Bolsas sustentam ganhos em NY com recuo dos Treasuries; Ibovespa sobe

Os índices de ações estão longe das máximas do dia em NY, mas ainda sustentam ganhos moderados, em meio à queda nos juros dos Treasuries longos. Os curtos, que caíam mais cedo, agora registram yields ligeiramente mais altos. Os retornos dos títulos americanos seguem fortes, desautorizando grandes tomadas de posições na renda variável. O Dow sobe 0,35%, o S&P 500 +0,26%, o Nasdaq +0,45%.

Há cautela também com o conflito Israel-Hamas e os balanços de Microsoft e Alphabet, que sairão após o fechamento do mercado, embora se espere resultados positivos de ambas. Segundo a Bloomberg, em média, o lucro das cinco maiores empresas do S&P 500 – Apple, Microsoft, Alphabet, Amazon e Nvidia – responsáveis por 25% da capitalização de mercado do índice, deve crescer 34% sobre o 3tri22. O índice dólar sobe forte durante todo o dia (agora +0,66%), puxado pelo forte resultado do PMI de serviços nos EUA, medido pela S&P Global.

Por aqui, a moeda chegou a operar abaixo dos R$ 5, com relatos de fluxo comercial. Há pouco, caía 0,32%, a R$ 5,0007. O Ibovespa acompanha o exterior (+0,49%, a 113.340) e tem ajuda de #VALE3 (+2,51%), que reage à alta do minério de ferro. Mesmo com a queda em torno de 2% no Brent, Petrobras sobe (#PETR4 +0,85%), recuperando uma pequena parte das fortes perdas de ontem. Grandes bancos também avançam. Os juros futuros recuam favorecidos pela queda do real e do petróleo e apesar da decepção com o adiamento da votação do PL dos fundos, que ficou para, talvez, amanhã. O DI Jan27 recua a 11,085%, de 11,163% ontem. (Ana Conceição)

Juros futuros fecham de lado, após RCN alertar sobre aperto de liquidez no exterior

Os juros futuros vinham em queda ao longo da tarde na B3, acompanhando o recuo nos retornos dos Treasuries, mas zeraram a baixa depois que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alertou sobre o impacto do aperto das condições de liquidez no exterior sobre os mercados emergentes.

Durante evento promovido pelo Estadão, ele afirmou há a possibilidade de que a liquidez mais apertada no mundo, com juro e dívida mais altos em países desenvolvidos, afete o mundo emergente de “forma mais severa”. Segundo ele, tais condições aumentam o esforço fiscal a ser feito no Brasil. “Com liquidez menor, tem de fazer dever de casa melhor. A barra para fiscal no Brasil ficou mais alta”, afirmou. “Mas governo está fazendo sua parte”, ponderou.

Alguns analistas já vêm menos espaço para uma Selic terminal de um dígito ao fim do atual ciclo de cortes por causa da pressão externa, o que joga mais peso para a política fiscal. No fechamento, o contrato DI para jan/24 ficou de lado a 12,132% (de 12,133%, na 6ªF); o jan/25 subiu a 11,050% (de 11,034%); o jan/26, a 10,980% (de 10,964%). O jan/27, a 11,165% (de 11,146%); jan/29 cedeu a 11,570% (de 11,580%). O jan/31caiu a 11,790% (de 11,810%). (Ana Conceição)

Petróleo fecha com queda forte em meio a esforços para frear escalada da guerra

As cotações do petróleo fecharam com forte queda, diante dos esforços diplomáticos para evitar que a guerra Israel-Hamas se transforme em um conflito mais amplo no Oriente Médio. Comboios de ajuda também começaram a chegar à Faixa de Gaza vindos do Egito no fim de semana, enquanto Israel concordou em adiar, ao menos por ora, o ataque por terra ao Hamas em meio à pressão dos EUA.

Além disso, a expectativa em torno das exportações da Venezuela ajuda a tirar parte dos prêmios sobre as cotações da commodity, depois que o país entrou em acordo com os EUA sobre as eleições locais. O mercado de petróleo, contudo, continuará volátil enquanto o risco de escalada da guerra prosseguir, segundo analistas. No fechamento, o contrato Brent para dezembro caiu 2,53%, a US$ 89,83 por barril, na ICE. O WTI para dezembro recuou 2,94%, a US$ 85,49 por barril, na Nymex. (BDM Online + agências)