Petróleo sobe quase 7% e NY opera no vermelho com ataques de Israel ao Irã; Petrobras ameniza queda do Ibovespa

[13/6/2025] Da Redação do Bom Dia Mercado

O petróleo segue em forte alta (WTI/Jul +6,76%, a US$ 72,64; Brent/Ago +6,55%, a US$ 73,90) nesta tarde, diante de relatos de novos ataques de Israel contra o Irã no início da noite desta sexta-feira no Oriente Médio.

O avanço da commodity dá suporte às ações da Petrobras ON (+2,13%, a R$ 34,98) e PN (+2,05%, a R$ 32,41) e de outras petroleiras (Prio ON +0,99%; PetroRecôncavo ON +2,05%) e evita uma queda mais forte do Ibovespa (-0,28%, aos 137.418 pontos).

Em Wall Street, prevalece o clima de aversão ao risco (Dow Jones -1,40%; S&P500 -0,67%; Nasdaq –0,71%), após Donald Trump dizer que a reunião com Irã para discutir o programa nuclear do país segue agendada para domingo em Omã, mas não tem certeza se o encontro acontecerá.

Também não se sabe ainda se a estrutura do programa foi completamente ou parcialmente afetada pelos ataques.

Por aqui, o dólar à vista tem leve alta diante do real (+0,08%, a R$ 5,5476), enquanto a moeda americana avança sobre os pares (DXY +0,29%, aos 98,206 pontos).

Os juros futuros operam mistos, com os curtos em baixa (Jan/26 a 14,840%) e longos em alta (Jan/33 a 13,820%).

(Téo Takar)

Ibovespa sobe puxado por Petrobras; NY registra leve alta após PPI melhor que o esperado

[12/6/2025] Da Redação do Bom Dia Mercado

O Ibovespa ficou instável durante boa parte do dia, em meio à decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta, de pautar a urgência de um PDL para derrubar o novo decreto do IOF.

A bolsa, no entanto, engatou alta a partir do meio da tarde, com a máxima chegando perto dos 138 mil pontos. O índice terminou cotado a 137.799,74 pontos, com valorização de 0,49%. O giro foi de R$ 28,6 bilhões, acima da média.

Petrobras mais uma vez puxou índice, na contramão do petróleo, embalada pela fala do ministro Fernando Haddad, de que negocia com estatais o pagamento de dividendos extraordinários.

As ações ON da estatal subiram 2,76% (R$ 34,25), entre os maiores ganhos, assim como as PN (+2,25%; R$ 31,75). Vale caiu 0,66% (R$ 52,83), seguindo o minério.

O dólar à vista fechou em leve alta de 0,09%, a R$ 5,5426, refletindo o aumento da aversão ao risco fiscal, após declarações de Motta.

Em NY, as bolsas conseguiram se recuperar da abertura negativa e fecharam com leve alta, apoiadas pelo PPI de maio ter vindo melhor do que o espero. Isso reforça a expectativa de que o Fed possa realizar dois cortes de juros neste ano.

Ao mesmo tempo, os investidores estão atentos às novas ameaças tarifárias feitas pelo presidente Donald Trump e acompanham o desenrolar das tensões geopolíticas no Oriente Médio.

Dow Jones subiu 0,24% (42.967,62). S&P500 ganhou 0,38% (6.045,25). Nasdaq avançou 0,24% (19.662,48). Já os retornos dos Treasuries cederam.

Juros futuros ficam voláteis com retorno do risco fiscal e proximidade do Copom

Os juros futuros tiveram uma sessão volátil, em meio aos ruídos sobre o aumento do IOF, com a mudança radical de tom do presidente da Câmara, Hugo Motta, sobre o tema.

Depois de afirmar no fim de semana que havia um acordo com o governo, hoje Motta declarou no X que “não há clima” na Câmara e que vai pautar o decreto legislativo para derrubar a proposta inicial de aumento do imposto.

Em meio ao retorno do risco fiscal, o mercado seguiu revendo suas apostas para o próximo Copom, após o dado de vendas no varejo ampliado em abril terem mostrado queda de 1,9%, pior que o esperado (-1,5%) e uma desaceleração importante diante da alta de 1,7% de março.

No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,845% (de 14,890% no fechamento anterior); Jan/27 a 14,185% (14,235%); Jan/29 a 13,535% (13,570%); Jan/31 a 13,690% (13,700%); Jan/33 a 13,740% (13,760%).

(Téo Takar)