Petróleo fecha com queda forte em meio a esforços para frear escalada da guerra
As cotações do petróleo fecharam com forte queda, diante dos esforços diplomáticos para evitar que a guerra Israel-Hamas se transforme em um conflito mais amplo no Oriente Médio. Comboios de ajuda também começaram a chegar à Faixa de Gaza vindos do Egito no fim de semana, enquanto Israel concordou em adiar, ao menos por ora, o ataque por terra ao Hamas em meio à pressão dos EUA.
Além disso, a expectativa em torno das exportações da Venezuela ajuda a tirar parte dos prêmios sobre as cotações da commodity, depois que o país entrou em acordo com os EUA sobre as eleições locais. O mercado de petróleo, contudo, continuará volátil enquanto o risco de escalada da guerra prosseguir, segundo analistas. No fechamento, o contrato Brent para dezembro caiu 2,53%, a US$ 89,83 por barril, na ICE. O WTI para dezembro recuou 2,94%, a US$ 85,49 por barril, na Nymex. (BDM Online + agências)
Ouro fecha em baixa, na ausência de guerra por terra em Gaza
O ouro fechou em leve baixa, com um freio no movimento de fuga para ativos considerados seguros diante de sinais de que Israel não fará uma incursão por terra a Gaza, por enquanto. “O preço do metal provavelmente foi derrubado pela ausência de uma grande escalada no fim de semana, que havia deixado os traders nervosos na sexta-feira”, comentou o analista Craig Erlam, da Oanda, em relatório. A TD Securities alertou que os fluxos que vinham apoiando os preços do ouro podem, em breve, serem interrompidos, dada a ausência de escalada geopolítica. Na Comex, o contrato dezembro caiu 0,33%, a US$ 1.987,8 por onça-troy. (BDM Online + agências)
Bolsas sobem em NY com alívio nos Treasuries; Ibovespa acompanha recuperação
Depois de caírem mais de 1% no início do pregão, pressionadas pela disparada dos juros longos – o da T-note de 10 anos superou os 5% -, as bolsas têm um momento de calmaria em NY e sobem desde o início da tarde. Os índices têm ajuda do alívio nos juros dos Treasuries, que passaram a cair.
Segundo alguns analistas, essa mudança de direção foi reforçada pelo tuíte do megainvestidor Bill Ackman, que depois de ter apostado contra os Treasuries longos, disse estar abandonando essa posição por causa do aumento dos riscos. O Dow avança 0,02%, o S&P 500 sobe 0,50%, o Nasdaq tem alta de 1%. O índice dólar também vive uma tarde em queda: -0,53%, a 105,597 pontos.
O mercado doméstico acompanhou e o Ibovespa, que chegou a operar na casa dos 112,1 mil pontos, sobe agora 0,19%, a 113.366,71 pontos, apesar da Petrobras. As ações da petroleira despencam (#PETR3 -5,54%, #PETR4 -5,80%) após a empresa informar que o conselho aprovou criação de reserva de remuneração de capital e a submissão de proposta de revisão do Estatuto Social da empresa.
O recuo dos papéis é reforçado pela queda de mais de 2% no Brent. O preço da commodity cede diante de notícias de que uma invasão a Gaza por terra está descartada por Israel no momento.
Acompanhando o alívio no exterior, o dólar à vista chegou a ficar abaixo dos R$ 5 (agora: -0,51%, a R$ 5,0058) e os juros futuros têm pequena queda. O DI Jan27 recua a 11,085%, de 11,146% na 6ªF. (Ana Conceição)