Dólar e juros sobem com risco fiscal de volta ao radar com Motta
[12/6/2025] Da Redação do Bom Dia Mercado
A novela do IOF continua provocando ruído no mercado doméstico, com o dólar à vista em leve alta (+0,17%, a R$ 5,5472), operando descolado da queda expressiva da moeda americana no exterior (DXY -0,67%, aos 97,968 pontos).
Os juros futuros operam em alta moderada, especialmente na ponta longa (Jan/31 a 13,740%; Jan/33 a 13,800%), refletindo a piora na percepção de risco fiscal, enquanto o Ibovespa oscila perto da estabilidade (+0,08%, aos 137.231 pontos).
A piora do mercado doméstico ocorreu no fim da manhã, após o presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciar no X que os líderes partidários decidiram pautar a urgência do PDL (Projeto de Decreto Legislativo) que susta os efeitos do decreto de aumento do IOF.
“Conforme tenho dito nos últimos dias, o clima na Câmara não é favorável para o aumento de impostos com objetivo arrecadatório para resolver nossos problemas fiscais”, afirmou.
Lá fora, enquanto o dólar sofre com novas ameaças tarifárias de Trump, as bolsas esboçam ganhos modestos (Dow Jones +0,16%; S&P500 +0,30%; Nasdaq +0,24%), apoiadas pelo PPI de maio (+0,1%) melhor que o esperado (+0,2%), o que reforça a expectativa de dois cortes de juros pelo Fed neste ano.
(Téo Takar)
Ibovespa sobe com Petrobras; NY perde força inicial, com mercado avaliando acordo entre EUA e China
[11/6/2025] Da Redação do Bom Dia Mercado
Em dia de alta volatidade, o Ibovespa fechou com ganho de 0,51%, a 137.128,04 pontos. O giro financeiro foi de R$ 21,4 bilhões.
A bolsa chegou a oscilar entre mínima de 135.627 e máxima de 137.530 pontos, na expectativa de detalhe sobre as alternativas ao decreto do IOF e de olho nos possíveis rumos da Selic.
Um dos motores de hoje foram as ações da Petrobras, seguindo a disparada de petróleo, em meio ao aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio.
Os papéis PN da estatal subiram 3,33% (R$ 31,05), entre as maiores altas do Ibovespa, assim como as ON (+2,93%, R$ 33,33). Já Vale caiu 0,88% (R$ 53,18), na direção oposta ao minério de ferro.
O dólar à vista recuou diante do real, acompanhando a queda global da moeda americana, e fechou em baixa de 0,59%, a R$ 5,5376.
Em NY, depois de uma abertura com leve alta e um certo entusiasmo com os dados do CPI de maio, que vieram abaixo do esperado, as bolsas em NY perderam força ao longo da sessão, com o mercado cauteloso diante dos detalhes do acordo preliminar entre EUA e China.
Ainda contribuiu para a piora rumores de que o Dpto. de Estado dos EUA teria autorizado a saída de pessoal não essencial do Oriente Médio.
Dow Jones fechou estável (42.865,77). S&P500 recuou 0,27% (6.022,31). Nasdaq perdeu 0,50% (19.615,88). Por sua vez, os retornos dos Treasuries cederam.
Juros futuros sobem com revisão de apostas sobre Selic e expectativa sobre MP alternativa ao aumento do IOF
Os juros futuros fecharam em alta nos vértices curtos e médios nesta quarta-feira, com investidores novamente especulando sobre uma possível alta de Selic na reunião do Copom da próxima semana, e na expectativa pela publicação da MP que trará alternativas ao aumento do IOF.
Já os vencimentos longos terminaram perto da estabilidade, apoiados pelo recuo do dólar e dos rendimentos dos Treasuries.
No fechamento, o DI com vencimento em janeiro de 2026 marcava 14,890% (de 14,850% no fechamento anterior); Jan/27 a 14,235% (14,155%); Jan/29 a 13,570% (13,515%); Jan/31 a 13,700% (13,690%); e Jan/33 a 13,760% (13,760%).
(Téo Takar)