Bolsas interrompem recuperação à espera da ata do Fed
As bolsas em NY viraram para o negativo desde o meio-dia, interrompendo o tom mais positivo visto pela manhã, com investidores cautelosos com a mensagem que vai trazer a ata do Fed, logo mais, às 15h. Há pouco, o Dow Jones tinha queda de 0,29%, o S&P 500 caía 0,24% e o Nasdaq recuava 0,06%. O índice dólar virou e há pouco subia 0,15%, a 105,981 pontos. Os juros dos Treasuries curtos sobem. O da T-note de 2 anos avança 0,05pp, a 5,024%.
Os ativos domésticos seguem o movimento de NY, apesar do IPCA de setembro abaixo do esperado. O Ibovespa cai 0,34%, a 116.344,60 pontos e o dólar à vista sobe 0,21%, a R$ 5,0664. A taxa do DI Jan27 avança a 10,885%, de 10,779% ontem.
Os mercados estarão atentos a quaisquer indicações mais dovish na ata da última reunião do Fed, de setembro, que sugiram que o BC americano terminou o ciclo de aperto monetário. Nos últimos dias, vários dirigentes do Fed apontaram que a forte alta das taxas dos Treasuries longos teria o efeito de um aumento de juro adicional. (Ana Conceição)
Juros futuros fecham em queda, acompanhando os Treasuries
As taxas dos DIs fecharam com queda, acompanhando a baixa nos retornos dos Treasuries. Declarações dovish de dirigentes do Fed apontando que, talvez, o ciclo de aperto monetário tenha terminado, aliviaram os juros futuros nos EUA.
Ontem, o vice do Fed, Phillip Jefferson, e Lorie Logan (Dallas) adotaram essa postura; hoje, foi a vez de Raphael Bostic (Atlanta) e Neel Kashkari (Minneapolis) servirem como bombeiros, no que pareceu um movimento coordenado para acalmar o mercado. Deu certo. O juro da note de 2 anos ficou abaixo de 5% e os de longo prazo (10 e 30 anos) tiveram queda de mais de 0,10pp na volta do feriado de Columbus Day.
A percepção de que o conflito Israel-Hamas deve ficar circunscrito à região e a notícia de que a China prepara um pacote de estímulos à economia ajudaram a aliviar a pressão sobre os ativos. Amanhã, sai o IPCA de setembro. A mediana das expectativas (Broadcast) é de 0,32%, de 0,23% em agosto, e de 5,25% em 12 meses, de 4,61% na medição anterior.
No fechamento, o contrato DI para jan/24 ficou estável em 12,214% (de 12,212%, ontem); o jan/25 caiu a 10,760% (de 10,833%); o jan/26, a 10,560% (de 10,661%). O jan/27, a 10,770% (de 10,898%); jan/29, a 11,250% (de 11,384%); e o jan/31, a 11,560% (de 11,665%). (Ana Conceição)
Petróleo fecha em leve queda, com mercado avaliando extensão do conflito Israel-Hamas
As cotações do petróleo devolveram uma pequena parte da alta de 4%, ontem, com o mercado avaliando os riscos de oferta após o ataque do Hamas a Israel no fim de semana. Embora ainda não haja impacto de fato no mercado físico, uma escalada do conflito para outras regiões do Oriente Médio, como o Irã, pode afetar o fluxo global da commodity.
O Irã, que está sendo acusado de ter ajudado o Hamas, aumentou a produção para o maior nível dos últimos cinco anos a fim de elevar as exportações de petróleo para a China. Na outra ponta, as agências Reuters e Bloomberg informaram que Venezuela e Estados Unidos fizeram progressos em negociações que podem aliviar sanções a Caracas, permitindo que pelo menos uma empresa petrolífera estrangeira adquira óleo bruto venezuelano sob determinadas condições.
No fechamento, o contrato Brent para dezembro caiu 0,56%, a US$ 87,65 por barril, na ICE. O WTI para novembro teve baixa de 0,47%, a US$ 85,97 por barril, na Nymex. (BDM Online + agências)