Ouro tem forte alta com investidores ajustando apetite por risco em busca de segurança

O ouro fechou em alta hoje, pelo segundo dia consecutivo, com os investidores ajustado o apetite por risco e buscando reservas de segurança neste início de segundo semestre.

O foco continua nos acordos tarifários dos EUA e, agora, na votação pela Câmara do projeto de lei tributária de Trump, que pode acontecer amanhã.

A valorização do metal precioso na sessão desta 3ªF foi mais expressiva que ontem (+0,61%), com o contrato para agosto avançando 1,27%, a US$ 3.349,80 por onça-troy na Comex.

O dólar opera perto da estabilidade (DXY -0,07%).

Ouro fecha em alta com ajuda do dólar fraco

Após forte queda na semana passada, sobretudo na 6ªF, o ouro apresentou recuperação parcial na sessão de hoje.

O contrato do metal precioso para agosto subiu 0,61%, a US$ 3.307,70 por onça-troy na Comex. No acumulado de junho, a commodity apresenta baixa de 1,86%.

Há pouco, o dólar caia ante pares (DXY -0,46%, aos 96,957 pontos), com expectativa de que os EUA anunciem diversos acordo comerciais antes de 9 de julho, além dos investidores precificando corte de juros pelo Fed.

Cautela com IOF reduz liquidez e Ibovespa termina perto da estabilidade; S&P500 e Nasdaq renovam recordes

O dia foi marcado por baixa liquidez na bolsa, que operou sem tendência durante todo o pregão, com os investidores cautelosos diante da possibilidade de o governo judicializar a derrubada do IOF pelo Congresso.

Uma possível revisão da meta fiscal para 2026, caso a elevação do imposto não seja retomada, também ficou no radar.

Por fim, o Ibovespa fechou perto da estabilidade, com leve perda de 0,18%, aos 136.865,79 pontos – e giro de apenas R$ 16,5 bilhões, abaixo da média. Na semana, o indicador também fica próximo do zero a zero (-0,18%).

Um dos destaques foi o segundo dia consecutivo de alta expressiva da Vale (+1,92%; R$ 53,00), na esteira da forte valorização do minério. Nos últimos dois dias, o papel avançou 5%.

Na contramão da recuperação do petróleo, Petrobras ON caiu 1,23%, a R$ 33,80, e Petrobras PN cedeu 0,79%, a R$ 31,21.

O dólar fechou em baixa de 0,29%, a R$ 5,4829, apoiado pelo fluxo gringo positivo. Na semana, a moeda recuou 0,37%.

Próximo do fim da sessão, as bolsas em NY conseguiram recuperar a força vista pela manhã, em repercussão ao acordo firmado entre EUA e China na questão das terras raras, e S&P500 e Nasdaq renovaram recordes de fechamento.

Os índices perderam fôlego em meados da tarde, quando o presidente Donald Trump disse que encerrou todas as negociações comerciais com o Canadá após o país vizinho aplicar imposto sobre serviços digitais a companhias americanas.

Dow Jones subiu 1,00% (43.819,27). S&P500 ganhou 0,52% (6.173,07). Nasdaq teve alta de 0,52% (20.273,46). Na semana, o ganho acumulado foi de, respectivamente, 3,82%, 3,44% e 4,25%.

Por sua vez, os retornos dos Treasuries também avançaram.