NY sobe de olho em acordo entre EUA e UE e à espera da ata do Fed; Ibovespa cai após Brasil entrar na mira de Trump

As bolsas americanas (Dow Jones +0,29%; S&P500 +0,30%; Nasdaq +0,63%) mantêm a tendência de alta na tarde desta 4ªF, enquanto os investidores aguardam a divulgação da Ata do Fed dentro de alguns instantes, e avaliam os novos passos de Trump em sua guerra comercial.

O presidente americano anunciou no início da tarde tarifas para mais 7 países, como havia prometido ontem de noite, mantendo o mesmo tom das cartas.

Ou seja, as negociações seguem abertas até 1º de agosto.

O mercado está especialmente otimista com a possibilidade de um acordo com a União Europeia ser anunciado ainda nesta semana.

Mais cedo, Ursula Von der Leyen disse no Parlamento Europeu que o bloco está pronto para fechar acordo com os EUA, mas que está se preparando para todos os possíveis cenários.

Os juros dos Treasuries recuam T-Note de 10 anos a 4,353%, de 4,410% ontem) após o Tesouro americano vender US$ 39 bilhões em um leilão de T-notes de 10 anos com taxa máxima de 4,362% e demanda levemente acima da média.

Por aqui, o Ibovespa piorou sensivelmente há pouco (-1,10%, aos 137.774 pontos), após Trump afirmar que “o Brasil não tem sido bom para nós” e que anunciará as tarifas para o país ainda hoje.

Os juros futuros mostram oscilações contidas (DI Jan/27 a 14,155%; Jan/29 a 13,310%), após a participação de Gabriel Galípolo em uma Comissão da Câmara não trazer maiores novidades, além dele reforçar o compromisso do BC com a meta de inflação.

O dólar à vista (+0,66%, a R$ 5,4820) passou a subir com força após a fala de Trump sobre o Brasil.

Braskem lidera altas do Ibovespa desde o início do pregão

As ações da Braskem registram o melhor desempenho do índice desde o começo das negociações desta quarta-feira.

O papel é beneficiado pela aprovação de regime de urgência, na Câmara dos Deputados, para o Projeto de Lei que propõe a criação do Programa Especial para a Sustentabilidade da Indústria Química (PRESIQ).

Objetivo é promover o desenvolvimento da indústria petroquímica brasileira por meio da concessão de créditos fiscais para empresas elegíveis. Há pouco, papel avançava 8,06%, negociado a R$ 10,05.

Grandes exportadoras operam em queda com a baixa do dólar

As ações de grandes exportadoras caem nesta terça-feira, pressionadas pelo recuo do dólar. Weg está na terceira colocação na lista das maiores perdas, ao ceder 3,43% (R$ 40,88).

Klabin tem baixa de 0,85% (R$ 18,71) e Suzano perde 0,20% (R$ 50,91).

Entre os frigoríficos, BRF cede 0,51% (R$ 21,60), mas Minerva tem alta de 4,79% (R$ 5,48), liderando os ganhos do índice, e Marfrig registra alta de 1,34% (R$ 23,45), também na lista das maiores altas.