém no radar o sonho de que o Ibovespa possa revisitar recordes históricos (perto dos 140 mil), respaldado pelo fluxo. Na última 6ªF, porém, foi dia de alguma cautela nos negócios.
… A chance de o governo judicializar a derrubada do IOF pelo Congresso e o risco no radar de uma eventual revisão da meta fiscal para 2026, caso a elevação do imposto não seja retomada, desencorajou o investidor a assumir risco.
… O Ibov caiu de leve (-0,18%), a 136.865,79 pontos, com giro fraco de R$ 16,5 bi. Teria caído mais, não fosse a Vale ter atuado de estrela do dia (+1,92%; R$ 53,00), impulsionada pelo otimismo do acordo comercial entre EUA/China.
… Nos últimos dois pregões, as ações da mineradora acumulam um rali de 5%.
… De seu lado, Petrobras vem sentindo o tombo de mais de 11% do petróleo desde que Trump anunciou o (frágil) cessar-fogo entre Israel e o Irã. Os papéis da estatal recuaram 5% no acumulado da semana passada.
… Na 6ªF, Petrobras ON perdeu 1,23%, a R$ 33,80, e PN recuou 0,79%, para R$ 31,21, apesar de o barril do tipo Brent para setembro ter feito uma pausa nas quedas e testado leve recuperação de 0,16%, negociado a US$ 66,80.
… A novidade do dia foi a Opep+ ter informado que poderá fazer um outro aumento de produção de petróleo na reunião do próximo domingo. O mercado cogita que seja repetida a dose de 411 mil bpd na alta da oferta.
… Entre as blue chips do setor financeiro, os sinais foram mistos no último pregão: Itaú, -0,11%, a R$ 36,27; Bradesco PN, +0,12%, a R$ 16,57; Bradesco ON, -0,20%, a R$ 14,28, BB, +0,60%, a R$ 21,73; e Santander, -0,51%, a R$ 29,15.
NO SEU TEMPO – O mantra de Powell, de que é cedo para cortar o juro em julho, ganhou respaldo do PCE na 6ªF.
… O núcleo do índice subiu 0,2% em maio contra abril, acima da aposta de 0,1% e, na comparação anual, avançou 2,7%, também superando a projeção de 2,6%. No CME, a chance de o Fed agir na próxima reunião é de só 18%.
… Setembro continua como probabilidade majoritária e ampla (92,4%) para o início do ciclo de alívio monetário, elevando a cólera de Trump contra Powell. “Gostaria que renunciasse, porque não há qualquer inflação”, disse.
… “Vou nomear alguém que queira cortar [os juros]”, enfatizou, defendendo que os EUA adotem uma taxa de juros entre 1% e 2%, contra os 4,25% a 4,50% atuais. Trump afirmou já ter em mente nomes para substituir Powell.
… Mas, durante coletiva de imprensa na Casa Branca, evitou responder diretamente à pergunta sobre relatos de um possível anúncio antecipado do próximo presidente do Fed. Também Scott Bessent (Tesouro) desconversou.
… “Não acho que alguém esteja necessariamente falando sobre isso”, disse. Ao ser questionado na CNBC sobre o rumor de que ele próprio poderia ser indicado sucessor de Powell, Bessent respondeu que fará o que Trump quiser.
… O tarifaço continua impondo resistência para o juro do Fed cair antes do 3Tri. Depois de anunciar o encerramento imediato das conversas com o Canadá na 6ªF, Trump ameaçou com o anúncio de tarifas nos próximos sete dias.
… O rompimento das negociações com o governo canadense pressionou o dólar e os juros dos Treasuries. Momentaneamente, as bolsas em NY perderam fôlego, mas deram a volta por cima e renovaram recordes.
… O acordo firmado entre os EUA e China na questão das terras raras embalou os picos históricos do S&P 500 (+0,52%; 6.173,07 pontos) e do Nasdaq (+0,52%; 20.273,46 pontos). O Dow Jones subiu 1,00% (43.819,27 pontos).
… No câmbio, o índice DXY fechou em alta de 0,26%, a 97,401 pontos. O euro caiu 0,15%, a US$ 1,1708, a libra esterlina recuou 0,10%, a US$ 1,3714, e o iene registrou desvalorização para 144,75/US$.
… O juro da Note de 2 anos subiu a 3,737%, contra 3,711% na véspera, e o de 10 anos foi a 4,273%, de 4,240%.
EM TEMPO… A planta da JBS S.A. de Mozarlândia (Goiás), unidade da Friboi, foi o primeiro frigorífico brasileiro habilitado pelo Vietnã para a exportação de carne bovina resfriada e congelada ao país.
JBS USA concluiu a recompra de US$ 894 milhões, em dinheiro, de todas as suas Notas Sêniores 2,500%, com vencimento em 2027. O lance total estava limitado a US$ 1 bilhão, sem incluir juros acumulados e não pagos.
MARFRIG inaugurou a ampliação de seu parque industrial de Promissão (SP), após investimento de R$ 500 milhões na unidade.
LOJAS RENNER aprovou a distribuição de R$ 203,1 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,2030 por ação, com pagamento em 15/7; ex em 3/7…
… Conselho de administração da Renner decidiu aprovar todos os 25 itens da proposta para a alteração do Regulamento do Novo Mercado da B3…
… TOTVS aprovou 22 itens; C&A aprovou 22 itens; HYPERA aprovou 20 itens; PETRORECÔNCAVO aprovou 11 itens e RD SAÚDE, YDUQS, ÂNIMA, GRUPO MATEUS, LOJAS QUERO-QUERO e SMARTFIT rejeitaram a totalidade dos itens.
BRAVA ENERGIA. Conselho de Administração aprovou aumento do capital social da companhia, por subscrição particular, no valor de R$ 104.737,50, mediante emissão de 6.650 ações ON, com preço de R$ 15,75 cada…
… Assim, capital social da empresa passou a ser de R$ 11.971.692.645,03, representados por 464.187.462 papéis ON.
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