Ouro fecha em queda, pressionado por dólar, mas sobe 7% no mês
A cotação do ouro fechou com queda hoje, pressionada pela forte alta do dólar ante outras moedas. No mês, contudo, o preço do metal subiu 7% com o aumento na busca por ativos considerados seguros pelos investidores, após a eclosão do conflito Israel-Hamas.
Na Comex, o contrato dezembro caiu 0,56%, a US$ 1.994,30 por onça-troy, hoje, seguindo próximo do nível de US$ 2 mil, que pode ser superado, dependendo dos conflitos no Oriente Médio. Depois disso, a próxima resistência importante estará em US$ 2.078 a onça-troy, onde estão as máximas históricas. Matéria da Bloomberg hoje informou que os bancos centrais acumularam mais ouro do que se pensava este ano, oferecendo um apoio crucial aos preços da commodity, que enfrentaram a pressão do aperto monetário global. (BDM Online + agências)
NY em alta moderada à espera do Fed; Vale ajuda a sustentar Ibovespa
O dia é de volatilidade nas bolsas em NY, mas na última hora elas firmaram uma alta modesta. No geral, investidores esperam a decisão do Fed, amanhã, para tomar posição. No fechamento de outubro, o S&P 500 (+0,46%) se encaminha para a 3ª queda mensal consecutiva, o pior desempenho desde o início de 2020. O Dow sobe 0,24%, o Nasdaq avança 0,30%.
Os Treasuries estão mistos. Enquanto o juro da note de 2 anos sobe ligeiramente, os demais caem, mas sem força. Exceção do dia, o índice dólar tem alta expressiva puxada pela valorização contra o iene, que opera nas mínimas de 33 anos depois de o BoJ ter frustrado a expectativa de que relaxaria o controle da curva de juros. Há pouco, o DXY subia 0,56%, a 106,719, com o dólar subindo 1,65% a 151,523 ienes.
Por aqui, o Ibovespa sobe 0,67% (113.284) ajudado pela #VALE3 (+1,25%). O PMI industrial oficial da China caiu mais que o esperado, mas há expectativa de que o governo local anuncie novos estímulos à economia. O dólar à vista oscila entre altas e baixas depois da definição da Ptax. Há pouco caía 0,06%, a R$ 5,0437.
Os juros futuros devolvem uma pequena parte das fortes altas das duas últimas sessões, quando foram estressados pela expectativa de abandono da meta de déficit zero em 2024. As taxas dos DIs se mantiveram em queda com os sinais mistos do governo sobre a meta fiscal após a reunião de líderes e ministros hoje de manhã. (Ana Conceição)
Haddad não convence e juros futuros fecham com alta
Os juros futuros fecharam com alta expressiva depois de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não defender com a contundência esperada a meta de déficit primário zero em 2024, descartada na 6ªF pelo presidente Lula.
Questionado várias vezes por jornalistas, durante entrevista coletiva, se a meta zero será perseguida, ele deu duas declarações a respeito: “Meu papel é buscar o equilíbrio fiscal, farei isso enquanto estiver no cargo” e “A minha meta está estabelecida, vou buscar o equilíbrio fiscal de todas as formas justas e necessárias”. As falas não convenceram e tampouco desfizeram a percepção de isolamento do ministro. Ato contínuo, o miolo da curva subiu 0,40pp. Depois cedeu, mas ainda ganhou mais de 0,25pp.
Antes da coletiva, as taxas dos DIs subiam, com menor intensidade, acompanhando os rendimentos dos Treasuries. Ainda pela manhã, o boletim Focus mostrou piora na expectativa para o IPCA 2024 e aumento na aposta para a Selic ao fim do próximo ano, de 9% para 9,25%.
No fechamento, o contrato DI para jan/24 ficou em 12,074% (de 12,077%, ontem); o jan/25 subiu a 11,155% (de 10,977%); o jan/26, a 11,050% (de 10,793%). O jan/27, a 11,225% (de 10,942%); o jan/29, a 11,600% (de 11,357%). O jan/31 subiu a 11,810% (de 11,579%). (Ana Conceição)