Ibovespa cai e deixa para trás nível dos 137 mil pontos; NY recua em meio à discussão entre Trump e Musk
[5/6/2025] Da redação do Bom Dia Mercado
Após leve alta pela manhã, novamente a sessão foi de cautela no Ibovespa, acompanhando a tendência externa, enquanto os investidores esperam por uma definição sobre a questão do IOF.
O índice foi impactado especialmente pela queda dos principais bancos, perdendo o nível dos 137 mil pontos. Assim, o Ibovespa fechou em baixa de 0,56%, aos 136.236,37 pontos, com o volume somando R$ 22,0 bilhões.
Os ativos da Petrobras terminaram a sessão mistos, com o papel ON recuando 0,54% (R$ 31,20) e o PN tendo leve ganho de 0,03% (R$ 29,36). Na contramão do minério de ferro, Vale subiu 0,27%, a R$ 52,91.
O dólar à vista registrou queda expressiva diante do real, em linha com a fraqueza da divisa americana no exterior, e fechou em baixa de 1,08%, a R$ 5,5845.
Em NY, as bolsas em NY vinham operando com ganho moderado até meados da tarde, quando os investidores mudaram de humor em meio ao acirramento da troca de cobranças e acusações entre Donald Trump e Elon Musk, aprofundando as perdas dos índices mais próximo do fechamento e derretendo as ações da Tesla.
Dow Jones caiu 0,25% (42.319,74), S&P500 recuou 0,53% (5.939,30) e Nasdaq perdeu 0,83% (19.298,45). Por sua vez, os retornos dos Treasuries avançaram.
Juros futuros sobem forte com recalibragem de apostas para o Copom e para o início dos cortes
Os juros futuros registraram alta expressiva nos prêmios nesta quinta-feira, especialmente no miolo da curva, com investidores ainda corrigindo as apostas para o próximo Copom, na esteira das declarações dadas pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo, no início da semana.
Além de considerar a possibilidade de uma nova alta 0,25 pp da Selic neste mês, o mercado também corrigiu a expectativa de que a taxa poderia começar a cair até o final deste ano, jogando as apostas de início do afrouxamento para meados de 2026.
No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,910% (de 14,830% no fechamento anterior); Jan/27 a 14,365% (14,210%); Jan/29 a 13,790% (13,600%); Jan/31 a 13,930%, na máxima do dia (13,720%); e Jan/33 a 13,970% (13,780%).
(Téo Takar)
Dólar perde terreno após Trump e Xi conversarem sobre acordo comercial
O dólar registrou queda expressiva diante do real nesta quinta-feira, em linha com a fraqueza da divisa americana no exterior, especialmente diante de moedas de países produtores de commodities.
O mercado reagiu à conversa entre Donald Trump e Xi Jinping para discutir a relação comercial entre os dois países, o que pode afastar o risco de uma guerra de tarifas e uma consequente desaceleração da economia global.
Outra notícia que favoreceu as moedas emergentes foi a decisão do PBoC de injetar 1 trilhão de yuans (US$ 139,26 bilhões) no sistema bancário chinês para impulsionar a economia local.
O dólar à vista fechou em baixa de 1,08%, a R$ 5,5845, após oscilar entre R$ 5,5787 e R$ 5,6377. Às 17h05, o dólar futuro para julho caía 0,87%, a R$ 5,6140.
Lá fora, o índice DXY recuava 0,02%, para 98,763 pontos. O euro subia 0,21%, a US$ 1,1443. E a libra ganhava 0,17%, a US$ 1,3574.
(Téo Takar)