Dólar abaixo de R$ 5 e forte queda no petróleo tiram prêmios dos DIs

[24/10/23] Da Redação do Bom Dia Mercado

As taxas dos DIs fecharam com queda nesta 3ªF, apoiadas pela terceira queda consecutiva nos preços do petróleo e a desvalorização do dólar, que ficou abaixo de R$ 5. Voláteis, os retornos dos Treasuries não deram muita direção, mas a queda nos vencimentos mais longos pode ter ajudado na descompressão das taxas domésticas.

A perspectiva de votação de temas importantes da pauta econômica ajudou na redução dos prêmios. Na reforma tributária, o senador Eduardo Braga, relator da matéria, deve protocolar seu relatório ainda hoje e ler o documento amanhã na CCJ. A votação do PL dos fundos exclusivos e offshore foi mais uma vez adiada na Câmara, mas há alguma perspectiva de apreciação amanhã.

No fechamento, o contrato DI para jan/24 ficou de lado a 12,126% (de 12,123%, ontem); o jan/25 caiu a 10,935% (de 11,041%); o jan/26, a 10,805% (de 10,972%). O jan/27, a 10,980% (de 11,163%); jan/29 cedeu a 11,400% (de 11,586%). O jan/31 caiu a 11,610% (de 11,804%). (Ana Conceição)

Sem escalada no conflito Israel-Hamas, petróleo tem nova queda

As cotações do petróleo fecharam em queda pela 3ª sessão consecutiva diante da perspectiva de que o conflito Israel-Hamas seguirá restrito àquela área, ao menos por enquanto. Israel tem adiado uma incursão por terra diante de pressões de aliados como os EUA e do receio sobre o destino de cerca de 200 reféns.

Outros indicadores do mercado de petróleo também mostram sinais de afrouxamento. A cotação do contrato referência da gasolina nos EUA caiu 3,2% hoje, a US$ 2,25 o galão e as exportações russas de petróleo bruto atingiram o máximo em quatro meses, apesar do pacto do Kremlin com a Arábia Saudita para diminuir as exportações. Outro ponto de pressão é a forte alta do dólar ante pares e alguns emergentes, hoje.

No fechamento, o contrato Brent para janeiro caiu 1,75%, a US$ 87,16 por barril, na ICE. O WTI para dezembro recuou 2,04%, a US$ 83,74 por barril, na Nymex. (BDM Online + agências)

Bolsas sustentam ganhos em NY com recuo dos Treasuries; Ibovespa sobe

Os índices de ações estão longe das máximas do dia em NY, mas ainda sustentam ganhos moderados, em meio à queda nos juros dos Treasuries longos. Os curtos, que caíam mais cedo, agora registram yields ligeiramente mais altos. Os retornos dos títulos americanos seguem fortes, desautorizando grandes tomadas de posições na renda variável. O Dow sobe 0,35%, o S&P 500 +0,26%, o Nasdaq +0,45%.

Há cautela também com o conflito Israel-Hamas e os balanços de Microsoft e Alphabet, que sairão após o fechamento do mercado, embora se espere resultados positivos de ambas. Segundo a Bloomberg, em média, o lucro das cinco maiores empresas do S&P 500 – Apple, Microsoft, Alphabet, Amazon e Nvidia – responsáveis por 25% da capitalização de mercado do índice, deve crescer 34% sobre o 3tri22. O índice dólar sobe forte durante todo o dia (agora +0,66%), puxado pelo forte resultado do PMI de serviços nos EUA, medido pela S&P Global.

Por aqui, a moeda chegou a operar abaixo dos R$ 5, com relatos de fluxo comercial. Há pouco, caía 0,32%, a R$ 5,0007. O Ibovespa acompanha o exterior (+0,49%, a 113.340) e tem ajuda de #VALE3 (+2,51%), que reage à alta do minério de ferro. Mesmo com a queda em torno de 2% no Brent, Petrobras sobe (#PETR4 +0,85%), recuperando uma pequena parte das fortes perdas de ontem. Grandes bancos também avançam. Os juros futuros recuam favorecidos pela queda do real e do petróleo e apesar da decepção com o adiamento da votação do PL dos fundos, que ficou para, talvez, amanhã. O DI Jan27 recua a 11,085%, de 11,163% ontem. (Ana Conceição)