Ibovespa tem leve queda, sem detalhes sobre IOF; em NY, investidores ficam atentos à negociação em Londres

[9/6/2025] Da Redação do Bom Dia Mercado

A bolsa local chegou a cair abaixo dos 135 mil pontos pela manhã, mas se recuperou e fechou esta segunda-feira com leve recuo, de 0,30%, aos 135.699,38 pontos, com giro financeiro de R$ 19,7 bilhões.

A ausência de informações mais precisas sobre as medidas alternativas ao aumento do IOF impediu uma avaliação mais profunda do mercado. Os investidores também ficaram à espera de detalhes sobre o encontro entre representantes dos EUA e China, visando um acordo comercial.

Na contramão do petróleo, Petrobras PN caiu 1,55% (R$ 29,17), enquanto a ON recuou 1,05% (R$ 31,24). Vale apresentou alta de 0,59%, fechando na máxima do dia (R$ 53,29), em direção contrária ao preço do minério, que caiu 0,71% hoje.

O dólar à vista oscilou em margem estreita, repercutindo alternativas ao IOF e as negociações entre EUA e China, fechando em baixa de 0,13%, a R$ 5,5625.

Em NY, as bolsas ficaram com viés majoritariamente de alta, em dia de agenda esvaziada, com a atenção dos investidores voltada às negociações em Londres.

Dow Jones ficou estável (42.761,76). S&P500 subiu 0,09% (6.005,88). Nasdaq subiu 0,31% (19.591,24). Por sua vez, os retornos dos Treasuries cederam.

Juros futuros recuam após plano B para IOF, com ajuda do dólar e dos Treasuries

Os juros futuros devolveram prêmios nesta segunda-feira, especialmente no miolo da curva. As taxas foram ajudadas pelo recuo do dólar e dos rendimentos dos Treasuries, refletindo a retomadas das conversas entre EUA e China, enquanto os investidores avaliavam as informações, que chegaram a conta-gotas ao longo da sessão, sobre as medidas alternativas ao IOF propostas pelo governo ao Congresso.

Após uma primeira impressão negativa, que foi reforçada pela declaração de Hugo Motta, de que não havia compromisso com a aprovação das medidas, aparentemente o mercado reagiu com mais tranquilidade às propostas, que incluem a taxação de IR sobre investimentos de renda fixa que hoje são isentos, além da padronização da alíquota de IR das demais aplicações em 17,5%.

No fechamento, o DI para Janeiro de 2026 marcava 14,850% (de 14,905% no fechamento anterior); Jan/27 a 14,185% (14,290%); Jan/29 a 13,635% (13,710%); Jan/31 a 13,790% (13,830%); e Jan/33 a 13,850% (13,870%).

(Téo Takar)

Dólar tem oscilação contida, com repercussão de alternativas ao IOF e negociações entre EUA e China

O dólar oscilou em margem estreita nesta segunda-feira, com investidores absorvendo as informações sobre o que ficou decidido na reunião de ontem à noite entre governo e a cúpula do Congresso sobre as alternativas ao aumento do IOF.

O ministro Fernando Haddad não deu detalhes sobre quais partes do decreto o governo pretende recuar, mas indicou que eventuais alterações dependem de aprovação das alternativas propostas, como a tributação de investimentos hoje isentos, como LCI e LCAs, e aumento de imposto de renda sobre JCP e ações.

Pela manhã, o dólar chegou a subir, após Hugo Motta declarar de que não havia um compromisso de aprovar as novas medidas.

Lá fora, a moeda americana caía diante dos pares, refletindo o otimismo do mercado com a retomada das negociações entre EUA e China. Após a reunião, que durou quase 7h, os representantes americanos classificaram o encontro como “frutífero”. As discussões serão retomadas amanhã, em Londres.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,13%, a R$ 5,5625, após oscilar entre R$ 5,5542 e R$ 5,5992. Às 17h08, o dólar futuro para julho caía 0,12%, a R$ 5,5855.

Lá fora, o índice DXY recuava 0,23%, aos 98,966 pontos. O euro subia 0,27%, para US$ 1,1425. E a libra ganhava 0,23%, a US$ 1,3555.

(Téo Takar)