NY busca segurança em meio a guerra Israel-Hamas; ativos domésticos recuam
Os índices de ações em NY estendem as perdas nesta tarde em NY com investidores em busca de ativos considerados seguros, como Treasuries e ouro, por causa da expectativa de que Israel promova uma invasão terrestre na Faixa de Gaza.
O temor de uma escalada no conflito, mais os dados da Universidade de Michigan (queda na confiança do consumidor, aumento na expectativa de inflação nos EUA) reforçam a cautela antes do fim de semana, a despeito dos bons balanços de JPMorgan, Wells Fargo e Citigroup. O petróleo dispara quase 5%. O Dow Jones oscila entre perdas e ganhos e há pouco subia 0,13%, mas S&P 500 (-0,50%) e Nasdaq (-1,22%) estão firmes na queda. O índice dólar sobe 0,11%, a 106,716. O retorno da T-note de 2 anos cai a 5,04%, de 5,07%, ontem. O da note de 10 anos recua a 4,62%, de 4,70%.
Por aqui, o mercado reage ao exterior negativo e ainda se ajusta ao CPI dos EUA acima do esperado, divulgado ontem quando a bolsa estava fechada. O Ibovespa fez mínimas sucessivas agora à tarde e ficou abaixo dos 116 mil pontos. Há pouco, caía 0,94%, a 115.952,27. O dólar à vista sobe 0,72%, a R$ 5,0861. Os juros futuros avançam. O DI Jan27 sobe a 10,980%, de 10,847% na 4ªF. Na máxima do dia superou 11%. (Ana Conceição)
Juros fecham em alta, com cautela antes de CPI nos EUA
Os juros futuros fecharam em alta nesta véspera de feriado, apesar do IPCA de setembro abaixo do esperado. Os EUA divulgam o CPI amanhã e embora a expectativa seja de desaceleração no índice cheio (mensal e anual) e no núcleo (anual), o mercado preferiu a cautela diante de eventuais surpresas.
Os DIs acabaram na contramão da melhora dos ativos domésticos a partir do meio da tarde, capitaneada pela ata do Fed, que não trouxe novidades e manteve a expectativa de manutenção dos juros pelo BC americano na reunião de novembro. Depois da divulgação do documento, as bolsas subiram e o dólar caiu.
O avanço dos juros futuros também foi atribuído a rumores de que Campos Neto teria feito comentários mais duros do que o esperado em reuniões com investidores em evento do FMI, em Marrakesh, no Marrocos. O presidente do BC, segundo agências de notícias, teria sinalizado ser maior a chance de queda no ritmo de cortes da Selic que de aumento. O teor das declarações não foi oficialmente divulgado.
No fechamento, o contrato DI para jan/24 subiu a 12,220% (de 12,200%, ontem); o jan/25, a 10,870% (de 10,745%); o jan/26, a 10,635% (de 10,549%). O jan/27, a 10,820% (de 10,779%); jan/29, a 11,290% (de 11,267%); e o jan/31, a 11,570% (de 11,565%). (Ana Conceição)
Sem sinais de ampliação do conflito Israel-Hamas, petróleo fecha em forte baixa
As cotações do petróleo fecharam em baixa, com sinais de que o impacto do conflito Israel-Hamas continua limitado à região. Segundo a Bloomberg, a queda dos preços foi intensificada depois de o New York Times ter informado que a inteligência dos EUA confirmou que o Irã foi surpreendido pelo ataque do Hamas a Israel.
Isso pode reduzir as possibilidades de sanções adicionais ao petróleo iraniano e ajudar a evitar que a nação e os seus representantes em todo o Médio Oriente sejam arrastados para o conflito. Além disso, a Arábia Saudita, líder da Opep+, reiterou o apoio aos esforços do grupo para equilibrar os mercados de petróleo. Segundo analistas, questões técnicas também pressionaram as cotações. Depois da forte alta da 2ªF, os contratos ficaram sobrecomprados e sujeitos a uma correção.
No fechamento, o contrato Brent para dezembro caiu 2,08%, a US$ 85,82 por barril, na ICE. O WTI para novembro recuou 2,88%, a US$ 83,49 por barril, na Nymex. (BDM Online + agências)