Bolsas seguem em queda sob pressão dos Treasuries; exterior pressiona Ibovespa

A pressão dos Treasuries recuou um pouco nesta tarde, mas ainda derruba as bolsas em NY (Dow -0,69%, S&P 500 -1,02%, Nasdaq -1,27%). Investidores ainda têm em mente os fortes de atividade divulgados ontem, e suas repercussões sobre os juros nos EUA, e ainda enfrentam a aversão ao risco provocada pelo agravamento do conflito Israel-Hamas após o bombardeio de um hospital em Gaza, ontem, que deixou centenas de mortos.

Sensível aos conflitos na região, o petróleo dispara mais de 2%, o que também reforça a cautela com as perspectivas para a inflação. Segundo analistas, o bom leilão de US$ 13 bilhões em T-bonds de 20 anos tirou um pouco de pressão dos títulos agora à tarde. O juro da T-note de 2 anos passou a cair levemente, enquanto o da note de 10 e o do T-bond de 30 se afastaram das máximas de 16 anos vistas mais cedo. O índice dólar sobe 0,17%, a 106,432.

Por aqui, o Ibovespa acompanha o exterior e cai forte: -1,15%, a 114.563,45 pontos. Nas blue chips, Petrobras (#PETR4 +1,63%) acompanha o petróleo, mas #VALE3 (-3,24%) tem queda forte após divulgação de seu relatório de produção. O PIB chinês acima do esperado hoje, em tese benéfico para as commodities, foi ofuscado por um dado ruim de vendas de moradias no país. O dólar à vista sobe 0,24%, a R$ 5,0471. Os juros futuros passaram a leve queda agora à tarde, depois da descompressão vista nos Treasuries. (Ana Conceição)

Juros futuros fecham com alta forte, reagindo os Treasuries

As taxas dos DIs fecharam com forte alta nesta 3ªF, pressionadas pela disparada dos juros dos Treasuries. O mercado de títulos dos EUA reagiu a dados de varejo e indústria acima do esperado em setembro no país, reforçando a postura do Fed de manter os juros básicos altos por mais tempo.

A revisão para cima nos dados dos meses anteriores aponta para um 3º trimestre de forte consumo nos EUA, segundo analistas, o que deixaria a porta aberta para mais uma alta de juro em dezembro. A fracassada eleição do presidente da Câmara dos EUA, à tarde, também pesou. O vazio de liderança na Casa paralisa o Congresso dos EUA, que não consegue tratar de temas urgentes como o acordo orçamentário para evitar um shutdown do governo federal em novembro.

No mercado doméstico, a queda do setor de serviços (-0,9% em agosto ante julho, ante previsão de estabilidade) aponta para uma inflação mais amena no setor, mas ficou em segundo plano. No fechamento, o contrato DI para jan/24 caiu a 12,178% (de 12,187%, ontem); o jan/25 subiu a 11,065% (de 10,912%); o jan/26, a 10,925% (de 10,694%). O jan/27, a 11,105% (de 10,880%); jan/29, a 11,510% (de 11,326%); e o jan/31, a 11,770% (de 11,620%). (Ana Conceição)

Petróleo fecha com leve alta, com mercado atento a guerra e Venezuela

Depois de uma sessão volátil, as cotações do petróleo fecharam com leve alta, com o mercado atento às gestões de EUA e aliados para que o conflito Israel-Hamas não se espalhe, e à assinatura do acordo entre EUA e Venezuela, que pode destravar as exportações de petróleo do país latino-americano.

Os preços chegaram a cair mais de 1% hoje depois que o Banco Central da Rússia reiterou as expectativas de que a Opep+ possa considerar um aumento na produção no início de 2024. Pouco depois, contudo, o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, disse que ainda é muito cedo para falar sobre quais decisões o cartel poderá tomar.

Apesar da calmaria no mercado hoje, os traders permanecem em alerta máximo com o conflito no Oriente Médio. No fechamento, o contrato do Brent para dezembro subiu 0,28%, a US$ 89,90 por barril, na ICE. O WTI de mesmo vencimento avançou 0,21%, a US$ 85,44 por barril, na Nymex. (BDM Online + agências)