Bolsas caem com dados fortes de atividade nos EUA; juros dos Treasuries disparam

Depois de tomarem fôlego no início da tarde, as bolsas de ações voltaram a cair na última meia hora, à medida que os juros dos Treasuries renovavam as máximas do dia. As taxas reagem a dados de varejo e indústria acima do esperado nos EUA, reforçando a postura do Fed de manter os juros básicos altos por mais tempo, e mesmo levando alguns analistas a apostar numa alta em dezembro.

Os dados também levaram vários bancos, do Goldman Sachs ao JPMorgan e Morgan Stanley a aumentar os ‘trackings’ para o PIB do 3º trimestre. Em NY, o retorno da T-note de 2 anos sobe a 5,212%, de 5,1052% ontem. O de 10 anos avança a 4,855%, de 4,71%. Nas bolsas, o Dow Jones cai 0,06%, o S&P 500 recua 0,08%, o Nasdaq cede 0,22%. O dólar, contudo, recua ante seus pares: DXY -0,05%, a 106,200 pontos.

No mercado doméstico, o Ibovespa seguiu NY e passou a cair: -0,23%, a 116.528,74 pontos. O dólar recua (-0,08%, a 5,0330), mas longe das mínimas do dia, quando se aproximou mais dos R$ 5. Os juros futuros renovavam há pouco as máximas intraday. O DI Jan27 avança a 11,045%, de 10,880%, ontem. (Ana Conceição)

Juros fecham em queda, com ajuda do dólar, em dia favorável a emergentes

As taxas de juros futuros fecharam com queda na B3 hoje, na contramão dos rendimentos dos Treasuries, que subiram com a ausência de uma escalada significativa no conflito Israel-Hamas nos últimos dias. As declarações de Patrick Harker (Fed Filadélfia) apoiando a manutenção dos juros pelo BC americano nos dois eventos de que participou hoje, não teve impacto nas taxas de lá. Ele vota no Fomc este ano.

Assim, os DIs seguiram a baixa do dólar, que também caiu ante outros produtores de commodities, após nova injeção de liquidez no mercado chinês pelo PBoC. No Focus, a novidade foi a queda nas expectativas para o IPCA 2023 (de 4,89% para 4,75%) após o bom IPCA de setembro, deixando o índice dentro do intervalo da meta (1,75% a 4,75%). Mas o IPCA 2024, que é o foco do BC, a mediana seguiu em 3,88%. As expectativas para taxa Selic foram mantidas em 11,75% no fim de 2023 e em 9,00% no fim de 2024.

No fechamento, o contrato DI para jan/24 caiu a 12,192% (de 12,201%, na 6ªF); o jan/25, a 10,940% (de 10,988%); o jan/26, a 10,730% (de 10,806%). O jan/27, a 10,895% (de 10,997%); jan/29, a 11,310% (de 11,452%); e o jan/31, a 11,590% (de 11,731%). (Ana Conceição)

Petróleo se ajusta em baixa após disparada da 6ªF

Depois de dispararem 6% na sexta-feira, as cotações do petróleo se ajustaram em baixa hoje, enquanto investidores monitoram o conflito Israel-Hamas e suas consequências sobre a oferta de óleo bruto. O fato de Israel não ter invadido Gaza no fim de semana abriu espaço para uma correção nos preços.

Segundo analistas, qualquer ‘desescalada’ no conflito eliminaria o prémio recente embutido nos preços do petróleo, calculado entre US$ 4 e US$ 5 por barril. Enquanto isso, a produção dos EUA atingiu um nível recorde, com produção de 13,2 milhões de bpd na semana encerrada em 6 de outubro, de acordo com a Administração de Informação de Energia (AIE). É o maior valor semanal desde 1983.

A notícia de que EUA e Venezuela teriam fechado um acordo que vai aliviar as sanções ao petróleo venezuelano também pressionou as cotações nesta 2ªF. No fechamento, o contrato Brent para dezembro caiu 1,36%, a US$ 89,65 por barril, na ICE. O WTI para novembro recuou 1,17%, a US$ 86,66 por barril, na Nymex. (BDM Online + agências)