Dólar e juros sobem de olho nas tarifas e com IPCA-15 acelerando às vésperas do Copom
Dólar e juros abriram em alta, com a moeda agora a R$ 5,5320 (+0,22%), ainda sem solução nas negociações de tarifas com os EUA, que mostraram interesse nos minerais críticos do País.
Alckmin informou ontem que abriu um canal de diálogo com o secretário de Comércio Howard Lutnick que pode evitar a tarifa de 50%.
Às vésperas do Copom, o IPCA-15 (+0,30%) apontou alta ante junho (+0,26%), dentro do consenso, com aceleração principalmente em transportes (de 0,06% para 0,67%). Brasil teve déficit em conta corrente de US$ 5,131 bi em junho, acima do déficit de junho de 2024, de US$ 3,368 bi.
O IDP acumulado atingiu US$ 67,0 bi (3,14% do PIB). A sessão é de alta generalizada do dólar no cenário de acordos em andamento e reuniões de BCs na próxima semana. Espera-se que tanto o Fed quanto o BoJ mantenham as taxas estáveis e o foco estará nos comentários.
Ontem, Trump voltou a pressionar Powell, mas disse que não pretendia demiti-lo.
O DX sobe 0,48%, no nível dos 97,844 pontos, mas caminha para queda de 0,75% na semana, seu desempenho mais fraco em um mês.
Europa reduz ganhos no fechamento, com BCE mantendo taxas inalteradas
As bolsas europeias fecharam mistas, reduzindo ganhos depois que o BCE deixou as taxas de juros inalteradas, conforme esperado.
Os investidores também estavam focados nos resultados de bancos (Deutsche Bank +9,13%) e no arrefecimento das tensões comerciais.
Com a inflação de volta à meta de 2% do BCE e a economia resiliente, a presidente Christine Lagarde disse que os formuladores de políticas estavam mais interessados nas perspectivas do comércio e seu impacto na economia antes de decidir sobre novos cortes.
No início do dia, o sentimento estava mais positivo, depois de falas de autoridades do bloco cogitando uma tarifa ampla de 15%.
Fechamento: Frankfurt +0,26%; Londres +0,83%; Paris -0,41%: Madri +1,40%; Stoxx 600 +0,24% (551,54)
Giro das 12h: Ibovespa recua com incerteza sobre tarifas
O Ibovespa recua a 134.202,80 pontos (-0,86%) à medida em que se aproxima o prazo para início da cobrança de tarifas de 50% dos EUA contra o Brasil (1º/8), cuja solução é incerta.
Em meio a indiretas de Trump, o governo busca apoio no exterior e um plano de contingência deve ser anunciado em breve.
Em NY, as bolsas estão mistas (Dow Jones -0,24%; S&P 500 +0,31% e Nasdaq +0,28%, também de olho no comércio e nas techs.
Alphabet ganha 1,4% após lucros e aumento de gastos com IA em US$ 10 bi, enquanto Tesla cede 8%, com perspectivas ruins à frente.
Os mercados aguardam definição das negociações entre UE e EUA.
A sessão é de valorização do dólar, com o DXY em alta de 0,11%, aos 97,323 pontos.
Dados mostraram a força do mercado de trabalho americano e a prévia do PMI Composto de julho veio na máxima de sete meses, com Serviços muito acima do previsto e Industrial bem abaixo do estimado.
Hoje o BCE manteve juros estáveis e Lagarde vê o BC em boa posição para esperar mais clareza sobre o cenário.
Aqui, a dólar sobe a R$ 5,5285 (+0,10%), os juros longos acompanham a moeda e os rendimentos dos Treasuries, que ampliam ganhos de ontem.