Bolsas sobem em NY com alívio nos Treasuries; Ibovespa acompanha recuperação

Depois de caírem mais de 1% no início do pregão, pressionadas pela disparada dos juros longos – o da T-note de 10 anos superou os 5% -, as bolsas têm um momento de calmaria em NY e sobem desde o início da tarde. Os índices têm ajuda do alívio nos juros dos Treasuries, que passaram a cair.

Segundo alguns analistas, essa mudança de direção foi reforçada pelo tuíte do megainvestidor Bill Ackman, que depois de ter apostado contra os Treasuries longos, disse estar abandonando essa posição por causa do aumento dos riscos. O Dow avança 0,02%, o S&P 500 sobe 0,50%, o Nasdaq tem alta de 1%. O índice dólar também vive uma tarde em queda: -0,53%, a 105,597 pontos.

O mercado doméstico acompanhou e o Ibovespa, que chegou a operar na casa dos 112,1 mil pontos, sobe agora 0,19%, a 113.366,71 pontos, apesar da Petrobras. As ações da petroleira despencam (#PETR3 -5,54%, #PETR4 -5,80%) após a empresa informar que o conselho aprovou criação de reserva de remuneração de capital e a submissão de proposta de revisão do Estatuto Social da empresa.

O recuo dos papéis é reforçado pela queda de mais de 2% no Brent. O preço da commodity cede diante de notícias de que uma invasão a Gaza por terra está descartada por Israel no momento.

Acompanhando o alívio no exterior, o dólar à vista chegou a ficar abaixo dos R$ 5 (agora: -0,51%, a R$ 5,0058) e os juros futuros têm pequena queda. O DI Jan27 recua a 11,085%, de 11,146% na 6ªF. (Ana Conceição)

Juros futuros fecham em queda, acompanhando alívio nos Treasuries

As taxas dos DIs fecharam com queda, após três sessões em alta, acompanhando o alívio nos juros dos Treasuries. Com o conflito Israel-Hamas ameaçando se agravar no fim de semana, investidores correram para ativos de segurança, como os títulos americanos.

Na semana, contudo, as taxas domésticas acumulam alta, com mais ênfase no miolo da curva, diante da perspectiva de que os juros básicos nos EUA fiquem elevados por um período longo. Em discurso hoje, Raphael Bostic (Fed Atlanta) afirmou que cortes não devem ocorrer até meados de 2024.

Com as ameaças lá fora, questões internas têm ficado em segundo plano, embora duas das principais notícias do dia sejam favoráveis a juros mais baixos. A Petrobras anunciou redução no preço da gasolina (que tem mais peso na inflação que o diesel, cujo preço subiu) e o IBC-Br caiu em agosto (-0,77% na margem) mais do que esperado, o que levou a revisões negativas para o PIB do 3º trimestre.

No fechamento, o contrato DI para jan/24 ficou de lado a 12,142% (de 12,143%, ontem); o jan/25 caiu a 11,075% (de 11,175%); o jan/26, a 11,030% (de 11,154%). O jan/27, a 11,210% (de 11,339%); jan/29, a 11,640% (de 11,714%). O jan/31 subiu a 11,860% (de 11,912%). (Ana Conceição)

Petróleo fecha em queda hoje, mas anota 2ª semana de altas consecutivas

Depois de oscilar entre altas e baixas ao longo do dia, as cotações do petróleo fecharam com queda moderada. Mas anotaram a segunda semana de ganhos consecutivos, por causa do conflito Israel-Hamas e o temor de que a guerra se alastre para outras regiões do Oriente Médio. Segundo analistas, os esforços dos EUA para evitar uma invasão a Gaza por terra aliviou o mercado.

Uma incursão do exército israelense parecia iminente pela manhã, o que fez os preços subirem mais de 1%. Mas depois de inicialmente resistir ao adiamento do que as autoridades disseram que seria uma operação militar massiva para erradicar o Hamas, Israel concordou, sob pressão dos EUA, em adiar o seu ataque, segundo a Bloomberg.

No mercado físico, a oferta segue restrita e deve seguir sustentando os preços do petróleo. Ontem, os EUA informaram que terão que comprar 6 milhões de barris de óleo bruto para recompor suas reservas estratégicas.

No fechamento, o contrato Brent para dezembro caiu 0,23%, a US$ 92,16 por barril, na ICE. O WTI de mesmo vencimento recuou 0,33%, a US$ 88,08 por barril, na Nymex. Na semana, o Brent subiu 1,40%; o WTI avançou 2,0%. (BDM Online + agências)