Juros futuros fecham com alta forte, reagindo os Treasuries

As taxas dos DIs fecharam com forte alta nesta 3ªF, pressionadas pela disparada dos juros dos Treasuries. O mercado de títulos dos EUA reagiu a dados de varejo e indústria acima do esperado em setembro no país, reforçando a postura do Fed de manter os juros básicos altos por mais tempo.

A revisão para cima nos dados dos meses anteriores aponta para um 3º trimestre de forte consumo nos EUA, segundo analistas, o que deixaria a porta aberta para mais uma alta de juro em dezembro. A fracassada eleição do presidente da Câmara dos EUA, à tarde, também pesou. O vazio de liderança na Casa paralisa o Congresso dos EUA, que não consegue tratar de temas urgentes como o acordo orçamentário para evitar um shutdown do governo federal em novembro.

No mercado doméstico, a queda do setor de serviços (-0,9% em agosto ante julho, ante previsão de estabilidade) aponta para uma inflação mais amena no setor, mas ficou em segundo plano. No fechamento, o contrato DI para jan/24 caiu a 12,178% (de 12,187%, ontem); o jan/25 subiu a 11,065% (de 10,912%); o jan/26, a 10,925% (de 10,694%). O jan/27, a 11,105% (de 10,880%); jan/29, a 11,510% (de 11,326%); e o jan/31, a 11,770% (de 11,620%). (Ana Conceição)

Petróleo fecha com leve alta, com mercado atento a guerra e Venezuela

Depois de uma sessão volátil, as cotações do petróleo fecharam com leve alta, com o mercado atento às gestões de EUA e aliados para que o conflito Israel-Hamas não se espalhe, e à assinatura do acordo entre EUA e Venezuela, que pode destravar as exportações de petróleo do país latino-americano.

Os preços chegaram a cair mais de 1% hoje depois que o Banco Central da Rússia reiterou as expectativas de que a Opep+ possa considerar um aumento na produção no início de 2024. Pouco depois, contudo, o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, disse que ainda é muito cedo para falar sobre quais decisões o cartel poderá tomar.

Apesar da calmaria no mercado hoje, os traders permanecem em alerta máximo com o conflito no Oriente Médio. No fechamento, o contrato do Brent para dezembro subiu 0,28%, a US$ 89,90 por barril, na ICE. O WTI de mesmo vencimento avançou 0,21%, a US$ 85,44 por barril, na Nymex. (BDM Online + agências)

Bolsas caem com dados fortes de atividade nos EUA; juros dos Treasuries disparam

Depois de tomarem fôlego no início da tarde, as bolsas de ações voltaram a cair na última meia hora, à medida que os juros dos Treasuries renovavam as máximas do dia. As taxas reagem a dados de varejo e indústria acima do esperado nos EUA, reforçando a postura do Fed de manter os juros básicos altos por mais tempo, e mesmo levando alguns analistas a apostar numa alta em dezembro.

Os dados também levaram vários bancos, do Goldman Sachs ao JPMorgan e Morgan Stanley a aumentar os ‘trackings’ para o PIB do 3º trimestre. Em NY, o retorno da T-note de 2 anos sobe a 5,212%, de 5,1052% ontem. O de 10 anos avança a 4,855%, de 4,71%. Nas bolsas, o Dow Jones cai 0,06%, o S&P 500 recua 0,08%, o Nasdaq cede 0,22%. O dólar, contudo, recua ante seus pares: DXY -0,05%, a 106,200 pontos.

No mercado doméstico, o Ibovespa seguiu NY e passou a cair: -0,23%, a 116.528,74 pontos. O dólar recua (-0,08%, a 5,0330), mas longe das mínimas do dia, quando se aproximou mais dos R$ 5. Os juros futuros renovavam há pouco as máximas intraday. O DI Jan27 avança a 11,045%, de 10,880%, ontem. (Ana Conceição)