Ibovespa tem leve baixa, com Petrobras limitando queda; Payroll melhor do que o esperado embala alta em NY
[6/6/2025] Da Redação do Bom Dia Mercado
Mais uma vez a cautela predominou no Ibovespa, com o índice registrando queda leve, após iniciar a sessão no campo positivo, enquanto os investidores aguardam o desenrolar da definição das medidas alternativas para a questão do IOF, com reunião de Fernando Haddad e lideranças do Congresso prevista para o domingo.
O Ibovespa fechou em baixa de 0,10%, aos 136.102,10 pontos. O volume somou R$ 24,4 bilhões. Na semana, o índice caiu 0,67%.
O resultado de hoje foi limitado pela alta dos ativos da Petrobras, em linha com o petróleo. Petrobras ON subiu 1,19% (R$ 31,57) e Petrobras PN teve elevação de 0,92% (R$ 29,63).
Vale fechou com leve ganho de 0,13%, a R$ 52,98.
O dólar à vista recuou diante do real, atingindo o menor valor em 8 meses, na contramão da tendência de alta da moeda americana no exterior, e fechou em baixa de 0,26%, a R$ 5,5698.
Na semana, a moeda americana recuou 2,62% diante do real, acumulando perda de quase 10% (-9,88%) em 2025.
Em NY, depois da baixa da véspera, em reação do mercado ao acirramento das discussões públicas entre Donald Trump e Elon Musk, as bolsas tiveram alta firme, embalada pelo payroll de maio ter vindo um pouco melhor do que o esperado, indicando resiliência da economia americana em meio ao tarifaço.
Dow Jones subiu 1,05% (42.762,87). S&P500 ganhou 1,03% (6.000,36). Nasdaq avançou 1,20% (19.529,95). Por sua vez, os retornos dos Treasuries também subiram.
Juros futuros devolvem prêmios, à espera de solução para o IOF
Os juros futuros devolveram nesta sexta-feira parte dos prêmios acumulados ao longo da semana, acompanhando o alívio no câmbio doméstico, mas na contramão do rendimento dos Treasuries, que subiram após o payroll melhor que o esperado.
Por aqui, a sessão não trouxe novidades na esfera fiscal ou monetária, com investidores em compasso de espera pelas medidas alternativas ao IOF prometidas pelo ministro Fernando Haddad para domingo, após a reunião com líderes partidários do Congresso.
A exceção foi a ponta curta da curva, que ficou praticamente estável, com investidores consolidando a aposta de uma nova alta de 0,25 pp na Selic no próximo Copom.
No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,905% (de 14,910% no fechamento anterior); Jan/27 a 14,290% (14,365%); Jan/29 a 13,710% (13,790%); Jan/31 a 13,830% (13,930%) e Jan/33 a 13,870% (13,970%).
(Téo Takar)
Real se fortalece, mesmo com payroll favorável à economia dos EUA; dólar atinge menor cotação em 8 meses
O dólar à vista recuou diante do real nesta sexta-feira e atingiu o menor valor em 8 meses, na contramão da tendência de alta da moeda americana no exterior, após os dados do mercado de trabalho nos EUA afastarem as preocupações de uma recessão no país.
Operadores não viram um motivo específico para o bom desempenho da moeda brasileira hoje, mas destacaram que o movimento foi visto em algumas moedas emergentes, como o peso mexicano (-0,30%, a 19,10 pesos/US$) e a lira turca (-0,14%, a 39,23 liras/US$).
O dólar à vista fechou em baixa de 0,26%, a R$ 5,5698, após oscilar entre R$ 5,5603 e R$ 5,6179. Na semana, a moeda americana recuou 2,62% diante do real, acumulando perda de quase 10% (-9,88%) em 2025. Às 17h14, o dólar futuro para julho recuava 0,35%, a R$ 5,5930.
O índice DXY subia 0,46%, aos 99,193 pontos. O euro caía 0,44%, para US$ 1,1396. E a libra perdia 0,34%, a US$ 1,3530.
(Téo Takar)