Petróleo fecha com forte alta após declarações de Netanyahu

As cotações do petróleo fecharam com alta, após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmar em discurso na TV que o país se prepara para uma operação terrestre na Faixa de Gaza. Ele não disse quando a incursão será realizada.

Os preços da commodity chegaram a cair na primeira parte da sessão, com informações de que Israel tinha concordado em adiar a invasão por terra em Gaza, após pedido dos EUA. O mercado virou quando o The Wall Street Journal informou que combatentes do Hamas treinaram no Irã antes dos ataques de 7 de outubro, e azedou de vez com o discurso do premiê israelense.

O relatório do DoE, mostrando aumento de 1,372 milhão de barris nos estoques de petróleo na semana passada, ante previsão de estabilidade, ficou em segundo plano. No fechamento, o contrato do Brent para janeiro subiu 2,24%, a US$ 89,12 por barril, na ICE. O WTI para dezembro avançou 1,97%, a US$ 85,39 por barril, na Nymex. (BDM Online + agências)

Retornos dos Treasuries longos disparam e derrubam bolsas

Da Redação do Bom Dia Mercado

As bolsas em Nova York renovaram mínimas de forma sucessiva na última meia hora, seguidas pelo Ibovespa, diante da disparada dos juros dos Treasuries longos nesta 4ªF. O surpreendente aumento nas vendas de moradias novas nos EUA (+12,3% em setembro) já tinha impulsionado os retornos dos títulos americanos ao mostrar a força da economia americana, apesar dos juros altos. Depois, um leilão de T-notes de 5 anos com juro máximo de 4,899%, bem acima da média recente, levou as taxas às máximas.

Há pouco, o T-bond de 30 anos subia 0,14pp, a 5,0848%. A note de 10 anos avançava 0,13pp, a 4,9517%. Nas bolsas, o resultado da Alphabet, cujo resultado decepcionou, contribui para a pressão. O Dow cai 0,30%, o S&P 500 recua 1,40%, o Nasdaq cede 2,35%. O índice dólar avança 0,24% e a moeda também sobe ante emergentes como o real (+0,23%, a R$ 5,0048).

Por aqui, o Ibovespa renovou mínimas junto com NY e há pouco reduzia as perdas a -0,86% (112.779,20). Na B3, os juros futuros sobem de forma moderada, longe das máximas intraday, à espera da votação do PL dos Fundos, confirmada para hoje pelo presidente da Câmara, Arthur Lira. O DI Jan27 avança a 11,065%, de 11,021%. (Ana Conceição)

Dólar abaixo de R$ 5 e forte queda no petróleo tiram prêmios dos DIs

[24/10/23] Da Redação do Bom Dia Mercado

As taxas dos DIs fecharam com queda nesta 3ªF, apoiadas pela terceira queda consecutiva nos preços do petróleo e a desvalorização do dólar, que ficou abaixo de R$ 5. Voláteis, os retornos dos Treasuries não deram muita direção, mas a queda nos vencimentos mais longos pode ter ajudado na descompressão das taxas domésticas.

A perspectiva de votação de temas importantes da pauta econômica ajudou na redução dos prêmios. Na reforma tributária, o senador Eduardo Braga, relator da matéria, deve protocolar seu relatório ainda hoje e ler o documento amanhã na CCJ. A votação do PL dos fundos exclusivos e offshore foi mais uma vez adiada na Câmara, mas há alguma perspectiva de apreciação amanhã.

No fechamento, o contrato DI para jan/24 ficou de lado a 12,126% (de 12,123%, ontem); o jan/25 caiu a 10,935% (de 11,041%); o jan/26, a 10,805% (de 10,972%). O jan/27, a 10,980% (de 11,163%); jan/29 cedeu a 11,400% (de 11,586%). O jan/31 caiu a 11,610% (de 11,804%). (Ana Conceição)