Ibovespa registra leve alta após 7 pregões consecutivos no vermelho; NY sobe com PPI e Livro Bege no foco

Em mais uma sessão de grande volatilidade, a bolsa brasileira escapou por pouco de engatar o oitavo pregão consecutivo de queda (ontem ficou perto da estabilidade, mas pendeu para o negativo).

O Ibovespa terminou em ligeira alta de 0,19%, aos 135.510,99 pontos, com giro de R$ 20,4 bilhões.

No meio da tarde, pesou sobre o humor dos investidores a notícia do site Jota de que Alexandre de Moraes (STF) vai oficiar Tarcísio de Freitas sobre acusação feita pelo advogado de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, de que o governador teria participado de uma reunião para discutir a minuta golpista.

Além disso, segue no radar um possível desfecho para o impasse do IOF, que será decidido por Moraes.

Entre as principais ações, Vale se recuperou hoje (+0,91%; R$ 54,40), em linha com a alta do minério. Petrobras ON recuou 0,86% (R$ 34,39) e PN perdeu 0,50% (R$ 31,79).

O dólar à vista fechou perto da estabilidade, descolado da queda da divisa americana frente aos pares no exterior, com leve alta de 0,07%, a R$ 5,5619.

Depois de uma manhã volátil, as bolsas em NY firmaram alta, em meio aos dados do PPI de junho mais baixos do que o esperado e após a divulgação do Livro Bege pelo Fed, que mostrou a atividade econômica nos EUA aumentando ligeiramente entre fim de maio e início de julho.

Dow Jones subiu 0,53% (44.254,78). S&P500 ganhou 0,32% (6.263,70). Nasdaq avançou 0,25% (20.730,49). Por sua vez, os retornos dos Treasuries cederam.

Ouro fecha em alta em meio a mais pressão de Trump sobre Powell e PPI

Após duas sessões de quedas, o ouro se recuperou hoje, em meio a mais um capítulo de ataque de Trump a Powell.

O presidente americano disse que não planeja demitir o comandante do Fed, mas não descarta a possibilidade, sobretudo na hipótese de um episódio de fraude.

O dia teve ainda o aumento de 0,3% na produção industrial dos EUA em junho, acima do esperado. A produção industrial da UE subiu 1,7% em maio, também superando previsões.

Com isso, o contrato do metal precioso para agosto fechou em alta de 0,67% na Comex, cotado a US$ 3.359,10 por onça-troy.

Petróleo fecha em queda pelo 3ª dia seguido, de olho em estoques e com tarifas e Fed no radar

Os contratos futuros do petróleo engataram a terceira sessão consecutiva de queda.

O dia teve a divulgação de que os estoques nos EUA (DoE) recuaram 3,859 milhões de barris, a 422,162 milhões na semana, abaixo do consenso.

Além da expectativa quanto a novas tarifas pelos EUA, os investidores acompanham mais ameaças de Trump a Powell, dizendo que não planeja demitir o comandante do Fed, mas não descarta a possibilidade, sobretudo diante de alguma eventual acusação de fraude.

O contrato do Brent para setembro recuou 0,28% hoje, a US$ 68,52 por barril na ICE, enquanto o WTI para agosto perdeu 0,21%, cotado a US$ 66,38 por barril na Nymex.

O dólar operava em leve alta frente aos pares e emergentes (DXY +0,23%).