Antes do payroll, exterior dita o movimento do dólar e dos juros

[03/11/23] Da Redação do Bom Dia Mercado

O dólar abre em queda forte, a R$ 4,9214 (-1,04%) pautado pelo exterior, onde a moeda americana tem fraqueza principalmente ante pares, com o DXY cedendo aos 105,920 pontos (-0,19%). Os investidores se posicionam para o fim do ciclo de aumento das taxas de juros pelo Fed, ainda que em movimentos limitados pelo payroll e apesar de Powell não ter dado nenhuma certeza sobre uma nova alta em dezembro.

O payroll é um ponto de atenção porque qualquer sinal de resiliência no mercado de trabalho dariam ao Fed mais ímpeto para um aperto extra o que poderia, por sua vez, reverter parte da fraqueza do dólar desta semana.

É esperado que a economia dos EUA crie 180 mil postos em outubro, abaixo dos 336 mil de setembro. Contudo, a taxa de desemprego deverá manter-se inalterada, em 3,8% e o rendimento médio por hora pode ter aumentado 0,3%, de 0,2% em setembro.

Aqui, o Copom cortou a Selic a 12,25, sinalizando novos cortes na mesma magnitude e atenção à possibilidade de mudança na meta fiscal. Os rendimentos dos Treasuries estão mistos, com a taxas de 2 anos subindo a 4,99%,e as de 10 e de 30 dois em queda. Os juros futuros abriram em queda, seguindo o exterior. (Ana Katia)

DIs seguem Treasuries em queda forte após Powell

As taxas dos DIs fecharam com queda forte na B3, acompanhando os retornos dos Treasuries, que derreteram, primeiro com o anúncio dos leilões trimestrais do Tesouro americano, com expansão mais moderada que o esperado. Depois, com as declarações de Jerome Powell após o Fed decidir manter os juros na faixa entre 5,25% e 5,50%.

Embora Powell não tenha descartado um novo aperto monetário, analistas apontaram pontos dovish em sua fala, como a sugestão de que o aumento dos retornos dos Treasuries pode estar ajudando na luta conta a inflação. A menção ao gráfico de pontos, dizendo que a possibilidade de mais um aumento de juros, como indicado em setembro, “não é uma promessa”, também animou investidores.

“O Fed tentou entregar uma pausa hawkish, mas Powell não foi convincente e Wall Street não acredita em mais aumento de juros”, afirmou Edward Moya, analista sênior da Oanda. Agora, a expectativa fica por conta do comunicado do Copom, por volta das 18h30, que pode fazer menção ao aumento dos riscos fiscais domésticos – que hoje ficaram em segundo plano – e os efeitos do conflito Israel-Hamas.

No fechamento, o contrato DI para jan/24 recuou a 12,034% (de 12,038%, ontem); o jan/25 cedeu a 10,945% (de 11,083%); o jan/26, a 10,815% (de 11,052%). O jan/27, a 11,010% (de 11,235%); o jan/29, a 11,370% (de 11,589%). O jan/31 caiu a 11,580% (de 11,766%). (Ana Conceição)

Petróleo fecha em queda, com aumento de estoques nos EUA

[01/11/23] Da Redação do Bom Dia Mercado

As cotações do petróleo passaram parte da sessão em alta, recuperando-se das fortes perdas das duas últimas sessões, mas no fim do dia devolveram os ganhos. Entre os fatores de pressão negativa estão o aumento dos estoques nos EUA, tanto pelo país quanto no centro de armazenamento de Cushing, segundo relatório do DoE.

O spread entre os contratos de curto prazo do WTI diminuiu para US$ 0,35, um sinal de que os traders estão menos preocupados com a disponibilidade imediata de óleo bruto. Outro fator foi a abertura da fronteira entre Gaza e Egito hoje, permitindo que centenas de estrangeiros deixem a região. É o primeiro desenvolvimento deste tipo desde que Israel iniciou a sua invasão terrestre. O anúncio ajudou a eliminar os prémios de risco de guerra adicionais, segundo a Bloomberg.

No fechamento, o contrato Brent para janeiro caiu 0,46%, a US$ 84,63 por barril, na ICE. O WTI para dezembro recuou 0,71%, a US$ 80,44 por barril, na Nymex. (BDM Online + agências)