Petróleo sobe forte com acordo entre EUA e UE, perspectiva de China e tensão no Oriente Médio

Após acumularem queda ao redor de 1,2% na semana passada, os contratos futuros do petróleo fecharam em forte alta nesta segunda-feira.

O impulso veio principalmente do maior otimismo em relação à atividade global após os EUA fecharem acordo comercial com a UE.

Contribui também a perspectiva de os americanos estenderem a suspensão tarifária com a China, reduzindo as preocupações sobre a demanda por combustível.

A sessão de hoje reagiu ainda à notícia de que os Houthis do Iêmen amearam atacar navios de empresas que fazem negócios com Israel, independentemente da nacionalidade.

Do lado da oferta, a reunião da Opep+ terminou com cobrança para que os países do cartel cumpram integralmente os cortes de produção.

O Brent para setembro subiu 2,33%, a US$ 70,04 por barril na ICE, enquanto o WTI para o mesmo mês avançou 2,37%, a US$ 66,71 por barril na Nymex.

Ouro tem novo dia de baixa, com dólar forte e alívio com acordo entre EUA e UE

O ouro inicia a semana com nova baixa, influenciado por menores tensões comerciais em nível global após os EUA anunciarem um acordo tarifário (15%) com a UE. Foi a maior negociação feita pelos americanos até agora.

O dia tem ainda um forte avanço do dólar frente a pares (DXY +1,02% há pouco) e também altas nos rendimentos dos Treasuries.

O contrato do metal precioso para agosto caiu 0,73% na Comex, para US$ 3.311,20 por onça-troy.

Ibovespa termina semana praticamente estável, de olho em tarifas de Trump

A bolsa ensaiou uma reação no início da tarde, mas acabou se mantendo em terreno negativo após a notícia da Bloomberg de que os EUA preparam uma nova base legal para o tarifaço de Donald Trump contra o Brasil.

Seria uma maneira de o governo americano justificar uma cobrança de 50% a um país com o qual tem superávit.

O Ibovespa encerrou a sexta-feira com baixa de 0,21%, aos 133.524,18 pontos, com giro de apenas R$ 14,1 bilhões – bem abaixo da média – em um pregão que teve ainda como pano de fundo um IPCA-15 de julho (+0,33%) levemente acima do consenso. Na semana, o índice ficou praticamente estável (+0,11%).

Pesou sobre o Ibovespa hoje o desempenho da Vale (-1,47%; R$ 55,70), em linha com o recuo do minério. Petrobras ON subiu 0,46% (R$ 35,04) e a PN avançou 0,13% (R$ 31,98).

O dólar à vista terminou o dia em alta diante do real e dos principais pares no exterior, em meio às preocupações com as tarifas, fechando com ganho de 0,76%, a R$ 5,5619. No acumulado da semana, porém, a moeda caiu 0,46%.

Em NY, as bolsas tiveram alta moderada, com S&P500 e Nasdaq registrando novos recordes, em meio às expectativas positivas quanto a um acordo comercial entre os EUA e a União Europeia após a confirmação de um encontro entre Trump e Ursula Von der Leyen no domingo.

Dow Jones subiu 0,47% (44.901,92). S&P500 ganhou 0,40% (6.388,64). Nasdaq avançou 0,24% (21.108,32). Na semana, os índices acumularam ganho de, respectivamente, 1,20%, 1,26% e 1,02%.

Por sua vez, os retornos dos Treasuries cederam.