Conflito Israel-Irã entra no radar do mercado

Depois da novela do IOF, com Congresso e governo se estranhando mais uma vez em relação às propostas alternativas ao imposto, e das ameaças de Donald Trump com sua guerra comercial, de retomar algumas tarifas antes do prazo de 9 de julho acertado para o fim das negociações, um novo fato preocupante entrou no radar do mercado.

Na madrugada desta sexta-feira, Benjamin Netanyahu cumpriu a ameaça e atacou instalações nucleares do Irã, após Trump sinalizar que as negociações entre Washington e Teerã sobre o programa nuclear iraniano não estavam evoluindo. O Irã já respondeu aos ataques.

Nesse momento, não é possível afirmar se o conflito será pontual ou se arrastará por dias ou meses. Além disso, uma eventual guerra entre os dois países pode colocar EUA (aliado de Israel) e China (do Irã) novamente em lados opostos, comprometendo as negociações comerciais entre os dois países.

Isso sem falar nos possíveis impactos sobre o mercado de petróleo.

Bom fim de semana! (Téo Takar)

Ibovespa cai em linha com aversão global ao risco; conflito no Oriente Médio se agrava

[13/6/2025] Da Redação do Bom Dia Mercado

A bolsa brasileira seguiu a tendência mundo afora e fechou em queda nesta sexta-feira, com os investidores avessos ao risco diante dos conflitos no Oriente Médio. Israel atacou o Irã, na maior investida à República Islâmica desde a guerra Irã-Iraque, na década de 1980.

O Ibovespa terminou a sessão em queda de 0,43%, aos 137.212,63 pontos, com giro de R$ 22,7 bilhões. Na semana, o índice avançou 0,82%.

O que evitou um desempenho pior hoje foi Petrobras, embalada pela disparada do petróleo.

As ações PN da estatal subiram 2,46% (R$ 32,53) e as ON, 2,13% (R$ 34,98). Vale caiu 1,33% (R$ 52,13), em linha com o minério.

O dólar à vista fechou perto da estabilidade diante do real, com leve baixa de 0,02%, a R$ 5,5417, descolado da alta da moeda americana frente aos pares no exterior.

Em NY, a cautela predominou nas bolsas já na abertura da sessão, em repercussão ao ataque israelense ao Irã na madrugada, e os índices pioraram em meados da tarde diante da retaliação iraniana contra Israel.

Dow Jones caiu 1,79% (42.197,79). S&P500 recuou 1,13% (5.976,97). Nasdaq perdeu 1,30% (19.406,83). Na semana, os índices acumularam perdas de, respectivamente, 1,32%, 0,39% e 0,63%.

Já os retornos dos Treasuries subiram.

Juros futuros recuam de olho no Copom, apesar de tensão no exterior

Os juros futuros fecharam com baixas modestas nesta sexta-feira, depois da ponta longa ensaiar uma alta mais cedo, acompanhando o avanço nos rendimentos do Treasuries devido ao clima de maior aversão ao risco no exterior por causa do conflito entre Israel e Irã.

Já a ponta curta seguiu perto da estabilidade durante toda a sessão, com investidores já de olho no Copom da próxima semana.

Na agenda do dia, o dado de volume de serviços mostrou alta de 0,2% em abril frente ao mês anterior, desacelerando em relação a março (+0,4%, dado revisado de +0,3%), mas registrando o terceiro mês seguido de crescimento.

No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,840% (de 14,863% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,170% (14,215%); Jan/29 a 13,535% (13,557%); Jan/31 a 13,680% (13,708%); e Jan/33 a 13,740% (13,771%).

(Téo Takar)