Queda dos Treasuries alimenta alta nas bolsas em NY antes do Fed

As bolsas seguem em alta em NY nesta tarde (Dow +0,12%, S&P 500 +0,34%, Nasdaq +0,62%), beneficiadas pela forte queda dos juros dos Treasuries, que por sua vez reagem ao anúncio de novos leilões de dívida do Tesouro americano.

O Tesouro vai aumentar a oferta trimestral de T-notes e T-bonds numa escala menor que a esperada, o que levou à queda dos retornos dos títulos. Enquanto isso, investidores esperam a decisão do Fed, logo mais, às 15h. A manutenção dos juros entre 5,25% e 5,50% é largamente esperada, e a expectativa fica por conta do comunicado e da entrevista de Jerome Powell em seguida.

Por aqui, a alta das commodities – em especial petróleo e minério – ajudam a elevar o Ibovespa (+1,37%, a 114.693,76), que na máxima do dia superou os 115 mil pontos. O dólar à vista furou os R$ 5 – há pouco caía 0,90%, a R$ 4,9960 – na contração do índice DXY (+0,30%, a 106,987). O movimento também reflete a entrada de fluxo comercial, segundo operadores. Os juros recuam à espera do Fed e do Copom, este último depois do fechamento do mercado. O DI Jan27 cede a 10,955%, de 11,052%, ontem. (Ana Conceição)

Juros fecham de lado e sem direção única após sessão volátil

As taxas dos DIs fecharam de lado e sem direção única, com os contratos cedendo a maior parte da alta da tarde nos minutos finais da sessão. Foi um pregão volátil. Pela manhã, os juros caíram, devolvendo parte da forte alta de ontem, após Fernando Haddad não desfazer a avaliação de que o governo desistiu da meta de déficit zero em 2024. Mas à tarde voltaram a subir quando tampouco a reunião entre o presidente Lula, ministros e líderes partidários desfez essa leitura.

Lula pediu empenho para o Congresso aprovar medidas de arrecadação e afirmou que não haverá contingenciamento de gastos em 2024, embora tenha garantido que não haverá aumento de despesas. O deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) saiu do encontro dizendo estar claro que haverá alteração da meta. Num sinal das dificuldades à vista, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que ainda quer conversar com o ministro Fernando Haddad antes de dar o aval para o avanço da proposta que limita os incentivos fiscais das subvenções do ICMS. A medida é a principal aposta do governo para elevar a arrecadação.

No fechamento, o contrato DI para jan/24 recuou a 12,052% (de 12,062%, ontem); o jan/25 cedeu a 11,080% (de 11,126%); o jan/26 subiu a 11,040% (de 11,032%). O jan/27, a 11,225% (de 11,204%); o jan/29, a 11,590% (de 11,584%). O jan/31 caiu a 11,770% (de 11,787%). (Ana Conceição)

Petróleo fecha em queda; no mês, perde mais de 5%

[31/10/23] Da Redação do Bom Dia Mercado

As cotações do petróleo iniciaram o dia em alta, recuperando-se das perdas de ontem, mas ao longo da sessão voltaram a cair com sinais de que o conflito Israel-Hamas ainda não se espalhou para regiões produtoras da commodity no Oriente Médio. Os preços voltaram ao patamar anterior ao conflito. Houve também pressão da forte alta do índice dólar.

Ao mesmo tempo, sinais problemáticos para a demanda, como a queda da atividade industrial na China – maior importador global de petróleo – seguem como fator de pressão negativa. Ontem, o Banco Mundial afirmou que a desaceleração do crescimento global deverá reduzir os preços globais do petróleo para uma média de US$ 81 por barril em 2024, salvo qualquer conflito adicional no Oriente Médio.

No mês, os preços tiveram queda expressiva. O primeiro resultado mensal negativo desde maio. O contrato Brent para janeiro fechou em US$ 85,02 o barril, com queda de 1,54% no dia e recuo acumulado de 5,7% no mês. No ano, há avanço de 4,4%. O WTI para dezembro caiu 1,56%, a US$ 81,02. No mês, houve queda de 8,7%. No ano, alta de 4,5%. (BDM Online + agências)