Bolsas sobem e dólar cai revertendo reação negativa inicial após payroll

As bolsas em NY passaram a subir e atingem máximas sucessivas, enquanto o índice dólar cai e os juros dos Treasuries reduzem a alta. Depois de um início de pregão bem ruim por causa do payroll muito acima do esperado, os mercados respiram. O Dow Jones sobe 0,73%, o S&P 500 avança 0,70%, o Nasdaq tem alta de 0,90%. O índice dólar cai 0,28%, a 106,029. O juro do T-bonde de 30 anos, que bateu na máxima de 5,01% hoje, reduz a alta a 4,90%, de 4,88% ontem.

Os ativos domésticos seguem o mesmo caminho. Depois de descer aos 111,5 mil pontos, o Ibovespa recuperou os 113 mil: sobe 0,28%, a 113.599,7 pontos. O dólar à vista cai 0,33%, a R$ 5,1522. E os juros desaceleram. O DI Jan27 sobe a 11,160%, de 11,121% ontem, depois de ter ido à máxima do dia em 11,425%.

Para analistas, o relatório do payroll tem elementos que devem agradar e também desagradar o Fed. No primeiro grupo estão o forte número de vagas criadas em setembro e as revisões para cima de julho e agosto. No segundo estão a desaceleração dos ganhos salariais e a estabilidade da taxa de participação. Seja como for, a aposta majoritária (73,4%, segundo o CME) ainda é de manutenção do juro pelo Fed em novembro. (Ana Conceição)

Juros futuros fecham com pequena alta à espera do payroll

As taxas dos DIs fecharam com pequena alta em meio à cautela com o payroll, amanhã. Um número forte do mercado de trabalho dos EUA pode pressionar mais os rendimentos dos Treasuries, cujo avanço tem sido o principal responsável pelo recente aumento dos prêmios no mercado doméstico.

Hoje, o número de pedidos de auxílio-desemprego (207 mil) abaixo do esperado (213 mil) não chegou a estressar os títulos dos EUA, mas os retornos seguiram perto de suas máximas históricas. A forte queda do preço do petróleo também contribuiu para um dia mais ameno nos juros.

Por aqui, decepcionou o adiamento da votação do projeto de lei que taxa fundos exclusivos e offshores, importante para o aumento da arrecadação. Ainda no noticiário do dia, as contas públicas devem ter mais um baque em 2023, de R$ 500 milhões, com a volta da desoneração do diesel até o fim do ano.

No fechamento, o contrato DI para jan/24 subiu a 12,246% (de 12,238%, ontem); o jan/25, a 11,00% (de 10,972%); o jan/26, a 10,885% (de 10,848%). O jan/27, a 11,140% (de 11,087%); jan/29, a 11,630% (de 11,571%); e o jan/31, a 11,910% (de 11,850%). (Ana Conceição)

Petróleo cai com perspectiva negativa para a demanda global

As cotações do petróleo estenderam as fortes perdas de ontem diante da perspectiva de queda na demanda, provocada pela alta dos juros. O cenário de taxas mais altas por mais tempo nos EUA e outras regiões, e seu impacto sobre a economia global, tem compensado a restrição na oferta da commodity.

Dados do DoE, divulgados ontem, mostrando o maior aumento nos estoques de gasolina desde o início de 2022 e a demanda no ponto mais baixo para esta época do ano desde 1998, continuaram a pesar sobre o mercado. Analistas também observam que a forte queda no preço do petróleo decorre de questões técnicas no mercado, com uma grande liquidação de opções de compra e montagem de opções de venda (que apostam na queda do preço).

No lado da oferta, o governo da Rússia informou hoje que não há um prazo definido para o fim da proibição de exportação de combustíveis introduzida em setembro. No fechamento, o contrato Brent para dezembro caiu 2,07%, a US$ 84,07 por barril, na ICE. O WTI para novembro recuou 2,27%, a US$ 82,31 por barril, na Nymex. (BDM Online + agências)