Nó de Trump nas relações comerciais globais começa a ser desatado
O nó dado por Donald Trump nas relações comerciais globais para que finalmente começou a ser desatado nesta semana.
A China deu uma sinalização clara de que pretende negociar com os EUA, desde que haja o mínimo de respeito e sinceridade por parte dos americanos. Outros países relevantes, como Índia, Japão e Coreia do Sul, também indicaram que as conversas estão evoluindo. Segundo Trump, o número de países negociando com os EUA seria muito maior.
De quebra, o payroll acima do esperado tirou uma cruz das costas do mercado, que via a recessão batendo à porta da economia americana.
Por aqui, sem maiores novidades na esfera econômica, o governo tenta desatar seus próprios nós, como o escândalo de fraudes no INSS, que culminou na demissão do ministro Carlos Lupi.
Na próxima semana, uma proposta alternativa à anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 deve ganhar destaque no Congresso.
Enquanto o governo não tirar esse assunto do caminho, a pauta econômica programada por Haddad para este ano, como a isenção de IR até R$ 5 mil e a tributação dos mais ricos, não avançará no Parlamento.
(Téo Takar)
Ibovespa vira e termina sessão com leve ganho; S&P 500 tem maior sequência de altas desde 2004
[2/5/2025] Da Redação do Bom Dia Mercado
Após uma sessão registrando perda baixa, na volta do feriado, o Ibovespa virou para o positivo no fechamento e terminou o dia em leve alta de 0,05%, aos 135.133,88 pontos, com o suporte das ações da Petrobras. O volume somou R$ 24,2 bilhões. Na semana, o índice subiu 0,29%.
Na contramão do petróleo, Petrobras ON registrou +2,00% (R$ 32,69) e Petrobras PN, +2,73% (R$ 30,81), figurando entre os maiores ganhos. Já Vale perdeu força e cedeu 0,11% (R$ 52,80).
O dólar à vista retomou a trajetória de queda diante do real e de outras moedas e fechou em baixa de 0,38%, a R$ 5,6549.
Por sua vez, Wall Street teve uma sexta-feira positiva, com o S&P 500 registrando alta por nove pregões consecutivos pela primeira vez desde 2004.
O otimismo foi provocado pelo payroll de abril mais forte que o esperado, com abertura de 177 mil vagas, acima das 130 mil esperadas por analistas, o que reduziu os temores de que os EUA estariam entrando em recessão.
Além disso, sinais de avanço nas negociações comerciais sobre tarifas com China e Canadá também trouxeram mais investidores de volta para os ativos de risco.
Dow Jones subiu 1,38% (41.316,75). S&P 500 avançou 1,47% (5.686,61). Nasdaq ganhou 1,50% (17.977,72). Por fim, os retornos dos Treasuries subiram.
Miolo da curva de juros sobe, enquanto investidor aguarda sinalização do Copom sobre próximos passos
Os juros futuros fecharam estáveis nas pontas curta e longa e em leve alta no miolo da curva nesta sexta-feira, em uma sessão de liquidez reduzida devido ao feriado.
Investidores reagiram aos dados de emprego acima do esperado nos EUA, e também ao avanço das negociações entre EUA e China sobre um acordo comercial, notícias que afastaram momentaneamente o medo de uma recessão global.
Por aqui, o mercado já precifica uma nova alta da Selic na reunião do Copom da próxima semana e espera por uma sinalização sobre os passos seguintes do BC no comunicado.
No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,675% (de 14,675% no fechamento anterior); Jan/27 a 13,955% (13,910%); Jan/29 a 13,605% (13,535%); Jan/31 a 13,800% (13,780%); e Jan/33 a 13,850% (13,850%).
(Téo Takar)